IPCA em 12 meses volta a estourar teto da meta

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) voltou a superar o teto da meta estabelecida pelo governo em 12 meses: os dados chegaram a 6,70%, ante 6,50% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores, valor trabalhado pelo governo, dado o centro da meta (4,50%) e a variação de dois pontos percentuais tolerada, seja para baixo (2,50%) ou para cima (6,50%). Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
 
Em junho, a variação foi de 0,26%, 0,11 ponto percentual abaixo do visto em maio (0,37%) e o menor patamar desde junho de 2012 (0,08%). O resultado no ano atingiu 3,15%, enquanto havia se situado em patamar inferior em igual período de 2012, com 2,32%. 
 
O destaque de queda ficou com o grupo Alimentação, que passou de de 0,31% em maio para 0,04% em junho, o menor resultado desde julho de 2011, quando ocorreu deflação de 0,34%. Pela quinta vez consecutiva, o grupo ficou abaixo do mês anterior, mas o total registrado no primeiro semestre atingiu 6,02%, acima dos 3,26% do primeiro de 2012. Os transportes exerceram forte pressão no índice do mês, tendo em vista que, da deflação de 0,25%, foi para a alta de 0,14%. 
 
No grupo alimentação e bebidas, vários produtos passaram a custar menos de um mês para o outro, enquanto a principal referência no grupo saúde e cuidados pessoais, que saiu de 0,94% em maio para 0,36% em junho, partiu dos remédios. Com preços estáveis (0,00%) em junho, após terem aumentado 1,61% em maio, os remédios, refletindo basicamente o reajuste de 04 de abril, completaram alta de 4,79% neste primeiro semestre do ano, acima dos 3,33% do ano anterior.
 
O grupo transportes, embora tenha acelerado de -0,25% em maio para 0,14% em junho, teve o preço da gasolina caindo de –0,52% para –0,93% e do etanol, que passou de –1,97% para –5,33%. Foram os mais expressivos impactos para baixo, a gasolina com -0,04 e o etanol com 0,05 ponto percentual, deixando o item combustível com queda de 1,67% e impacto de –0,08 ponto. Por outro lado, as tarifas dos ônibus urbanos exerceram um impacto de 0,07 ponto percentual, tendo alta de 2,61%, ao passo que em maio haviam caído 0,02%. 
 
De acordo com a pesquisa, o aumento nas tarifas refletiu as variações no Rio de Janeiro (5,09%), cujo reajuste de 7,20% vigorou de 1º a 20 de junho; São Paulo (4,67%), com reajuste de 6,75% em vigor de 02 a 20 de junho; e em Goiânia (2,90%), dado o reajuste de 11%, que valeu de 22 de maio a 13 de junho. Quanto a Recife, houve queda de 1,44%, pois o valor que vigorava desde 06 de janeiro foi reduzido em 4,30% a partir do dia 20 de junho. Além disso, houve pressão das passagens aéreas (de -3,43% em maio para 6,71% em junho) e das tarifas dos ônibus intermunicipais (de –0,01% para 1,03%).
 
Outros itens importantes no orçamento das famílias subiram bem menos de um mês para o outro. É o caso do item empregado doméstico (de 0,76% para 0,50%), mão de obra para pequenos reparos (de 1,94% para 0,35%) e artigos de limpeza (de 0,83% para 0,12%). Os artigos de vestuário passaram de 0,84% para 0,50%, enquanto os eletrodomésticos, que haviam subido 0,49% em maio, chegaram a apresentar queda de 0,56% em junho.
 
Dentre os índices regionais, o maior foi o do Rio de Janeiro (0,65%), onde os alimentos consumidos fora de casa aumentaram 1,64%. Houve pressão também dos ônibus urbanos (5,09%), que refletiram o reajuste de 7,20% vigente de 1º a 20 de junho. Os menores índices foram os de Belém (-0,07%) e de Curitiba (-0,01%). Em Belém, os preços dos alimentos caíram 0,61%, com impacto de -0,21 ponto percentual no índice da região. Já em Curitiba foram os combustíveis, que, com queda de 6,49%, exerceram impacto de -0,37 ponto percentual.
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. quer dizer que até aqui vão

    quer dizer que até aqui vão insistir com essa fraude!

    a meta é para o ano, e não para os últimos 12 meses.

    pelo visto, esse portal quer ser igual aos outros.

    mas uma derrapada desta, e eu excluo do meu Favoritos.

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