Jornal afirma que emergentes podem lidar com turbulência

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Mesmo sob efeito da aversão ao risco gerada pela possibilidade de alterações na política monetária nos Estados Unidos, as economias em desenvolvimento podem “lidar com as turbulências”, diz editorial publicado no jornal britânico Financial Times nesta quarta-feira (21), ressaltando que “o horizonte de longo prazo para a maioria deles é brilhante”.

Intitulado “Mundo emergente pode lidar com as turbulências”, o texto defende que as mudanças econômicas apresentadas pelos países em desenvolvimento é “muito profunda” para ser desfeita pelas turbulências vistas no mercado. A publicação também reconhece a perda contabilizada por diversas moedas – por exemplo, a redução vista pela rúpia da Indonésia no dia chegou a 3,6%, e a desvalorização da rúpia indiana é de 2,5% -, além do impacto visto em países como Tailândia, Turquia, África do Sul e Brasil.

Para o jornal britânico, as preocupações quanto a presságios de uma crise financeira em grande escala são prematuras. “Apesar de muitos países emergentes estarem experimentando bolhas de crédito causadas pela crise do mundo rico, a composição dos fluxos de capital é mais saudável do que antes da crise financeira asiática”. O FT ressalta que, em média, mais da metade dos fluxos de capital para os mercados emergentes são de recursos próprios, muito em investimento direto. “Muitos países têm grandes reservas ou câmbio flutuante para mitigar o fluxo de inversões da carteira – lições aprendidas na última crise da Ásia”.

O crédito mais apertado ainda pode frear o crescimento. “Um despertar rude pode muito bem acontecer em países que dependiam em grande parte do crédito para impulsionar o crescimetno”, diz o Financial Times, ressaltando que as “forças fundamentais” das economias que conseguiram apresentar um forte crescimento não serão afetadas pela piora das condições de mercado e suas consequências no curto prazo.

O editorial do Financial Times ressalta que o mundo emergente possui muitos desafios, e que é preciso tomar cuidado com o mercado turbulento e os danos que podem causar. As economias também devem manter as reformas e realizar seu potencial para a convergência com os países ricos. “Mas a maioria das conquistas dessas economias até agora mostra que a trajetória de longo prazo do progresso econômico está aberto a eles, além dos solavancos na estrada de curto prazo”, finaliza o texto.

 

 

Do Financial Times

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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