O caso do Banco Espiríto Santo e a desregulamentação financeira, por Viriato Soromenho-Marques

Jornal GGN – O Banco Espírito Santo, principal instituição financeira de Portugal, passa por uma crise após o atraso do pagamento de cupons relativos a títulos de dívida de curto prazo por suas controladoras. O atraso afetou o mercado europeu, provocando uma onda de venda de ações. Nesta quinta, as ações do Banco Espírito Santo caíram mais de 15% na Bolsa de Lisboa.

Em artigo no Diário de Notícias de Lisboa, Viriato Soromenho-Marques afirma que o que acontece em Portugal é o exemplo do se passa na Zona do Euro, que se transformou no ‘“paraíso do financismo”, implementando o neoliberalismo sem qualquer resistência e baixa regulamentação.

Enviado por Paulo F.

Do Diário de Notícias de Lisboa

Banqueiros anticapitalista

por VIRIATO SOROMENHO-MARQUES

Espero bem que não, mas se o caso BES terminar da pior maneira, o País pagará um preço astronómico por um momento de lucidez coletiva. Perceberemos, como num teatro de marionetas, que as cenas públicas da luta partidária são apenas a cortina fútil que esconde as lutas reais, travadas em recato, onde se decide o destino coletivo. Perceberemos que o eventual colapso da constelação em cascata do “banco do regime”, com os danos colaterais que ainda estão muito longe de um elenco exaustivo, não estará provavelmente em condições de ser resgatado, pelo menos no interior das regras do jogo europeu, que permitiram a duzentos bancos (de um total de seis mil) tomarem como reféns mais de quinhentos milhões de cidadãos da UE. 

Não tenhamos ilusões: o que se passa em Portugal é apenas um episódio menor de um sistema cheio de minas e alçapões. A “união bancária” em fabricação é um mero simulacro: esconde aquilo que deveria enfrentar. A zona euro (ZE) transformou-se no paraíso do financismo mais puro e irrestrito. Nela, as ideias extremas do neoliberalismo impuseram-se sem qualquer barreira (os EUA tiveram em sua defesa um sólido e historicamente enraizado federalismo).

A ZE realizou a utopia temerária de F. Hayek: retirar o Estado da esfera monetária. O euro é hoje um Moloch perante o qual os povos se vergam em sacrifício. Entregues a si próprios, com a cumplicidade de quem os deveria regular, os “banqueiros anarquistas” destroem os próprios fundamentos do capitalismo. Se a implosão da Europa não puder ser evitada, quem lhe sobreviver terá de reconstruir uma economia de mercado, sabendo, contudo, que o dinheiro é um assunto demasiado sério para ser um negócio de aventureiros.

Redação

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  1. O material jornalístico

    O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,crise-do-principal-banco-de-portugal-afeta-mercado-europeu,1526461Queda chegou a 19% depois que o principal acionista da empresa retirou seus papéis do mercado alegando ‘dificuldades financeiras’

    por O GLOBO

     

    10/07/2014 9:44

    / Atualizado

    10/07/2014 10:57

    LISBOA – A situação do Grupo Espírito Santo (ESFG, na sigla em inglês), principal acionista do português Banco Espírito Santo (BES), se agravou nesta quinta-feira. O grupo, o maior em valor de mercado do país, anunciou que decidiu suspender a negociação de suas ações e seus bônus, devido às “dificuldades” do grupo. Com isso, as ações do Banco Espírito Santo desabaram quase 19% nesta quinta-feira na Bolsa de Lisboa, para o menor nível em um ano, e teve a negociação suspensa por decisão da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), órgão regulador do mercado de capitais de Portugal, aguardando que seja prestada informação relevante ao mercado. As preocupações são de que problemas financeiros em empresas da holding da família Espírito Santo, que fundou o império bancário, irão ter impacto no banco.

    O BES é o maior acionista da Portugal Telecom, em processo de fusão com a Oi. O banco confirmou que investiu € 897 milhões em notas promissórias da Rio Forte, que faz parte do Grupo Espírito Santo. Em fato relevante na semana passada, a Oi informou que não sabia da operação e que “tomará as medidas necessárias à defesa de seus interesses”. De acordo com fontes, Oi e PT vão rever a relação de troca e outros aspectos do acordo assinado entre as empresas. Na capitalização da Oi, a PT não entrou com dinheiro e sim com seus ativos, avaliados em R$ 5,71 bilhões.

    Em um comunicado, o Grupo Espírito Santo, que tem sede em Luxemburgo, afirmou que “avalia o impacto financeiro de sua exposição” à Espírito Santo International (ESI), principal holding do grupo que acumula dívidas e não pagou vencimentos de títulos de credores na Suíça. A holding detém 49% do Grupo Espírito Santo, que, por sua vez, controla 25% do BES. Segundo o jornal “Diario Economico“, a ESI estuda entrar com pedido de proteção a credores em Luxemburgo se não conseguir renegociar suas dívidas.

    A crise financeira do grupo também levou as taxas de juros dos bônus com vencimento em 10 anos de Portugal terem alta de 3,771% nesta quarta-feira, para 3,906% anuais. O banco central do país, o Banco de Portugal, pressionou para que a família saísse do conselho de administração do BES, sobretudo do diretor-executivo Ricardo Salgado, que deixou o posto em 20 de junho. Desde então, o valor da ação caiu mais de 30% na Bolsa de Lisboa.

    Além disso, pesa sobre a empresa a descoberta de irregularidades nos balanços da holding, a ESI, para maquiar prejuízos de € 180 milhões em 2008, quando a crise financeira global estourou. Ao longo do tempo, a perda subiu para € 1,3 bilhão em 2013.

    João Lampreia, um analista no Banco Big, disse que a ação do BES está caindo devido à crescente probabilidade de reestruturação da dívida nas companhias da família.

    — Estamos falando de uma exposição direta e indireta (pelo BES a companhias da holding da família) de € 3,5 bilhões, em outras palavras, a capitalização de mercado do BES — disse Lampreia.

    Analistas alertam que, como é muito grande, se o BES quebrar, ameaça a economia de Portugal, que saiu em maio do programa de ajuda financeira da União Europeia e Fundo Monetário Internacional. Na semana passada, porém, governo e banco central garantiram que a situação financeira da empresa é sólida e que os correntistas “podem ficar tranquilos”.

     

     

  2. Supervisores internacionais

    Supervisores internacionais acompanham créditos da Portugal Telecom ao grupo GES

     

    10/07/2014 – 08:58

    Regulador português (CMVM) está também a vigiar a situação na operadora de telecomunicações

     

    A Securities and Exchange Commission (SEC), a autoridade de supervisão da bolsa norte-americana, estará já a acompanhar a controvérsia à volta dos empréstimos de quase 900 milhões de euros concedidos pela Portugal Telecom à Rioforte, a holding não financeira problemática do Grupo Espírito Santo (GES). A PT está cotada no mercado nova-iorquino.

    O PÚBLICO apurou também que a CMVM tem desenvolvido acções para apurar se o financiamento da operadora de telecomunicações ao GES foi legítimo, nomeadamente por envolver partes relacionadas (o BES possui 10% da PT que tem 2% do banco).

    A contaminação à PT do dossier Espírito Santo, que já se traduziu numa perda histórica do valor de mercado da operadora de telecomunicações (nas últimas nove sessões desvalorizou 30%), alastrou ao outro lado do Atlântico. A empresa liderada por Henrique Granadeiro, que deu luz verde ao financiamento à Rioforte, não só está em processo de fusão com a brasileira OI, como é cotada na bolsa nova-iorquina e, por isso, sujeita à supervisão da SEC. E no capital da PT e da Oi estão fundos internacionais.

    O PÚBLICO sabe que o contexto internacional e a dimensão e natureza do investimento da PT na Rioforte (um empréstimo a uma empresa em situação de insolvência e ligada a um accionista) estará já a obrigar os reguladores norte-americano, brasileiro e português a olhar para a operação. A instituição liderada por Carlos Tavares confirmou ao PÚBLICO “que a CMVM está a acompanhar” e a desenvolver os procedimentos necessários.

    “Não comentamos o que não sabemos.” Foi a resposta dada ao PÚBLICO por fonte oficial da PT quando inquirida, por correio electrónico, sobre as averiguações e pedidos de esclarecimentos realizados pelas autoridades de regulação (Sec, CMVM e regulador brasileiro). Por seu turno, a Oi informou “que não pode nem costuma fazer comentários sobre estes temas”. No delicado jogo das palavras, há garantias (de elementos não oficiais das empresas) de que a PT e a Oi nunca receberam notificações por parte de qualquer dos três reguladores. 

    Hoje, o que está em causa neste dossier complexo é a sobrevivência “do sistema GES/BES”, montado ao longo dos últimos 15 anos. O risco sistémico dos activos da família Espirito Santo atingiu o coração da PT, que pode ter de assumir total ou parcialmente um buraco de 897 milhões de euros (cerca de metade dos seus activos), caso não seja reembolsada. 

    Carlos Costa, Carlos Tavares e a Ministra das Finanças estiveram em contacto nos últimos dias, pois a desvalorização rápida do valor das instituições, com dimensão e relevância internacional, poderá repercutir-se na imagem dos reguladores e, assim, contagiar a evolução dos juros da dívida pública portuguesa, que ontem registaram a maior subida desde a crise política do Verão passado.

    Com o debate público à volta do sistema GES/BES a ganhar fôlego há já quem, dentro da PT, esteja a questionar a continuidade de Henrique Granadeiro que deu luz verde ao investimento na Rioforte (na comissão executiva), mas não o submeteu ao conselho de administração, nem à comissão de auditoria. Isto apesar de estar em causa um montante elevado e da existência de informações públicas sobre os problemas de liquidez da holding. Para além do facto de a Rioforte estar ligada a um accionista. A situação levou mesmo dois gestores não executivos, representantes da Oi, a demitirem-se da administração e a Oi a emitir uma nota a afirmar que desconhece o investimento e pede esclarecimentos adicionais à PT.

    Já esta semana o Banco Nacional de Desenvolvimento do Brasil (BNDES), accionista da Oi, classificou a aplicação na Rioforte de inconsistente e de ter “padrões mínimos de boa governança corporativa”.

    Embora já conhecidos os dois nomes que vão liderar o BES até Março de 2016, o chairman Paulo Mota Pinto e o CEO Vítor Bento, e clarificadas assim as dúvidas sobre a governação, continua por saber como é que o GES vai reembolsar os seus credores, designadamente a PT. E se o segundo maior banco privado vai, ou não, renovar os empréstimos às socieddaes ligadas à família Espirito Santo. Incógnitas que podem ajudar a explicar o comportamento de desconfiança dos mercados que se traduz na queda das cotações das empresas do “sistema GES/BES”: a PT fechou a descer 5,53% e a negociar-se a 1,89 euros; o BES tombou 4,65% (0,615 euros); e o ESFG deu novo trambolhão, e caiu 10,96% (1,30 euros).

     

     

  3. Supervisores internacionais

    Supervisores internacionais acompanham créditos da Portugal Telecom ao grupo GES

    PÚBLICO

    10/07/2014 – 08:58

    Regulador português (CMVM) está também a vigiar a situação na operadora de telecomunicações

    Carlos Costa preocupado com dossier BES     4     

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    Paulo Mota Pinto vai presidir ao Conselho Estratégico do BESESFG suspende negociação das acções em bolsa

    A Securities and Exchange Commission (SEC), a autoridade de supervisão da bolsa norte-americana, estará já a acompanhar a controvérsia à volta dos empréstimos de quase 900 milhões de euros concedidos pela Portugal Telecom à Rioforte, a holding não financeira problemática do Grupo Espírito Santo (GES). A PT está cotada no mercado nova-iorquino.

    O PÚBLICO apurou também que a CMVM tem desenvolvido acções para apurar se o financiamento da operadora de telecomunicações ao GES foi legítimo, nomeadamente por envolver partes relacionadas (o BES possui 10% da PT que tem 2% do banco).

    A contaminação à PT do dossier Espírito Santo, que já se traduziu numa perda histórica do valor de mercado da operadora de telecomunicações (nas últimas nove sessões desvalorizou 30%), alastrou ao outro lado do Atlântico. A empresa liderada por Henrique Granadeiro, que deu luz verde ao financiamento à Rioforte, não só está em processo de fusão com a brasileira OI, como é cotada na bolsa nova-iorquina e, por isso, sujeita à supervisão da SEC. E no capital da PT e da Oi estão fundos internacionais.

    O PÚBLICO sabe que o contexto internacional e a dimensão e natureza do investimento da PT na Rioforte (um empréstimo a uma empresa em situação de insolvência e ligada a um accionista) estará já a obrigar os reguladores norte-americano, brasileiro e português a olhar para a operação. A instituição liderada por Carlos Tavares confirmou ao PÚBLICO “que a CMVM está a acompanhar” e a desenvolver os procedimentos necessários.

    “Não comentamos o que não sabemos.” Foi a resposta dada ao PÚBLICO por fonte oficial da PT quando inquirida, por correio electrónico, sobre as averiguações e pedidos de esclarecimentos realizados pelas autoridades de regulação (Sec, CMVM e regulador brasileiro). Por seu turno, a Oi informou “que não pode nem costuma fazer comentários sobre estes temas”. No delicado jogo das palavras, há garantias (de elementos não oficiais das empresas) de que a PT e a Oi nunca receberam notificações por parte de qualquer dos três reguladores. 

    Hoje, o que está em causa neste dossier complexo é a sobrevivência “do sistema GES/BES”, montado ao longo dos últimos 15 anos. O risco sistémico dos activos da família Espirito Santo atingiu o coração da PT, que pode ter de assumir total ou parcialmente um buraco de 897 milhões de euros (cerca de metade dos seus activos), caso não seja reembolsada. 

    Carlos Costa, Carlos Tavares e a Ministra das Finanças estiveram em contacto nos últimos dias, pois a desvalorização rápida do valor das instituições, com dimensão e relevância internacional, poderá repercutir-se na imagem dos reguladores e, assim, contagiar a evolução dos juros da dívida pública portuguesa, que ontem registaram a maior subida desde a crise política do Verão passado.

    Com o debate público à volta do sistema GES/BES a ganhar fôlego há já quem, dentro da PT, esteja a questionar a continuidade de Henrique Granadeiro que deu luz verde ao investimento na Rioforte (na comissão executiva), mas não o submeteu ao conselho de administração, nem à comissão de auditoria. Isto apesar de estar em causa um montante elevado e da existência de informações públicas sobre os problemas de liquidez da holding. Para além do facto de a Rioforte estar ligada a um accionista. A situação levou mesmo dois gestores não executivos, representantes da Oi, a demitirem-se da administração e a Oi a emitir uma nota a afirmar que desconhece o investimento e pede esclarecimentos adicionais à PT.

    Já esta semana o Banco Nacional de Desenvolvimento do Brasil (BNDES), accionista da Oi, classificou a aplicação na Rioforte de inconsistente e de ter “padrões mínimos de boa governança corporativa”.

    Embora já conhecidos os dois nomes que vão liderar o BES até Março de 2016, o chairman Paulo Mota Pinto e o CEO Vítor Bento, e clarificadas assim as dúvidas sobre a governação, continua por saber como é que o GES vai reembolsar os seus credores, designadamente a PT. E se o segundo maior banco privado vai, ou não, renovar os empréstimos às socieddaes ligadas à família Espirito Santo. Incógnitas que podem ajudar a explicar o comportamento de desconfiança dos mercados que se traduz na queda das cotações das empresas do “sistema GES/BES”: a PT fechou a descer 5,53% e a negociar-se a 1,89 euros; o BES tombou 4,65% (0,615 euros); e o ESFG deu novo trambolhão, e caiu 10,96% (1,30 euros).

      

     

  4. A informação só confirma

    A informação só confirma aquilo que eu já citava. A falência do capitalismo, obrigando o Estado financiar suas perdas e tomando o Estado de refém. Este é o maior dos meus temores! O movimento para a dominação por corporações.

    Não considero dinheiro coisa séria, considero ele um paliativo, um placebo que é dado ao rebanho para obter movimentos condicionados. Nada mais que isto! Na essência ele é o culpado de tudo. Ele promove “meritocracia” e não competência, reserva de mercado, represamento de conhecimento, sustentação da vida e a dignidade humana.

    O dinheiro corrompe a humanidade desde sua criação. Seja qualquer for a forma de moeda. Não interessa o sistema de governo. Se tiver dinheiro tem corrupção. Se houver poder também haverá corrupção.

    O poder emana do povo se o povo fosse mais altruísta não existiria sistema de poder, mas, um regime participativo e rotativo de decisões sem a necessidade de dinheiro para movimentar o mercado. 

    Mas dinheiro compra privilégios e ninguém quer abandonar o dinheiro. E quem não o tem quer para poder ter privilégios.

     

    1. Falencia do capitalismo ONDE?

      Falencia do capitalismo ONDE? Trata-se de um negocio mal sucedido entre um banco e uma empresa de telecomunicações,

      conflitos[ e situações como essa acontecem todas as semanas em algum lugar do mundo, e a crise da Petrobras é o que? Falencia do estatismo? Um evento não significa que tudo vai no mesmo caminho.

      1. De novo André? Mais uma vez

        De novo André? Mais uma vez as uvas verdes do pré-sal? Que crise da Petrobrás? Uma empresa que dispõe de matéria prima para trabalhar no valor de U$ 3 trilhões ao preço de hoje. Uma jazidazinha, onde já estão muitas de suas plataformas prestes a produzir e de onde só de janeiro para cá já estão retirando cerca de DUZENTOS MIL BARRIS DIÁRIOS adicionais!

        Desculpe, André, mas este site é frequentado por muita gente inteligente e informada. Pega leve cara!

  5. LISBOA  –  Os temores pela

    LISBOA  –  Os temores pela saúde de um dos maiores grupos financeiros de Portugal golperam com dureza a bolsa de valores do país nesta quinta-feira e impulsionaram a alta de suas taxas de juros.

    As tensões se originaram com situação do Grupo Espírito Santos (GES), que inclui o Banco Espírito Santo (BES), o maior de Portugal.

    As transações com as ações do banco foram suspensas após uma queda de 16%, que arrastaram a Bolsa de Lisboa para uma baixa de mais de 4% e fez com que a taxa dos bônus de 10 anos subissem 0,13 ponto percentual, para 3,89%. 

    Essa situação repercutiu na Europa, onde o índice Stoxx 50 das principais ações europeias caiu mais de 1%.

    As baixas do mercado foram uma ingrata recordação para os investidores das tensões que tem afetado a Europa nos últimos anos, quando cresceram intensamente os temores pelo estado das finanças públicas de vários países que usam o euro.

    Portugal foi o terceiro país da zona do euro, após Grécia e Irlanda, a recorrer ao socorro financeiro internacional, que foi de 78 bilhões de euros em 2011. Desde aquele momento, os sucessivos governos portugueses tiveram de aplicar medidas de austeridade, cortes de gastos e reformas econômicas.

    As tentativas recentes de Portugal para sanear suas finanças públicas permitiram que o país recuperasse a confiança dos investidores, observada na queda das taxas de juros que paga sobre seus empréstimos. Portugal finalizou seu programa de resgate de três anos em maio, com a confiança de que poderia obter recursos nos mercados.

    O governo insiste que o Grupo Espírito Santo está sólido, mas um comitê parlamentar disse que vai convocar o ministro da Fazenda e o presidente do Banco de Portugal para questioná-los sobre o GES.

    No começo desta tarde, a maioria das praças financeiras europeias operavam com queda de mais de 1%. O PSI 20, de Lisboa, declinava 4%.

    Em Nova York, as preocupações com a solidez do GES também influenciavam os negócios e os índices acionários perdiam ao menos 0,5%.

    (Associated Press)

     

     

     

  6. Faz parte da natureza do

    Faz parte da natureza do sistema capitalista, para aumentar a possibilidade de sua realização, que ele afunde até os seus membros especulativos para conseguir uma nova cadeia obrigatória do Estado.

  7. Não à toa que o Partido

    Não à toa que o Partido Socialista não consegue governar a França. Governar como, quando se deixaram embalar pelo financismo exponencial que impera na EU !?

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