Debate sobre segurança pública exige “responsabilidade”, diz Dino

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Nas redes sociais, ministro da Justiça lembra que “somente com diálogo federativo” é possível executar Política Nacional de Segurança Pública

Foto: Tom Costa / MJSP

A discussão sobre a segurança pública brasileira exige “prudência”, e extremismos acabam por atrair “torcidas”, mas não a solução dos problemas, segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino.

Em postagem nas redes sociais, o ministro lembrou que confia nas sugestões recebidas por pessoas que se consideram especialistas em segurança pública, mas que não concorda com teses “que nos parecem absurdas” – como a federalização da segurança pública brasileira.

“A verdade é que somente com DIÁLOGO FEDERATIVO – como temos feito fortemente – se consegue executar a Política Nacional de Segurança Pública, em vigor desde 2018, com a Lei 13.675”, ressaltou Dino.

O ministro também sugeriu que seja feita uma comparação do que está sendo executado atualmente com o que foi visto em outros momentos do Ministério da Justiça, “onde criminosos lá habitavam ou eram lá protegidos”.

Leia abaixo a íntegra da análise do ministro Flávio Dino.

  1. Debate sobre Segurança Pública exige prudência, seriedade, responsabilidade. E respeito às leis. Creio que injustos ataques políticos e extremismos mobilizam “torcidas”, mas não resolvem problemas. Tenho a maior atenção com sugestões dos que se declaram especialistas em Segurança Pública. Confio tanto neles que temos dezenas de especialistas na nossa equipe no Ministério da Justiça. Gente que estuda o tema ou é profissional da área há décadas.
  2. Claro que não concordamos com teses que nos parecem absurdas, a exemplo da que busca “federalizar” toda a Segurança Pública em um país do tamanho do Brasil. Ademais, seria inconstitucional, à luz do artigo 144 da Carta Magna. Segundo tais “especialistas”, o Governo Federal pode ultrapassar suas competências constitucionais e impor políticas aos governadores, embora ninguém diga como isso funcionaria.
  3. A verdade é que somente com DIÁLOGO FEDERATIVO – como temos feito fortemente – se consegue executar a Política Nacional de Segurança Pública, em vigor desde 2018, com a Lei 13.675. Sim, o Brasil tem uma Política Nacional que estamos executando desde janeiro, embora alguns ignorem fatos e dados objetivos. Por exemplo, os vários Planos e Programas que lançamos em 2023 foram antecedidos de consultas aos Estados. Eu mesmo visitei, até agora, 21 Estados, fazendo entregas de equipamentos e liberando recursos para a Segurança.
  4. Outra tese estranha é a de culpar as polícias em face do avanço das organizações criminosas nas últimas décadas. É injusto e não é construtivo. Como fazer Segurança Pública sem as polícias ? Ou contra as polícias ? No atual momento, com o rumo certo que temos adotado, o desafio é de IMPLEMENTAÇÃO, que demanda pés no chão, serenidade e tempo.
  5. Alguns resultados positivos já se verificam, em poucos meses de trabalho:

– Redução do armamentismo desenfreado;

 – Recorde de operações integradas com os estados;

 – Estruturação, em todos os estados, das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCO);

 – Agilização dos repasses do Fundo Nacional de Segurança Pública; Forte contenção do desmatamento criminoso na Amazônia;

 – Fim do mau uso da Polícia Federal para espetáculos ou perseguições;

 – Recorde de bloqueio de bens das quadrilhas;

 – Punições aos maus policiais (na esfera federal, que nos cabe);

 – Aplicação da lei contra graves crimes relativos ao Estado Democrático de Direito, em históricas investigações;

 – Desmonte de garimpos ilegais e das cadeias de lavagem de dinheiro; Entrega de 600 viaturas para os estados, especialmente para proteção às mulheres;

 – Editais do PRONASCI;

 – Apoio a vítimas de violência;

 – Ajuda a estados que atravessam crises nos seus sistemas penitenciário ou de segurança.

6. Para melhor aquilatar o que isso significa, sugiro comparar com outros momentos do Ministério da Justiça, onde criminosos lá habitavam ou eram lá protegidos. E estamos apenas começando, empunhando sempre a bandeira da Justiça e o escudo da Verdade.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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