Como já foi condenado a 30 anos, caso contra Dirceu é postergado por Moro

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Imagem: Fotos Públicas
 
Jornal GGN – O juiz da Operação Lava Jato em Curitiba, Sérgio Moro, aceitou a terceira denúncia contra o ex-ministro José Dirceu, nesta terça-feira (20). A peça dos procuradores da República o acusa de receber propina da Engevix e da UTC.
 
Dirceu já foi condenado por Moro em outras duas ações penais na Operação Lava Jato, somando uma penalidade de 41 anos de prisão. O caso foi paralisado pelo período de um ano pelo magistrado de Curitiba porque Dirceu já estava cumprindo outras penas e Moro resolveu dar preferência a ações com réus sem nenhuma condenação.
 
Por isso, ainda que tenha recebido a denúncia nesta terça, Sérgio Moro deverá realizar as audiências de investigação da ação somente no próximo ano. O processo diz respeito às investigações de que Dirceu teria sido beneficiado pelas empreiteiras em troca de contratos obtidos pelas mesmas junto à Diretoria de Serviços da Petrobras.
 
A acusação aponta que a Engevix teria pago R$ 900 mil a uma empresa que prestou serviços de comunicação a Dirceu, Entrelinhas. Os investigadores também colocam como suspeito o pagamento de R$ 1,5 milhão pela UTC por serviços de consultoria da empresa JD Consultoria, do ex-ministro. 
 
A versão da Operação Lava Jato é que nenhum serviço foi prestado e os repasses teriam sido propina por contratos obtidos pelas empreiteiras junto á Petrobras. Na mesma peça, os procuradores da República acusam o irmão de Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, o ex-executivo da UTC Walmir Pinheiro Santana, e o ex-executivo da Engevix Gerson Almada.
 
Dirceu foi preso na Lava Jato em agosto de 2015, no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, com a sentença aumentada do Tribunal Regional Federal da 4ª Região a 30 anos e nove meses de prisão. Outra condenação contra Dirceu impôs mais 11 anos e três meses de reclusão por Moro, e o caso ainda não foi julgado pela segunda instância. 
 
Em maio do último ano, o ex-ministro mas obteve o benefício de cumprir a prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

17 Comentários

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  1. Moro é presidente da Suprema

    Moro é presidente da Suprema Corte de Curitiba. 

    Juiz monocrático, tem mais poderes que o STF

    Segue as ordens da Globo, elite do atraso e CIA

    1. Fale sobre os crimes [reais] de Dirceu

      O que o senhor sabe sobre Dirceu para que ele deva ser preso? Alias, tem muita gente ai que deveria realmente esta presa e portanto uns estão discretos em casa e outros descaradamente governam o Pais.

  2. A não-notícia que denota a síndrome da ausência de holofotes

    Os integrantes da ORCRIM lavjateira, sobretudo o juiz de piso da 13ª VJF curitibana, padecem de um mal incurável: a síndrome da ausência dos holofotes, microfones e páginas do PIG/PPV. Desmascarada e desnudada ORCRIM Fraude a Jato – cujas entranhas pútridas e fétidas foram expostas à luz solar pelo obstinado, arriscado e brilhante trabalho dos Jornalistas Marcelo Auler, Wellington Calasans, Romulus Maya, com eventuais contribuições (ainda que tímidas, cheias de idas e vindas, caindo em iscas do PIG/PPV e da ORCRIM Fraude a Jato) deste GGN e do DCM, a principal ORCRIM institucional do sistema judiciário brasileiro está acuada e no limbo há algumas semanas. A interveleição militar no RJ, feita pelo governo quadrilheiro e golpista, além das manobras feitas na direção da PF e na PGR, estão selando o fim “glorioso” da Fraude a Jato.

    O boquirroto Carlos Lima, que embora recebesse polpudas diárias e auxílio-moradia, se achava no direito de não trabalhar e ficar nas redes sociais fazendo politicagem, se recolheu e há quase duas semanas o PIG/PPV não publica nada sobre ele. Deltan Dallagnol, que engorda a renda especulando com imóveis do MCMV e dando palestras para instituições financeiras patrocinadoras do golpe, tenta alguns espasmos, mas os veículos do PIG/PPV o estão deixando falar sozinho. As nulidades que integram a 8ª turma do TRF4 – esse tribunal de exceção – estão sendo solenemente ignoradas, após entregarem o imundo serviço: a confirmação da condenação, SEM PROVAS, do Ex-Presidente Lula, com fraudes e manipulações processuais fàcilmente detectáveis por qualquer pessoa com um mínimo de inteligência e bom senso, mesmo que NUNCA tenha freqüentado aulas de Direito.

    Ante ao ocaso nada edificante acima exposto, Sérgio Moro tenta se manter nos holofotes, microfones e páginas do PIG/PPV,apelando para a perseguiçõ a José Dirceu e ao irmão dele. Há poucos dias o torquemada das araucárias mandou prender  Luiz Eduardo de Oliveira e Silva e agora faz saber aos aliados do juiz criminoso nas hostes midiáticas que aceitou mais uma denúncia contra José Dirceu. O anúncio da aceitação da denúncia, simultâneo ao adiamento por um ano da apreciação do caso, é claramente uma NÃO-NOTÍCIA. A divulgação dessa não-notícia visa claramente dar fôlego ao torquemada, para que ele possa impor novas condenações ao Ex-Presidente Lula e a outros líderes do PT. 

    Do ponto de vista político, histórico, jurídico, sociológico, ético ou moral, quaisquer perseguições que os golpistas e ORCRIMS judiciárias venham a fazer contra Lula, contra o PT e contra a Esqquerda Política terão o efeito exatamente contrário ao previsto pelos que perseguem esse espectro da Política  seus líderes. A tendência é que as intenções de voto em Lula ou no candidato que le venha a poiar – se impedido de disputar a eleiçãopresidencial – continuem a crescer de forma contínua e sustentada.

  3. Um preso político.

    Acusações baseadas em convicção. Moro não acredita nas palestras de Lula, não acredita nas consultorias de Dirceu, e acredita na ingenuidade de Claudia Cruz, e nas palavras de seus delatores. Extremamente rigoroso, fragmenta acusações contra um mesmo réu,  em vário processos para poder aumentar a dosimetria da pena. Sequestra até mesmo a casa da mãe de Dirceu, ou peças do acervo de Lula. Mas com Claudia Cruz e filha, Moro   tem outras convicções. Moro mantém Vaccari preso. Sem que haja qualquer razão legal para isto. Mas Dodge não se manifesta , e Barroso, só se pronuncia se for midiático. O CNJ se cala. E assim vamos acumulando presos políticos. E Moro vai alimentando o ódio  de alguns.

    Moro já não se importa com o que possa parecer. Recusa testemunhas, inviabilza perícias, tudo a luz do dia. Mas pouco lhe importa. O STF e CNJ está em suas mãos. E ele esta nas mãos da Globo.  Moro tem platéia cativa e é para eles que se pronuncia.  Ele sabe que sua imagem não é a mesma, mas não esta nem ai da mesma forma que Temer  também não está nem aí. E da mesma forma que o Jornal Nacional e Globo News, não estão nem aí. Correm contra o tempo para fazer o butin.

  4. Brasilllllllllllll

    Chega a dar nojo desse país, onde um juiz,não escuta,não aceita,manda e desmanda.

    Em suas palestras é proibido fazer perguntas e se pronunciar contra.

    O tempo é o senhor da razão,um dia quero olhar pra cara desses coxinhas que fizeram desse ser um heroi.

  5. Enquanto o safado faz politicagem utilizando o judiciário….

    Vejam o que captaram no celular de Jucá no momento em que era votado a intervenção no RJ :

    No WhatsApp, Romero Jucá fala sobre “recurso no bolso” e termoelétrica 

    “Reunião acontecendo agora com Paulo Linhares .Ele tá dizendo que o recurso da termelétrica vai pro teu bolso”

    Flagrante do Metrópoles foi feito durante votação de decreto da intervenção no Rio. Senador articula recursos para produção de energia em RR

    Durante a votação no Senado que aprovou a intervenção federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro, na noite dessa terça-feira (20/2), o senador Romero Jucá (MDB-RR) foi flagrado pelo Metrópoles em conversa sugestiva no WhatsApp. 

    Na tela do celular do parlamentar, é possível ler a mensagem enviada a ele: “Reunião acontecendo agora com Paulo Linhares. Ele tá dizendo que o recurso da termoelétrica vai pro teu bolso…”. O contato do remetente é Marcelo Guimarães. Em outro trecho da conversa, também é citado um Rodrigo

  6. O amigo do traficante

    e esposo da ladra, pediu 15 milhões de dolares para rever a sentença.

    a defesa achou muito caro, dái o amigo do traficante e esposo da ladra postergou para negociar um valor menor

     

    Juiz filho da puta, vai tomar no cu

  7. Outra demonstração da síndrome da ausência de holofotes

    Ontem comentei esta postagem, mostrando que o torquemada das araucárias busca desesperademente se manter no noticiário, denotando a síndrome de que padecem ele e outros operadores do sistema judiciário: a síndrome da ausência dos holofotes. Embora o GGN ainda não tenha publicado, está no noticiário de hoje, 22 de fevereiro de 2017(https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/policia-federal-prende-em-sao-paulo-suspeitos-de-envolvimento-em-corrupcao-no-parana/), outra “operação” da ORCRIM Fraude a Jato, desesperada por ter caído no descrédito, após ter sido reduzida a cadáver, pútrido, fétido e insepulto, com entranhas fétidas expostas à luz solar, sobretudo pelo bravo e destemido trabalho de Wellington Calasans e Romulus Maya (do Duplo expresso) e  de Marcelo Auler.

    É digno de nota que tal “operação” da PF e ORCRIM lavajateira ocorra no mesmo dia em que ficamos sabendo que Paulo Preto, operador da quadrilha tucana paulista, tinha R$113 milhões em contas na Suíça. Esse dinheiro há mais de um ano foi transferido para um paraíso fiscal nas Bahamas, de onde deve ter voado para outro paraíso fiscal. Quem forneceu a informação foi o MP Suíço, que colabora com o sistema judiciário brasileiro. Embora o dinheiro desviado do erário paulista pelo tucanato  já deva estar devidamente lavado e seguro em algum paraíso giscal não revelado, as ORCRIMs midiáticas e judiciárias já trataram de tomar medidas/vacinas contra a repercussão do fato; o juiz criminoso da 13ª VJF curitibana, como tucano militante, tomou as providências e expediu mandados de busca, apreensão e prisão temporária e preventiva, tomando o cuidado de vincular a operação ao advogado Rodrigo Tacla Durán, um dos que desnudaram a ORCRIM Fraude a Jato, provando as fraudes processuais e falsificação de documentos de que se valem procuradores e juízes lavajateiros, para ocultar provas contra aliados e forjar/plantar/fabricar provas contra o PT, contra os petistas e co pricipalmente contra o Ex-Presidente Lula.

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