Superávit primário é o pior para o mês de abril desde 2004

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O superávit primário, que representa a economia gerada para o pagamento de juros da dívida pública, foi o pior resultado para o mês de abril desde 2004, segundo o Banco Central. Os dados atingiram R$ 10,337 bilhões, ante R$ 14,240 bilhões contabilizados no ano passado.

 

Segundo informações da Agência Brasil, o chefe adjunto do BC, Fernando Rocha, afirmou que os resultados apresentados neste ano em comparação com os dados de 2012 seguem em “trajetória de redução”. O superávit primário acumulado no primeiro quadrimestre ficou em R$ 41,058 bilhões, o pior resultado para o período desde 2010 (R$ 39,4 bilhões). No mesmo período do ano passado, foram registrados R$ 60,212 bilhões.

 

Em 12 meses encerrados em abril, o superávit primário de R$ 85,797 correspondeu a 1,89% do Produto Interno Bruto (PIB), o pior percentual desde 2009 (1,38%). Já na comparação de abril com março (R$ 3,5 bilhões) deste ano, houve aumento do superávit primário devido ao crescimento da arrecadação de imposto de renda de pessoas físicas e jurídicas, de acordo com Rocha.

 

Os gastos com juros em abril ficaram em R$ 18,017 bilhões, o pior resultado para o período desde 2004, enquanto o déficit nominal de R$ 7,679 bilhões foi o maior para meses de abril da série histórica do BC, iniciada em 2001. Nos quatro meses do ano, tanto os gastos com juros (R$ 80,276 bilhões) quanto o déficit nominal (R$ 39,218 bilhões) foram os mais elevados da série, para o primeiro quadrimestre.

 

Em 12 meses, os gastos com juros (R$ 217,947 bilhões) ficaram em 4,81% do PIB. O déficit nominal chegou a R$ 132,151 bilhões ou 2,92% do PIB, o pior percentual desde novembro de 2012 (2,99%).

 

A autoridade monetária também informou que a dívida líquida do setor público chegou a R$ 1,602 trilhão em abril, correspondente a 35,4% do PIB, redução de 0,1 ponto percentual em relação a março. De acordo com Rocha, os dados de maio devem apresentar uma “redução importante” nessa relação entre dívida e PIB. A previsão é que fique em 34,7% – caso tal variação se confirme, será o menor da série histórica do BC.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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