Espanha deixa de vender itens antidistúrbios à Venezuela

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Enviado por alfeu

 

Espanha suspende venda de itens antidistúrbios à Venezuela, mas mantém para outros países

Do Opera Mundi

 

O governo espanhol decidiu suspender, de forma temporária, a venda de material antidistúrbio à Venezuela. Segundo o jornal El País, a decisão foi adotada no dia 6 de março, mas não foi divulgada publicamente pela Junta Interministerial Reguladora do Comércio Exterior de Material de Defesa e Duplo Uso (JIMDDU), órgão no qual participam representantes dos ministérios de Assuntos Exteriores, Defesa, Interior, Comércio e Fazenda.

 

Efe (01/04/2014)

Forças de segurança venezuelanas se enfrentam com manifestantes opositores na localidade de Las Mercedes, em Caracas

 

Segundo os últimos dados disponíveis, referentes ao primeiro semestre de 2013, a Venezuela havia comprado “colorantes para a fabricação de artifícios pirotécnicos não-letais” por aproximadamente 16 mil euros e tinha contratos aprovados e pendentes de execução no valor de 2,6 milhões de euros. Dentro do quesito de materiais antidistúrbio o país sul-americano era o maior comprador internacional das empresas espanholas, seguido pela Tunísia.

De acordo com o jornal El País, a JIMDDU utiliza uma série de critérios para autorizar as vendas de material policial e entre eles estaria a possibilidade de que o material seja utilizado para a repressão. Segundo fontes do governo, este último seria o motivo para o embargo. Desde o início dos protestos na Venezuela, mais de 30 pessoas morreram.

A decisão de proibir a venda deste tipo de material à Venezuela utilizando o critério de uso em repressão gera polêmica quando se analisa os demais clientes do país. Ainda no primeiro semestre de 2013, a Espanha doou “cartuchos de gás lacrimogêneo e diversos artifícios antidisturbios” ao governo do Egito. O país africano sofreu um golpe militar no ano passado e desde então a cifra de mortos em manifestações divulgada varia entre 700 e mais de mil pessoas.

A Espanha é o primeiro e, por enquanto, único país a anunciar algum tipo de embargo ao governo de Nicolás Maduro. Além da Venezuela, o governo espanhol mantém embargos de venda à Coreia do Norte e ao Irã.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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