HP desenvolve o computador revolucionário “The Machine”

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – A HP está desenvolvendo o seu protótipo “The Machine”, um computador com novo tipo de memória. E o objetivo da empresa é “revolucionar a computação”, com esse componente que poderá alavancar a proposta de ter mais de um tipo de memória para o armazenamento temporário e de longo prazo.
 
Do Olhar Digital
 
HP deve lançar protótipo de seu computador do futuro em 2016
 
A HP tem planos ambiciosos para um futuro não muito distante. A empresa desenvolve um novo tipo de computador, apelidado internamente com o título de “The Machine” (“A Máquina”, em tradução livre), que tem como objetivo usar um novo tipo de memória, o que permitiria driblar os limites da computação moderna.
 
Segundo o arquiteto-chefe do projeto, o modelo computacional em vigência tem sido um limitador. “Um modelo presente desde o início da computação tem se refletido em tudo desde então, e isso tem nos atrasado”, afirma Kirk Bresniker, um dos chefes de uma equipe de cerca de 150 pesquisadores nos laboratórios da HP.
 
Para atingir este objetivo de “revolucionar a computação”, a HP precisa dominar um novo tipo de componente chamado memristor, expressão que mistura as palavras “memória” e “transistor”, e que poderia alavancar a proposta de ter apenas um tipo de memória para armazenamento temporário e de longo prazo.
 
Para quem já tem conhecimento de computação, a explicação a seguir parece simplória, mas é desconhecida por muita gente. Hoje, para executar um programa, além ser necessário ter os arquivos em algum tipo de disco rígido, é preciso puxar as informações para a memória RAM, que é bem mais rápida, mas não pode guardar informações de forma densa ou armazená-las depois de a energia ser cortada.
 
Segundo a HP, com o uso do memristor, é possível economizar muita energia, já que os dados não precisam ficar transitando entre um tipo de memória e o outro. Além disso, a técnica prevê capacidade de armazenamento superior aos HDs de hoje, desempenho superior à memória RAM comum e a possibilidade de armazenar informações depois da interrupção de energia.
 
A HP espera ter um protótipo funcional da sua Máquina já em 2016, segundo Bresniker, mas espera que programadores e pesquisadores tenham contato com a tecnologia muito antes para ir se familiarizando. A equipe espera lançar um sistema operacional voltado para este tipo de computador já em 2015, chamado Linux++.
 
A princípio, a meta da HP é usar sua Máquina para competir com servidores que mantém redes corporativas e serviços de internet funcionando, como Google e Facebook. Contudo, alguns elementos de seu design devem ser aplicados em computadores menores no futuro.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

16 Comentários

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  1. A HP em fase semi falimentar

    A HP em fase semi falimentar precisa de algo para não falir ou ser engolida.

    Apresentou sua primeira idéia que é apenas isso, uma idéia. Pode funcionar ou não.

    1. Tenho muitas saudades do

      Tenho muitas saudades do tempo que o logo HP era sinônimo de tecnologia inteligente. Agora o que restou? De qualquer forma continuo rodando uma HP41 no meu iPhone! 

  2. Mais espaço para podermos

    Mais espaço para podermos estocar mais informações que se tornarão mais irrelevantes à medida que nos tornamos incapazes de utilizar de maneira produtiva, racional, científica, artística ou lúdica todas as informações que já temos estocadas e que estocaremos no cubo da HP. O homem do futuro não será uma mistura de Fox Mulder (X-Files), Edward Snowden, House (House, M.D.), Julian Assange e MacGyver (série homônima) com um cubo da HP cheio de informações nas mãos e uma disposição de enfrentar criativamente o mundo apenas com uma ideologia digital na cabeça. O mais provável é que ele seja um idiota com o olhar distante acreditando viver a realidade real enquanto é apenas um avatar num reality show virtual produzido e transmitido pela internet, tudo estocado no cubo da HP. 

    1. O tema, o foco

      A sua distopia é um futuro bastante verossímil.

      Mas o primeiro foco desse novo esquema computacional é o PROCESSAMENTO.

      O ARMAZENAMENTO é o segundo, parece-me.

      A capacidade de processamento é fundamental na definição das tarefas dadas a uma máquina.

  3. Hewlett Packard ou hard drive, HP ou HD?

    A HP subiu no telhado. Seu forte eram impressoras e calculadoras. Até hoje, a HP-12C é usadíssima, projeto já tem mais de 30 anos e é muito bom. Porém, são vendidas no Brasil a preço extorsivo, Não valem mais de R$ 50,00, mas custam cerca de R$ 300,00 no varejo, dependendo do processador. São dois modelos de processador, ambos muito antigos. Um processador moderno, de 22nm, tornaria as calculadoras HP instantâneas. Ainda, a calculadora científicia 50G, vendida no Brasil, até onde sei, não tem suporte da HP brasileira, faz excelentes gráficos de funções integrais, mas é tecnologia com uns 15 anos, bem que poderiam lançar com monitor colorido, como são as calculadoras HP nos EUA. Monitores coloridos têm muito mais legibilidade e portanto, muito mais eficientes para os usuários, que poderão comparar os gráficos de duas funções ao mesmo tempo, um vermelho e outro azul, por exemplo.

    Quanto ao novo tipo de memória, há as memórias de massa e as memórias de acesso aleatório (RAM, na sigla em ingles). A memória de massa é permanente e fica arquivada em discos rígidos, SSD’s, sistemas óticos (CD, DVD, Blu Ray e antigos disquetes). Por padrão, A diferença principal, na verdade são duas. HD’s são muito mais baratos do que a memória RAM, porém muito mais lentos. Enquanto eles trabalham em velocidades de milissegundos, a memória RAM trabalha com nanossegundos (bilionésimos de segundo).  Há poucos anos lançaram os SSD’s, muitíssimo mais rápidos que os discos rígidos, mas que fazem o mesmo trabalho. Acontece, que no Brasil, um HD de 7.200 rpm de boa qualidade e 1 terabyte de capacidade, custa perto de R$ 300,00. Um SSD de mesma capacidade, uns dois mil reais. O problema está apenas no preço, um SSD é cerca de mil vezes mais veloz que um HD. Não vi novidade nenhuma nesse lançamento da HP. É só espuma.

  4. Isso é mais do mesmo

    Revolução de verdade tem nome e sobrenome: Computação Quântica.

    Um computador quântico vai fazer essa “revolução” da HP parecer o teclado de EVA do TK85 do nosso amigo Avelino.

    Estou com o Athos nessa: isso é factóide do nível da Veja pra ver se as ações sobem um pouco na bacia das almas.

     

  5. Até que apareça um protótipo
    Até que apareça um protótipo crível, vai ficar parecendo notícia para subir as ações. Será que HP está para ser vendida?

  6. Até que apareça um protótipo
    Até que apareça um protótipo crível, vai ficar parecendo notícia para subir as ações. Será que HP está para ser vendida?

  7. Hãn?
    Colocar um único

    Hãn?

    Colocar um único dispositivo pra fazer o trabalho que dois fazem atualmente é “revolucionário”?

    Por acaso eles acham ninguém nunca tinha pensado nisso em todo o século XX?

    Conversa mole.

  8. The Machine… pomposo o

    The Machine… pomposo o nome.

    Esperem só até o desenvolvimento pleno de computadores quânticos. Aí, sim, o verdadeiro The Machine virá. Enquanto isso, o the machine da HP soa mais como the merchandisechine.

    Tô exagerando. De fato, deve ser uma tecnologia promissora, sim.

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