Nove integrantes do Congresso venderam ações durante caos nos EUA

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Negociações foram feitas antes e durante instabilidade; um integrante da Câmara vendeu ações de banco antes de oficialização da falência

Foto: Yiorgos Ntrahas via Unsplash

Pelo menos nove pessoas ligadas ao Congresso norte-americano venderam ações de bancos antes e durante a turbulência vista nos mercados no mês de abril, quando o Silicon Valley Bank (SVB) oficializou sua quebra.

Segundo o jornal britânico Financial Times, uma dessas pessoas seria um integrante do comitê de serviços financeiro da Câmara, que vendeu ações do SVB antes de sua falência, além de representantes dos partidos Democrata e Republicano.

Em meio a tais relevações, grupos de defesa pública questionam se existe algum tipo de conflito de interesses ao se permitir que funcionários do governo possuam ou negociem ações, mesmo que sejam obrigados por lei a divulgar tais operações.

Para esses grupos, a manutenção de ações individuais de empresas por parte de funcionários federais representa um conflito de interesses que compromete a confiança do público.

Embora as regras atuais permitam que integrantes do Congresso aguardem até 45 dias para relatar as negociações realizadas (o que abre brecha para novas operações financeiras), cresce o apoio para que a legislação passe a proibir a prática por completo.

Uma legislação para restringir a posse ou negociação de títulos chegou a ser proposta, mas as conversas em torno do tema estão paradas há anos.

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