BCE cancela aceitação de títulos da Grécia como garantia

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Banco Central Europeu (BCE) deixou de aceitar títulos gregos em troca de recursos, fazendo com que a autoridade monetária da Grécia passe a financiar os bancos – o que isola o país, a não ser que um novo acordo de reforma seja estabelecido. A decisão foindivulgada após a reunião dos diretores da entidade, realizada na Alemanha nesta quarta-feira.

Segundo informações da agência de notícias Reuters, o banco central da Grécia terá de fornecer dezenas de bilhões de euros aos seus bancos em liquidez emergencial nas próximas semanas – e foi interpretado como uma resposta ao abandono do programa de reformas em troca de ajuda. Em outras palavras: as dezenas de bilhões de euros em títulos do governo grego, assim como os títulos bancários garantidos por Atenas, não serão mais qualificados como garantia em troca de financiamento do BCE aos bancos.

Em vez disso, caberá agora ao banco central da Grécia fornecer Assistência de Liquidez Emergencial por sua conta e risco, protegendo o resto da zona do euro dos problemas de financiamento desses bancos. Caso o banco central grego entre em dificuldades, caberia ao governo grego intervir.

Nesta quinta-feira, o governo da Grécia afirmou que a liquidez bancária está garantida: em pronunciamento, o porta-voz do governo, Gavriil Sakelaridis, afirmou que “não há motivo de preocupação” e que se trata de uma “pressão política” por parte do BCE dentro do processo de negociação da Grécia com seus sócios. O Ministério das Finanças afirmou ainda que a decisão tomada pelo BCE não é produto de uma “evolução negativa no setor financeiro” e ocorre “após dois dias de estabilização substancial”.

 

 

(Com Reuters e EFE)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

6 Comentários

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  1. Fim de linha para a Grécia,

    Fim de linha para a Grécia, vão ter que abandonar o euro em poquíssimo tempo. Para mim pessoalmente, é incrível que a pressão para abandono da moeda venha do BCE e não do próprio governo grego do Syriza que ainda vai ter a desculpa de ter feito a saída da moeda por não ter outra alternativa. Me espanta também a falta de sensibilidade e de visão de longo prazo dos dirigentes europeus, em particular dos alemães, que preferem uma moeda forte a todo custo ao invés de ter a Europa ao seu lado.

    1. Calma!
      Feb 5 7:03 amFeb 5 7:03 am 14

      A Dance With Draghi

      EmailShareTweet

      Update: Frances Coppola has the same take, with much more detail.

      Family stuff, which leaves me with almost no time for posting just as stuff goes semi-crazy in the Greek drama. But a quick note.

      What happened was that the ECB declared that it will no longer accept Greek government bonds as collateral when lending to Greek banks. The initial reaction of some observers was that this was the end, that the ECB was pulling the plug arbitrarily and abruptly.

      But even before I had a chance to look at the details, I assumed that must be wrong. You can say many things about Mario Draghi; it’s quite possible that he will fail to save the euro, and quite possible that he is making big mistakes; but stupid and crude is not his style. Sure enough, this is a much subtler action that the first headlines suggested. This funding channel is one that Greek banks no longer use very much, and it’s not necessarily to keep them afloat; they can continue to borrow indirectly via the Greek central bank. So this is not a crisis-provoking event.

      What’s the point, then? Well, it’s posturing and signaling. But to whom, and to what end?

      Maybe it’s an effort to push the Greeks into reaching a deal, but my guess — and it’s only that — is that it’s actually aimed more at the Germans than at the Greeks. On one side, it’s the ECB making tough noises, which might keep Germany off their backs for a little while. On the other, it’s a wake-up call: dear Chancellor Merkel, we are *this* close to watching a Greek banking collapse and euro exit, and are you really sure you want to go down this route? Really, really?

      So this wasn’t brinksmanship; it was sort of pre-brinksmanship, a warning shot to all sides about what will happen next.

      Does Draghi know what he’s doing? Of course not — nobody in this situation knows what he or she is doing, because it’s structurally a mess. But don’t panic — yet.

       

  2. Já corriam, agora vão correr mais

     O “tucanês” grego :  ” evolução negativa no setor financeiro ” : ou seja, as retiradas em espécie, liquidação de bonus, poupanças e outros ativos, em espécie ou transferidos para outros mercados, superaram em muito os depósitos bancários, ocasionando a falta de liquidez em euros.

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