Estimativa para inflação chega a 10,61% no ano

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A projeção de instituições financeiras para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), neste ano, subiu pela 13ª semana seguida, ao passar de 10,44% para 10,61%. Para 2016, a estimativa para o IPCA subiu pela segunda vez consecutiva, passando de 6,7% para 6,8%. As estimativas estão no Boletim Focus do Banco Central (BC), elaborado semanalmente a partir de consultas a instituições financeiras.

As duas projeções estão acima do limite superior da meta, que é 6,5%. O centro da meta é 4,5%. O Banco Central estima que a inflação só deve atingir o centro da meta em 2017.

A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que passou de 11,04% para 10,99%, este ano. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa foi ajustada de 10,80% para 10,81%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) subiu de 10,77% para 10,85%, este ano.

O principal instrumento usado pelo BC para controlar alta dos preços é a taxa básica de juros, a Selic. O Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a Selic, elevou a taxa por sete vezes consecutivas. Nas reuniões do comitê em setembro, outubro e novembro, o Copom optou por manter a Selic em 14,25% ao ano. A projeção para a alta dos preços administrados passou de 17,65% para 18%, este ano, e de 7,35% para 7,50%, em 2016.

A inflação alta projetada pelos analistas vem acompanhada de encolhimento da economia tanto neste ano quanto em 2016. A projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 3,50% para 3,62% este ano, no quarto ajuste seguido. Para 2016, a estimativa de queda foi alterada pela décima vez consecutiva, ao passar de 2,31% para 2,67%, em 2016.

A projeção para a cotação do dólar caiu de R$ 3,95 para R$ 3,90 ao final deste ano (média do período ficou em R$ 3,39 pela quarta semana consecutiva), e segue em R$ 4,20, no fim de 2016, pela sétima semana (média caiu de R$ 4,10 para R$ 4,09).

A estimativa para a dívida líquida do setor público ao fim deste ano caiu de 35,55% para 35,50% do PIB, e a variação para 2016 subiu de 40% para 40,40%. No caso do déficit em conta corrente, os números para 2015 passaram de -US$ 64,40 bilhões para US$ 64 bilhões, enquanto a variação para 2016 foi de -US$ 39,68 bilhões para -US$ 39,52 bilhões.

A queda da produção industrial estimada para este ano ganhou força pela segunda semana, de -7,60% para -7,70%, enquanto a variação para 2016 perdeu força pela terceira semana, de -2,40% para -3,45%. Já o saldo da balança comercial projetado para este ano foi mantido em US$ 15 bilhões pela segunda semana consecutiva, enquanto o total para 2016 continuou em US$ 31,44 bilhões.

O volume de investimento direto no país perdeu força pela segunda semana, e passou de US$ 62,60 bilhões para US$ 62,40 bilhões. Os números para 2016 caíram pela terceira semana, de US$ 57 bilhões para US$ 55 bilhões.

 

(com Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

2 Comentários

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  1. A destruição do mercado

    A destruição do mercado interno com a alta da taxa de juros e a consequente diminuição do fluxo de capital, o aumento do dólar e a consequente diminuição de poder financeiro ocasionado pela alta taxa de juros e a diminuição do poder de compra do estrangeiro aonde uma economia interna sucateada é dependente. Pois a alta taxa de juros freia o fluxo de capital interno, ocasiona a diminuição do valor da moeda interna com um mercado interno sucateado devido a baixa oferta de crédito com uma taxa de juros astronomica; inflacionado o preço de tudo. Pois não produzimos nada, não temos crédito pra nada e isso tudo só poderia causar o descredito do país, de sua economia e desua população. Mas o mais importante é o grau de investimento estrangeiro, né? O importanto é a taxa de juros lá encima para os estrangeiros ganharem dinheiro com os títulos públicos enquanto o país sofre para pagar depois com sua economia estragada devido a mesma taxa de juros exorbitante que freia o fluxo de capital no mercado interno e consequentemente o próprio mercado interno que se torna desértico como um rio que tem o seu fluxo bloqueado. Estamos destruindo o país para agradar investidores estrangeiros? Com alta taxa de juros, crédito baixo, real baixo, inflação alta devido a omercado interno sucateado que compra do exterior já que não produz nada; não tem nada e precisa de tudo, diminui-se o valro do real aumentando ainda mais a inflação, aumentando mais a taxa de juros, aumentando mais a inflação! Só falta dar uma corda para o Brasil se enforcar, o sofrimento seria menor o menos dilacerante.

  2. A economia brasileira tem

    A economia brasileira tem realmente algo de muito estranho.

    Como vamos chegar a uma inflação de mais de 10% com uma recessão próxima a 4% do PIB.

    Algo não bate.

    Se há descréscimo do produto, os preços deveria cair, no mínimo se manterem iguais….

     

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