“O que fizeram aqui foi uma molecagem”, diz Cid Gomes

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Após operação da Polícia Federal, senador cearense afirma em entrevista coletiva que instituição está sendo “completamente aparelhada” por sua direção

Foto: Agência Senado

Jornal GGN – O senador Cid Gomes (PDT-CE) afirmou que a operação realizada pela Polícia Federal em seu apartamento e à residência de seu irmão, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), foi uma “molecagem” e que a instituição está sendo “completamente aparelhada” por sua direção.

“Uma molecagem. O que fizeram aqui foi uma molecagem que tem toda uma narrativa (…)”, disse o senador, durante entrevista coletiva realizada na Assembleia Legislativa do Ceará na tarde desta quarta-feira (15/12).

“Fui acordado com a notícia de que tinham agentes da Polícia Federal na porta do meu apartamento para, enfim… fui acordado para receber a Polícia Federal”, disse Gomes, afirmando que os agentes estavam na porta de seu apartamento por volta das seis da manhã.

Segundo o senador, ele leu uma notificação onde a PF tinha um mandado para recolher mídias como telefones celulares, computadores e iPads, entre outros. “Adentraram a minha casa e levaram o que entenderam, o que julgaram necessário”, disse Gomes.

“A Polícia Federal é uma instituição ultra respeitada, ultra reconhecida, tem ao longo da sua história prestado relevantes serviços ao país, mas lamentavelmente isso tem que ser denunciado – ela está sendo, por sua direção, completamente aparelhada”, afirma Cid Gomes.

Indicações bolsonaristas na Polícia Federal

Gomes lembra que todos os dirigentes anteriores da Polícia Federal eram funcionários de carreira da instituição, lembrando que a PF sempre foi dirigida por alguém que tivesse ocupado superintendência estadual, diretorias ou ocuparam funções como adido, em uma espécie de coroação da carreira.

“O Bolsonaro, presidente Bolsonaro, que é o moleque maior, está aparelhando a Polícia Federal: recrutou um quadro medíocre, medíocre, que nunca ocupou nenhuma função de destaque na Polícia Federal por falta de mérito e por ser vinculado à família dele – os filhos dele são muito entrosados com essa coisa de polícia. Recrutou um medíocre para dirigir a Polícia Federal”, afirmou Gomes.

Atualmente, o diretor-geral da Polícia Federal é o delegado Paulo Maiurino, enquanto o diretor-executivo é o delegado Carlos Henrique Oliveira.

“Eu já sabia”

Cid Gomes disse que já tinha conhecimento da operação que seria realizada uma vez que “eles são falastrões demais”.

“Uma vez encontraram um deputado federal do Ceará, foi ao Ministério da Justiça – porque o negócio é mais em cima também, e ele disse ao deputado federal, achando que era um deputado federal ligado ao Bolsonaro, que teria uma série de operações em curso para ‘pegar’ os Ferreira Gomes”, afirma o senador.

“Ontem (…) um vereador de Fortaleza ligado ao Bolsonaro, ligado ao capitão daqui que é ligado ao capitão Bolsonaro de lá, disse que hoje ia ter uma bomba, ia acontecer uma bomba”, afirmou o senador.

O capitão em questão seria o Capitão Wagner, deputado federal, pré-candidato ao governo cearense pelo PROS e notório aliado de Bolsonaro – tanto que foi uma das referências no Estado durante as manifestações de 07 de Setembro.

Segundo Cid Gomes, o que aconteceu foi uma “molecagem com claros objetivos politiqueiros de desgastar a imagem do Ciro, de desgastar a nossa imagem para que isso possa servir ao interesse nacional do moleque Bolsonaro e ao interesse nacional do seu assecla aqui no estado do Ceará”.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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