Queda da tarifa de transporte público terá impacto restrito sobre inflação

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A redução da tarifa do transporte público não vai exercer uma influência das mais expressivas sobre a inflação, uma vez que outros vetores têm contribuído para o aumento das taxas.

Em entrevista ao Jornal GGN, Thais Zara, economista-chefe da Rosenberg Associados, explica que o ajuste deve afetar o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e, um pouco menos, o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal, medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). “Contudo, o impacto não é assim tão forte, ainda mais porque agora temos outros vetores que estão contribuindo para a alta. Então, na somatória de todos os fatores, não vai ter uma contribuição mais expressiva”, explica.

Segundo cálculos elaborados pela economista, o item ônibus urbano contribuiu com 2,65% na composição do IPCA de maio, mas existem outros que devem ser levados em consideração e que exercem mais impacto do que a tarifa de transporte público. “Por exemplo: o item automóvel novo tem um peso de 3,21%, que já é maior do que o ônibus urbano. Entre os combustíveis, a gasolina tem um peso de 3,93%, e o etanol contribui com 0,96% na formação do IPCA como um todo”. O grupo Transportes participa de 19,29% do índice geral em maio.

Para a economista, a queda dos preços deve gerar um impacto em torno de 0,1 ponto percentual dentro do grupo Transportes no IPCA, mas existem alguns fatores que podem compensar esse desempenho. “Para agora, a gente tem o câmbio em alta, que pode pressionar [os preços] um pouco mais. Os combustíveis também vão seguir influenciando dentro do grupo Transportes, caso exista alguma medida para a gasolina”, acrescenta.

Quanto à variação estimada para o mês de junho, Thais explica que ainda existe uma certa pressão sobre os alimentos, mas que já é possível ver uma certa descompressão nos preços. “Provavelmente, a gente vai ter uma taxa relativamente baixa para o mês de junho, mas o resultado em 12 meses deve subir e atingir seu ponto mais alto, em torno de 6,7%, para perder força e ficar abaixo do teto novamente a partir de julho”, completa.

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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