EUA estiveram a ponto de detonar acidentalmente uma bomba atômica na Carolina do Norte em 1961

Sugerido por Tamára Baranov
 
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EUA estiveram perto de detonar bomba atômica na Carolina do Norte em 1961

Londres, 21 set (EFE).- A Força Aérea dos Estados Unidos esteve a ponto de detonar, acidentalmente, uma bomba nuclear de quatro megatons sobre a Carolina do Norte (EUA) em 1961, segundo documentos desclassificados divulgados neste sábado pelo jornal britânico “The Guardian”.

No dia 23 de janeiro de 1961, duas bombas de hidrogênio Mark 39 foram lançadas acidentalmente sobre a cidade de Goldsboro. Elas caíram de um bombardeiro da Força Aérea americana, um B-52, que sofreu uma avaria em pleno voo quando sobrevoava esse estado americano.

Segundo a informação publicada pelo jornal britânico, cada uma das duas bombas tinha uma potência 260 vezes maior que a bomba lançada em Hiroshima (Japão) anos antes e uma delas teve o processo de detonação iniciado.

Apesar de o governo dos EUA ter reconhecido anteriormente esse acidente, nunca divulgou o quão perto a bomba esteve de ser detonada por acidente e, por outro lado, sempre negou que a vida dos cidadãos estivesse em perigo devido a erros nos sistemas de segurança.

Durante um problema no avião, uma das bombas foi lançada da aeronave como se tivesse sido ativada de propósito e foi um interruptor de baixa tensão o que permitiu evitar que ela explodisse e ocasionasse, segundo o “Guardian”, uma catástrofe de dimensões monumentais.

Os documentos secretos foram obtidos pelo jornalista investigativo Eric Schlosser, que revelou que um explosivo desse tipo “teria mudado literalmente o curso da história” se tivesse sido detonado.

O repórter realizou a descoberta enquanto fazia pesquisas para seu novo livro que trata da corrida nuclear.

Durante o transcurso de suas pesquisas, Schlosser descobriu que entre 1950 e 1968, ocorreram pelo menos 700 acidentes “significativos” e incidentes, envolvendo 1.250 armas nucleares.

O “Guardian” afirmou também que o avião em questão realizava um voo rotineiro quando sofreu a avaria enquanto sobrevoava a Carolina do Norte e que, se a bomba tivesse explodido, o impacto teria afetado cidades como Filadélfia, Baltimore, Washington e a parte norte de Nova York.

Esse incidente ocorreu apenas três dias depois que John F. Kennedy pronunciou seu discurso de posse como presidente dos Estados Unidos.

Um responsável pelos mecanismos de segurança das armas nucleares do governo dos EUA, Parker Jones, reconheceu em um relatório divulgado oito anos depois que os explosivos não contavam com a segurança adequada. EFE

Luis Nassif

7 Comentários

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    1. De jeito nenhum. Primeiro,

      De jeito nenhum. Primeiro, porque a maioria dos que morreriam seriam os trabalhadores estadunidenses, não a elite militarista que controla as instituições políticas. Segundo, porque a primeira coisa que essa elite militarista faria seria bombardear a Rússia, a China ou o Irã e, depois, investigar o que ocorreu (se sobrasse tempo). Teríamos uma guerra mundial iniciada por acidente!

  1. Que bisonhice, hein?
    Muitas

    Que bisonhice, hein?

    Muitas vezes o acaso altera completamente o curso da História,

    No século XVI, quando a Espanha (maior potência de então) descobriu que a Inglaterra financiava os corsários que saqueavam os galeões carregados de prata e ouro das américas, el Rey Felipe II reuniu a maior esquadra já vista até então, com o objetivo de acabar com os ingleses. Naquela época, a Inglaterra era uma potência secundária, e seria arrasada pela armada ibérica caso esta chegasse ao seu destino. Tal esquadra ficou conhecida como “a Invencível Armada”.

    Só teve um pequeno detalhe: enquanto cruzava o canal da mancha, desabou dos céus simplesmente A MAIOR TEMPESTADE DO SÉCULO, que acabou com a maior parte da frota espanhola, tornando o restante presa fácil para a marinha inglesa.

    Se a Invencível Armada tivesse dizimado Londres, como teria sido a História? Teria a Inglaterra se tornado uma potência colonial e industrial dois séculos mais tarde? Teria se convertido no maior império do mundo? Teria conseguido criar e manter suas colônias na América do Norte, ou teriam sido elas mantidas pela Espanha, acabando com o embrião do que viria a se tornar os Estados Unidos?

    Uma única tempestade deixou em aberto essas questões, para sempre.

  2. Essa história de que a bomba

    Essa história de que a bomba quase explodiu é balela.

     

    uma bomba atômica não explode, ela é detonada. Se ela não estiver ativada, não detona.

    Se ela cair acidentalmente, não detona.

    Mas se disser isso, não vende a história…

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