A nova arquitetura financeira com o o Banco dos Brics

Enviado por Antonio Edson
 
Da Carta Maior
 
Rumo a uma nova arquitetura financeira global
 
Do Página/12
 
Os presidentes do Brasil, Rússia, Índia, China e África dos Sul assinaram os tratados de formação do Novo Banco de Desenvolvimento e do Acordo Contingente de Reservas. O documento final da cúpula afirma que visarão “à mobilização de recursos para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países dos BRICS e em outras economias emergentes e países em desenvolvimento”.
 
Os países-membros do bloco BRICS emitiram a Declaração Conjunta de Fortaleza, em que destacaram a “necessidade de se alcançar simultaneamente crescimento, inclusão, proteção e preservação para cada uma de suas economias. A reunião começou com a assinatura dos acordos para a criação do banco do desenvolvimento dos BRICS, com um capital inicial de 50 bilhões de dólares, e que financiará projetos de infraestrutura, e de um fundo de contingências de 100 bilhões de dólares para apoiar países em crise com suas balanças de pagamento.

O tema escolhido para esta Sexta Cúpula de chefes de Estado do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, realizada na cidade de Fortaleza, foi “Crescimento Inclusivo: Soluções Sustentáveis”. De acordo com a declaração, a temática de análise dos presidentes “coincide com as políticas macroeconômicas e sociais inclusivas implementadas” pelos governos do bloco “com o imperativo de enfrentar desafios à humanidade postos pela necessidade de se alcançar simultaneamente crescimento, inclusão, proteção e preservação”.
 
“Continuamos desapontados e seriamente preocupados com a presente não implementação das reformas do Fundo Monetário Internacional (FMI) de 2010, o que impacta negativamente na legitimidade, na credibilidade e na eficácia do Fundo”, defenderam os presidentes.
 
Os líderes manifestaram sua “disposição para o crescente engajamento com outros países, em particular países em desenvolvimento e economias emergentes”. “Para tanto, realizaremos uma sessão conjunta com os líderes das nações sul-americanas, sob o tema da VI Cúpula do BRICS, com o intuito de aprofundar a cooperação entre os BRICS e a América do Sul. Reafirmamos nosso apoio aos processos de integração da América do Sul”, revela o documento.
 
Nele, está claro também seu “apoio aos processos de integração da América do Sul e reconhecemos, sobretudo, a importância da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) na promoção da paz e da democracia na região, e na consecução do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza”.
 
Acreditamos que o diálogo fortalecido entre os BRICS e os países da América do Sul pode desempenhar papel ativo no fortalecimento do multilateralismo e da cooperação internacional, para a promoção da paz, segurança, progresso econômico e social e desenvolvimento sustentável em um mundo globalizado crescentemente complexo e interdependente”, defenderam os chefes de Estado.
 
Tradução: Daniella Cambaúva
Redação

3 Comentários

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  1. Aécio e Campos sabem o que

    Aécio e Campos sabem o que significa os BRICS? Entendem a importância dos resultados do encontro de Fortaleza? Ou vai fazer como o PIG que apenas destacou que o Brasil ‘cedeu’ a presidência do banco recém criado? Vão perder mais uma chance de mostrar que pegaram o trem da história? Ou vão dizer que preferem mudar a aderir à Alca?

  2. Brics

    Estou tentando imaginar o que os representantes de G-7 estão pessando em fazer para se contrapor a  esta ferramente finaceira criada pelo Brinc. Com o advento deste banco os paises do G-7, principalmente o EUA, perdem poder de fogo sobre os demais paises.O FMI que antes mandava, aliás ainda manda, em muitas economias do mundo irá perde o Status de grande finaciador destes paises emergentes. Vale salientar que a formação do banco dos Brinc poderá ser ainda  uma pá de cal no neoliberalismo.Pois os paises emergente tendo uma opçao para sanar seus problemas finaceiros poderão pensar várias vezes  se valerá apena assinar um acorco finaceiro com o FMI. Acordo este que coloca  as economias emergentee de joelho perante a tal intituição.

    1. Acordo com FMI?

      Não existe acordo com o FMI, ou acita-se sua política ou aceita-se, já que ele impõe as regras e resta ao devedor ou ao que pede crédito dizer sim. Com o BRICs as regras do jogo serão outras, todas elas para prejudicar a quem ousar ser independente.

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