Stepan Bandera e o neonazismo ucraniano

Por Jorge Nogueira Rebolla

Do Vermelhos não

Ucrânia: Bandera, bandeiras e 14 Waffen SS Grenadier division

“Os judeus da União Soviética são os defensores mais leais do regime bolchevique e a vanguarda do imperialismo moscovita na Ucrânia.” Bandera

Os seguidores de Bandera nunca discordaram da política nazista para com os judeus, o que levou ao assassinato de 1,5 milhões de judeus na Ucrânia. Mesmo quando o chefe passou uma temporada detido, mas foi libertado em 1944 para auxiliar no esforço contra o avanço do Exército Vermelho.

 

Stepan Bandera (no meio)

 

Stepan Bandera (de novo no meio)
 

Emblema da Divisão Galícia da SS (Azul e Amarelo)

Marcha do partido ucraniano Svoboda, Ternopil, Ucrânia, maio de 2010

A fonte da foto acima não é da propaganda russa. Foi retirada do site neonazista stormfront

Na foto abaixo o líder desse partido democrata e defensor dos direitos humanos, Oleg Tyahnybok (no meio) e o senador americano John McCain. Diga-me com quem andas…

O McCain não sabe que o interlocutor é neonazista?

Stepan Bandera é o maior ícone político do oeste da Ucrânia. É o inspirador da “independência” nacional. Desejava livrar o território ucraniano de todos os estrangeiros: russos, judeus, poloneses, etc.

Abaixo um trecho de uma reportagem do USA Today, do dia 01 de janeiro deste ano:

“Seu grupo também esteve envolvido na limpeza étnica que matou dezenas de milhares de poloneses entre  1942 e 1944.”

Esse é o ídolo maior da nação, no seu lado ocidental. O fundador do OUN, sigla em inglês, ou Organização dos Nacionalistas Ucranianos, com a sigla ONU, em português. Esta não utilizada não sei o porquê, talvez por lembrar uma outra totalitária de maior porte, foi totalitário, xenófobo, racista e genocida. Um criminoso de guerra. Assassinado ou executado pela KGB em 1959, por ordem de Nikita Kruschev, o ditador soviético que transferiu a Crimeia para à Ucrânia. Na época vivia em Berlim.

O ex-presidente ucraniano Yushchenko o elevou a “herói da Ucrânia”, em 2010. A “condecoração” foi revista posteriormente pelo presidente Yanukovich.

A bandeira do Bandera era bicolor, vermelha e preta, a foto abaixo da Euromaidan, não é mera coincidência:

Euromaidan, Kiev, durante protesto contra o corrupto Yanukovich. Corrupção ou neonazismo?

Redação

7 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. S. Bandera X Andriy Melnik

     Sempre que ocidentais tentam “explicar” algum assunto sobre a Ucrania, ocorrem séria falhas, algumas  por ignorancia, outras, talvez destinadas a outros propósitos.

     1.  Bandera, não é o criador, sequer inspirador da OUN-B, ele apenas era lider da facção radical deste movimento fascista, totalitário, xenófobo, anti-russo e anti-semita, pois o chefe era seu concorrente Andriy Melnik, que prendeu Bandera em 1942, entregou-o aos alema~es que o internaram em Sachsenhausen, liberando-o em 1944 quando agregou-se ao exército alemão, não as W/SS , e comandou uma cia. adida a uma divisão da Werhrmacht ( a primeira foto marca esta adesão, ele uniformizado de capitão, a esquerda de seu comandante).

      2. Bandera foi contra a criação da 14.WSSPzGD, a qual foi idealizada na idéia de Otto Von Wateher ( Galizien Reichs Kommissar – BgdFh SS), e pelo nacionalista galo-ucraniano, mas volksdeutsch ( era austriaco), Volodymyr Kubiychovych, com apoio dos demais membros do OUN-B, comandados por Andriy Melnik, coordenação militar, do ex-oficial do exército russo imperial, General P. Pavlenko.

      3. Desde sua criação em 1943, a 14.WSSPzGD, até sua rendição aos ingleses próximo a Viena, o comando sempre foi de um alemão, o BgdFh SS Fritz Freitag.

      4. Realmente na parte ocidental da “Ucrania” ( Galicia), região de Lwow/Lvi’v, S. Bandera é incensado como um herói do “nacionalismo ucraniano”, que somente no fim pactuou com os alemães, muito mais que os que acima descrevi ( Melnik, V.K, Pavlenko), pois ele sempre referiu-se a uma “Ucrania”, que nunca existiu, mas alem do Rio Dniepr, a leste de Kiev, é considerado um criminoso.

       5. Freitag suicidou-se, mas todos os demais oficiais galo-ucranianos da 14a, conseguiram derivar para o ocidente, independente das atrocidades cometidas e acusações posteriores de traição. Por que ? Foram previamente internados em Rimini (Itália), sendo “vigiados” (nas coxas) pelo II Corpo Polonês ( Gen. Anders), que não se preocupou nem um pouco com a “fuga”,”deserção” ou “mentiras” de seus “priminhos”, anti-comunistas e anti-semitas, tanto que após a rendição da 14a WSSPzGD, no dia seguinte, ela alterou seu nome para 1a Divisão do Exército Ucraniano Livre.

  2. Um milhão a mais

    Rebolla,

    Terá que revisar as suas contas. Achou que este blog é um filme de Hollywood e botou um milhão a mais.

    A história oficial relata  500 mil judeus mortos na 2a guerra, na Ucrânia

    1. “história oficial”, não existe

         As cifras tanto do Yad Vashen, quanto dos documentos oficiais do RSHA apresentadas em Nuremberg, são dispares, mas ambas situam que dos 900.000 judeus residentes no território ucraniano – galicia, um minimo de 850.000 foram mortos.

          O Yad Vashen, acrescenta em suas estatisticas, baseadas nos “relatórios de deportação” aos KZs (campos de concentração), emitidos pela Diretoria Financeira do RSHA/SS, que pagava ao Reichsbahn os custos do transporte, só de ida, que mais de 300.000 passaram ou eram originários da Ucrania, muitos soviéticos podem estar nestas listas, pois o centro de distribuição para os KZs, era em Lwow. Mas como a conta, chega a possivelmente 1,5 milhão ?

            Entre setembro de 1941 e inicio da primavera de 1943, portanto anterior ao “exterminio cientifico” ( os TKz – Campos de da morte – em alemão), muitos soldados e todos os “politruks” (comissários politicos do Exercito Vermelho), que tivessem um nome, histórico, semelhança ou “dedoduragem” de alguem, classificados como judeus ou cripto-judeus, que tinham sido capturados nas baltalhas ao redor de Kharhov e no Donbass, mesmo não sendo originários da Ucrania, eram mortos ou deportados para a morte, como “recolhidos na Galizien Komissar fur Reich.

            Aliás que diferença faz, exterminio de 500.000 ou de 1,5 milhão, é exterminio da mesma forma, genocidio, ou podemos recordar o Camarada Stalin e Laurenti Béria – ” matar uma pessoa é homicidio, matar 10 é um crime contra a humanidade, matar mais de 1.000, somente é uma estatistica “

      1. Bolinha de papel

        Típica a sua resposta: “que diferença faz, exterminio de 500.000 ou de 1,5 milhão, é exterminio da mesma forma”

        Qualquer procura séria na internet dirá que o total de mortos se aproximaria de 500 mil, não de 1,5 milhões. Por isso é que poucos contestam a quantidade de seis milhões mortos no tal de Holocausto, que inflacionou as indenizações de guerra.

        Um ou dez não é o mesmo, embora seja algo grave já um só, mas reflete a mentira por trás do fato, o desejo truculento de extrapolar para prejudicar a história e promover a demonização do perdedor da guerra. É a diferença entre uma bolinha de papel ou um tijolo na cabeça do Serra.

  3. Vamos lá Alexis e .50

    Alexis, acredito que a divergência deve-se aos assassinatos nas regiões que antes do início da segunda guerra ficavam no território polonês e depois foram anexadas à Ucrânia. Lwów (Lviv) tinha a terceira maior comunidade judaica. A estimativa é que somente nesta cidade as vítimas totalizaram quase 150.000. E elas estão contabilizadas nos números poloneses. Fora diversos outros lugares.

    .50 a divisão Galícia entrou mas sem ligação com o criminoso de guerra herói polonês, foi para ilustrar o amigo do McCain. Sei que ficou confuso. Ficaria ainda pior com o wolfsangel (Das Reich)… afinal também é muito utilizado pelos democratas ucranianos. Ficaria uma salada ainda mais indigesta.

  4. Certezas e algumas dúvidas

    Então não temos dúvida sobre  o que pensa o partido Svoboda, se é que até aqui alguém teria, certo? Agora vejam a composição dos principais cargos  do governo golpista: 

    Vice-Primeiro Ministro: Alexandr Sych (Partido Svoboda)Ministro da Defesa: Igor Teniukh  (Partido Svoboda)Ministro do Interior: Arsen Avakov (oficialmente, é membro do Partido da Pátria, mas, na realidade, é agente a serviço do Setor Direita)Presidente do Conselho de Defesa e Segurança Nacional: Andrei Paribii (do partido Nacional-Social da Ucrânia)Vice-presidente do Conselho de Defesa e Segurança Nacional: Dmitri Iarosh (Setor Direita) Não resta dúvida alguma também que o golpe foi patrocinado pelos EUA, aliados a estes nazistas. As evidências são fartas. Vão do velho roteiro de Zbigniew Brzezinski, passam pela confissão de representante do governo americano sobre ajuda de US$ 5 bi até  os mais variados apertos de mãos, entre outras. O que ainda não sei, e gostaria de saber, é como fica a posição de Israel, velha aliada dos EUA, com tantos nazistas na ativa. Será que estes, agora em nova cepa, são amigos?

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador