Programa sobre trabalhadores da Apple na China seria falso

Por wilson yoshio.blogspot

Programa sobre fábrica da Apple foi forjado

Do Estado de São Paulo
Por Tatiana de Mello Dias

Programa de rádio que fez denúncias trabalhistas e motivou protestos foi baseado em exageros de apresentador anti-Apple

SÃO PAULO – Um polêmico programa de rádio apresentado em janeiro que mostrava a suposta rotina dos trabalhadores da Apple na China era falso. O popular programa “This American Life” admitiu que o episódio, chamado “Mr. Daisey and the Apple Factory” (Senhor Daisey e a fábrica da Apple), foi parcialmente fabricado.

 

 

 

 

 

Daisey estrelava o espetáculo “The Agony and The Ecstasy of Steve Jobs”. FOTO: AP

O programa narrou vários problemas sobre as condições de trabalho da fábrica da Foxconn onde são produzidos aparelhos como o iPad e o iPhone.

Mas a última edição, de domingo, 11, foi inteira dedicada à correções e retratações sobre o programa de janeiro. Na retratação, o programa afirmou que suas denúncias foram baseadas nos relatos do showman Mike Daisey em sua visita à fábrica. Mas Rob Schmitz, um repórter do Marketplace, levantou dúvidas sobre os relatos.

Daisey estrelou um monólogo em Nova York que tinha duras críticas à Steve Jobs.

No início do ano, a apresentação do programa “This American Life” sobre a Foxconn provocou uma onda de protestos anti-Apple. O programa mostrou que iPhones eram fabricados em parte por adolescentes que trabalhavam 16 horas por dia e ganhavam US$ 0,70 por hora.

A apresentadora Ira Glass, do “This American Life”, explicou os porquês da apresentação errônea – e da falta de checagem da informação. Na época do programa, por exemplo, Daisey mandou o nome errado de sua intérprete e não forneceu nenhum número de contato. Ira Glass reconheceu que, diante dos problemas com a checagem, o programa deveria ter sido abortado. Mas, diante de outros fatos narrados por Daisey que se comprovaram verdadeiros, o programa foi levado adiante.

Daisey se defendeu afirmando que usou uma “licença dramática” para narrar a história.

Luis Nassif

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