Indústria perde força em nove de 14 locais em novembro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A redução de ritmo observada na produção industrial nacional na passagem de outubro para novembro de 2015 (-2,4%), série com ajuste sazonal, foi acompanhada por nove dos 14 locais pesquisados, com destaque para os recuos mais intensos registrados por Espírito Santo (-11,1%), Ceará (-4,5%) e Minas Gerais (-4%).

Segundo os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção capixaba acelerou o ritmo de queda verificado no mês anterior (-6,4%); o segundo eliminou a expansão de 1,6% assinalada em outubro; e o último completou o terceiro mês consecutivo de queda na produção, acumulando nesse período perda de 6,7%.

A região Nordeste (-2,8%) e São Paulo (-2,6%) também apontaram recuos mais elevados do que a média nacional (-2,4%), enquanto Amazonas (-2,1%), Bahia (-2,0%), Paraná (-1,3%) e Goiás (-0,9%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em novembro de 2015. Pernambuco (3,5%) mostrou o avanço mais elevado nesse mês e intensificou a expansão de 0,5% observada em outubro último. Os demais resultados positivos foram registrados por Pará (1,9%), Santa Catarina (1,8%), Rio de Janeiro (1,2%) e Rio Grande do Sul (1,1%).

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria apontou queda de 1,6% no trimestre encerrado em novembro de 2015 frente ao nível do mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em outubro de 2014. Em termos regionais, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, 11 locais mostraram taxas negativas, com destaque para os recuos mais acentuados assinalados por Espírito Santo (-5,4%), Bahia (-3,6%), Rio de Janeiro (-3%), Amazonas (-2,6%), região Nordeste (-2,4%) e Minas Gerais (-2,3%). Pará (2,4%) e Pernambuco (1,2%) registraram os principais avanços em novembro de 2015.

Na comparação com igual mês do ano anterior, a produção industrial caiu 12,4% em novembro de 2015, com resultados negativos em 13 dos 15 locais pesquisados. Os recuos mais intensos ocorreram em Amazonas (-19,9%), Espírito Santo (-19,8%) e Paraná (-16,7%). Bahia (-13,3%), São Paulo (-13,3%) e Rio Grande do Sul (-13%) também apontaram resultados negativos mais acentuados do que a média nacional (-12,4%), enquanto Minas Gerais (-12,0%), Ceará (-10,7%), Rio de Janeiro (-10,1%), Goiás (-9,4%), região Nordeste (-6,9%), Santa Catarina (-4,8%) e Pernambuco (-1%) completaram o conjunto de locais com taxas negativas.

Por outro lado, Mato Grosso (5,9%) e Pará (5,5%) assinalaram os avanços, impulsionados pelo comportamento positivo de produtos alimentícios (carnes de bovinos frescas ou refrigeradas e óleos de soja em bruto) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico), no primeiro local; e de indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto), no segundo.

No acumulado para os 11 meses de 2015, frente a igual período do ano anterior, a redução na produção nacional alcançou 12 dos 15 locais pesquisados, com cinco recuando com intensidade superior à média nacional (-8,1%): Amazonas (-15,8%), Rio Grande do Sul (-11,8%), São Paulo (-10,9%), Ceará (-9,4%) e Paraná (-9,2%). Minas Gerais (-7,5%), Santa Catarina (-7,5%), Bahia (-7,1%), Rio de Janeiro (-6,2%), Pernambuco (-3,1%), região Nordeste (-2,8%) e Goiás (-2,5%) completaram o conjunto de locais com resultados negativos. Espírito Santo (6,6%) e Pará (5,9%) tiveram os avanços mais intensos no índice acumulado no ano, impulsionados pelo comportamento positivo vindo do setor extrativo, enquanto Mato Grosso (3,6%) mostrou o crescimento mais moderado.

A taxa anualizada – indicador acumulado nos últimos 12 meses – registrou um recuo de 7,7% em novembro de 2015 para o total da indústria, e assinalou a perda mais intensa desde novembro de 2009 (-9,4%) e manteve a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,1%). Em termos regionais, 12 dos 15 locais pesquisados mostraram taxas negativas em novembro de 2015 e também 12 apontaram menor dinamismo frente ao índice de outubro último.

As principais reduções de ritmo entre outubro e novembro foram registradas por Espírito Santo (de 10% para 7,1%), Goiás (de -1% para -2,7%), Bahia (de -5,5% para -6,6%), Paraná (de -7,4% para -8,2%), Rio de Janeiro (de -5% para -5,6%), Rio Grande do Sul (de -10,4% para -11%) e região Nordeste (de -2,1% para -2,7%), enquanto Pernambuco (de -3,7% para -3,6%) mostrou o único ganho entre os dois períodos.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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