Trump critica Venezuela, China, socialismo, ONGs e fronteiras abertas na ONU

Trump também escancarou críticas contra a imigração, o socialismo, a Venezuela, as ONGs, China e Irã, e ao cumprimentar Bolsonaro, elogiou discurso

Trump com Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU – Foto: Alan Santos/PR

Jornal GGN – O segundo a discursar na Assembleia Geral da ONU, logo após a polêmica apresentação de Jair Bolsonaro, foi também polêmico presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Com programa duramente liberal que não inclui políticas sociais, Trump também escancarou críticas contra a imigração, o socialismo, a Venezuela, as ONGs, China e Irã.

Semelhante a Bolsonaro em alguns de seus pontos, o mandatário dos EUA também ressaltou um teor patriota e liberal, defendendo que cada um deve lutar pelos próprios interesses. Chegou a acusar a China de quebrar a promessa de se adaptar às regras de mercado desde que o país ingressou na Organização Mundial do Comércio (OMC). Isso porque a China não liberou a economia aos padrões de Trump. E, para ele, isso seria um erro.

Segundo ele, a China se beneficiou das regras do comércio global ao entrar na OMC, chegando a prejudicar a economia norte-americana. “Durante anos, estes abusos [no comércio das relações exteriores] foram tolerados, ignorados, ou mesmo estimulados”, disse Trump. “Essa teoria foi testada e está errada, a China não adotou as reformas”, continuou.

Ao chegar neste tema, entrou em contradição ao acusar o “globalismo”, tão defendido e utilizado por Donald Trump nos EUA, de fazer os países ignorarem seu próprios interesses nacionais: “No que diz respeito aos Estados Unidos, esses dias acabaram”, ressaltou.

Mas com uma dura política contra os países que são patriotas e protecionistas de seus mercados nacionais, como é o caso da Venezuela, ou da proteção de desenvolvimento e inteligência nacionais, como é o caso da China, entrou em contradição ao defender que é preciso manter a soberania e o patriotismo. “O futuro não será dos globalistas. Será dos patriotas. Se você quer liberdade, tenha orgulho de seu país. Se quer democracia, defenda sua soberania. Se quer paz, ame sua nação”, afirmou.

“A China não apenas se recusou a adotar reformas prometidas, como adotou um modelo econômico, dependente de enormes barreiras de mercado, pesados subsídios estatais, manipulação da moeda, dumping de produtos, transferências forçadas de tecnologia e roubo de propriedade intelectual e também segredos comerciais em grande escala”, disse, por outro lado. Para o republicano, por isso, é preciso uma “reforma drástica” na OMC.

Ainda em ataques à China, defendeu que a segunda maior economia do mundo não pode ser considerada em desenvolvimento.

Em outros temas polêmicas, criticou o Irã e a crise migratória, a Venezuela e o aborto. Não passou pelo discurso do presidente dos EUA as mudanças climáticas ou aquecimento global.

Sobre o Irã, disse que é “uma das maiores ameaças à segurança enfrentadas pelos países que amam a paz”, pediu à ONU que não subsidie “a sede de sangue do Irã” e que o país “está desperdiçando a riqueza e o futuro da nação em uma busca fanática por armas nucleares e os meios para entregá-las”. Mas ao mencionar a situação nuclear, omitiu os avanços dos EUA nas armas nucleares.

Do outro lado do continente, Trump também se sentiu no direito de opinar sobre o Reino Unido e defendeu o Brexit. “Enquanto o Reino Unido se prepara para sair da União Europeia (UE), deixei claro que estamos prontos para concluir um novo e excepcional acordo comercial com o Reino Unido, que trará enormes benefícios para ambos os países”, celebrou.

Trump atacou, uma vez mais, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chamando-o de “marionete cubana, protegido por seguranças cubanos”. “A Venezuela nos lembra de que o socialismo e o comunismo não se tratam de justiça, não versam sobre igualdade, nem sobre a ajuda aos pobres. O socialismo e o comunismo tratam de uma única coisa: do poder da classe dirigente”, defendeu.

O tema da migração esteve presente ao tratar das políticas de fronteira aberta, chamando-as de “cruéis” e que as nações tem “direito absoluto” de proteger as fronteiras. “Hoje, tenho uma mensagem para os ativistas de fronteira aberta, que se escondem na retórica da justiça social: suas política não são justas. Suas políticas são cruéis e más.”.

E ameaçou manter presos os imigrantes que chegam aos EUA: “Se você chegar aqui, não poderá entrar. Você será prontamente retornará para casa. Você não será libertado em nosso país. Desde que eu seja presidente dos Estados Unidos, cumpriremos nossas leis e protegeremos nossas fronteiras.”

Após as apresentações, Trump se encontrou nos bastidores com Jair Bolsonaro e o elogiou: “ótimo discurso”, comentou, no rápido aperto de mãos.

 

Redação

4 Comentários

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  1. Confirmado então…
    quem preparou o discurso de Bolsonaro queria que a ignorância nascesse de si mesma para com isso convencer toda comunidade internacional a se afastar definitivamente, causar o isolamento internacional do Brasil

    porque o melhor Estado para se explorar ou tirar suas riquezas sozinho, sem a concorrência de grandes competidores, é um Estado pária. E Bolsonaro foi colocado lá por Moro, com a prisão do Lula, justamente pra isso

  2. Como os discursos dos dois, tanto de Bolsonaro como de Trump, trazem perigos a conjurar e inimigos a combater, segundo eles, para impedir a perda de capital com justiça social, defesa dos direitos humanos, defesa da natureza e da supremacia do bem comum, planetário, pressinto que a próxima investida desses bárbaros será contra a Igreja Católica……………………………………

    que neste dia os sinos de todas as Igrejas do mundo batam para anunciar que não vão conseguir

  3. Vi no insta @marluz13_ que após esperar Trump por mais de uma hora, quando chegou, o presidente americano mandou ele Bozó se afastar dizendo : “fique aí onde eu estou apontando ” ….e o Bozó se afastou que nem uma cadela……..Dizem que o discurso foi redigido supervisionado pelo Bannon….o Bozo foi boneco de ventríloquo do necropopulismo…..bom papel para massagear o ego dos EUA, que de aliados viram donos do Brasil graças a Lava Jato

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