Ministério Público formaliza denúncias contra três envolvidos em Caso Moïse

Os réus envolvidos no assassinato do imigrante congolês foram acusados pelo crime de homicídio triplamente qualificado

Protesto no Rio de Janeiro em repúdio ao assassinato de Moïse Kabagambe (foto: Tomaz Silva / Agência Pública)

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) oficializou nesta segunda-feira (21/2) a denúncia contra três pessoas envolvidas no crime que terminou com a vida do jovem Moïse Kabagambe, no último dia 24 de janeiro.

Os acusados são Fábio Pirineus da Silva (mais conhecido como “Bello”), Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca (conhecido como “Dezenove”) e Brendon Alexander Luz da Silva (conhecido como “Tota”). Todos eles foram presos no dia 2 de fevereiro, acusados pela tortura e espancamento com resultado de morte do imigrante congolês. O crime ocorreu em frente ao quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, onde a vítima trabalhava, e teria sido uma reação às queixas de Moïse pelo não pagamento de salários atrasados.

Segundo o Ministério Público, os réus deverão responder pelo crime de homicídio triplamente qualificado, por se tratar de ação praticada por motivo fútil e por terem utilizado recursos que impossibilitaram a defesa da vítima. A investigação sobre o caso, por parte da Polícia Civil do Rio de Janeiro, afirma que Kabagambe foi imobilizado, e que sofreu golpes com um taco de beisebol, além de chutes e socos.

A investigação determinou que Aleson teria sido o responsável por derrubar Moïse no chão para que se iniciasse o espancamento, Brendon foi quem amarrou os pés e as mãos de Moïse e Fábio foi quem usou o taco de beisebol, enquanto os demais agrediam com socos e chutes. Os três réus se encontram atualmente em prisão temporária, a qual deve ser convertida em prisão preventiva, após solicitação do MP-RJ.

Outras três pessoas foram indiciadas: Jailton Pereira Campos, Matheus Vasconcelos Lisboa e Viviane Mattos Faria, que deverão passar por uma audiência preliminar na qual se analisará suas condutas, tendo em vista um possível caso de omissão de socorro à vítima. Outro nome envolvido no caso é o de Maicon Rodrigues Gomes, que não foi indiciado, segundo o MP-RJ, porque haveria registros de que ele buscou auxílio policial no momento do crime.

O inquérito também deverá ser encaminhado à Vara da Infância e Juventude, já que haveria um menor de idade entre os envolvidos no crime – além dos nomes já mencionados.

Redação

1 Comentário

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  1. Mas, esses acusados eram os devedores da dívida q o Moise estava cobrando? Pq ñ perguntaram ainda “quem mandou fazerem aquilo”? A pergunta q importa é “quem mandou…?”.

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