Declaração de Heleno sobre troca no GSI pode comprometer Bolsonaro

Afirmações sobre as substituições na corporação entram em conflito com a defesa de Bolsonaro em processo sobre sua interferência no comando da PF

Jornal GGN  – Um ofício entregue à Polícia Federal, de autoria do ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), deve enfraquecer a defesa de Jair Bolsonaro (sem partido) em processo que investiga as acusações de Sérgio Moro sobre sua interferência na corporação. Heleno admitiu que foi feita ao menos uma substituição no comando da segurança do mandatário, parte do GSI, em março. 

As informações de Rubens Valente, em sua coluna no Uol, destacam que Bolsonaro e a Advocacia Geral da União (AGU) afirmaram à investigação que, durante a reunião ministerial em 22 de abril, sua fala sobre trocas na PF do Rio de Janeiro era relacionada a segurança de sua família, não sobre a Superintendência.

Em ofício enviado à delegada da PF Christiane Correa Machado, no dia 27 de maio, Heleno afirma que houve duas trocas no comando da segurança de Bolsonaro, parte do GSI, entre 2019 a 2020. 

Uma delas aconteceu logo quando Bolsonaro assumiu o comando do Executivo. Uma segunda substituição foi feita em 30 de março, quando o coronel do Exército André Laranja Sá Corrêa foi “dispensado de exercer a função de Diretor do Departamento de Segurança Presidencial da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial”, de acordo com portaria do GSI. O ministro não informou o motivo da troca. 

Ainda, segundo Valente, “para pessoas que têm contato com a investigação, Heleno teria se recusado a informar nomes de outras pessoas substituídas, embora isso não fique claro no trecho da resposta”.

Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador