Reconstrução é prioridade do novo governo japonês

Por wilson yoshio.b…

Do NHK World

Comentário: os desafios do novo governo do Japão

 

Nesta edição do Comentário, entrevistamos Kenji Yumoto, diretor de pesquisa do Instituto de Pesquisa do Japão, sobre os desafios que enfrentará o novo Gabinete do governo japonês do premiê Yoshihiko Noda.

Perguntamos: quais as questões econômicas que o novo governo deve abordar imediatamente?

Ele diz: “Creio que a prioridade deveria ser a aprovação da terceira proposta de orçamento suplementar que conta com planos para financiar integralmente a reconstrução pós-catástrofe.”

“Caso a aprovação demore, os esforços de revitalização da economia do Japão ficarão atrasados. O governo diz que pretende encaminhar uma proposta de orçamento extra para o Parlamento até meados de outubro. Para conseguir isso, é preciso a conquista de consenso para a proposta na legenda governista, o Partido Democrata, e a garantia de acordo com partidos de oposição antes do final de setembro ou até o início de outubro.”

“Um ponto controverso seria a proposta de inclusão de aumento temporário de impostos. Já que muitos Democratas se opõem à ideia, é possível que se leve muito tempo para a conquista de consenso no partido.”

Como o Japão enfrenta uma situação difícil, atingido por uma prolongada deflação e com sua moeda mais valorizada, perguntamos a Kenji Yumoto que medidas seriam necessárias para levar a economia do país de volta ao caminho do crescimento.

Ele diz: “O mais importante é a ideia de estimular a economia através da reconstrução. Quanto a isso, seria vital não se concentrar na tradicional solução de contar principalmente com fundos públicos. Em vez disso, a chave seria criar um mecanismo projetado para atrair investimentos de empresas tanto domésticas quanto do exterior.”

“Por exemplo, eu proporia a revitalização das áreas atingidas pelo tsunami através da construção de comunidades de baixo impacto ambiental no local com o emprego de energia renovável. Uma combinação de subsídios do governo, tratamento tributário preferencial e uma drástica desregulamentação poderia ser empregada para prestar apoio ao projeto. A ideia pode seduzir não apenas empresas japonesas, mas também do exterior, considerando que a demanda relacionada à reconstrução vai oferecer uma boa oportunidade de negócios.”

“Caso o Japão tome a iniciativa de construir cidades de baixo impacto ambiental, empregando as mais eficientes tecnologias de ponta, junto a empresas estrangeiras do gênero, isso ajudaria o Japão a sair da deflação e aumentar a esperança de crescimento econômico.”

Nesta edição do Comentário, entrevistamos Kenji Yumoto, diretor de pesquisa do Instituto de Pesquisa do Japão, sobre os desafios que enfrentará o novo Gabinete do governo japonês do premiê Noda.

Luis Nassif

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