“Delação não é a coroa das provas”

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Enviado por Henrique O

Desembargadora manda anular veto a sondas brasileiras

Do Tijolaço

Enquanto quase todos se entregam à histeria e querem jogar fora a Petrobras e a construção naval no Brasil, há gente com responsabilidade e que não treme feito vara verde com a gritaria do “mata e esfola” contra toda a indústria que se desenvolve aqui com as encomendas necessárias ao setor de petróleo e gás.

A desembargadora federal Marli Ferreira, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, noticia a Folha, mandou a Petrobras restabelecer os 28 contratos feitos com a Sete Brasil para construção e fretamento de sondas para o pré-sal.

Na decisão, ela ataca a   “”verdadeira aventura jurídica” da ação popular que pretendia paralisar os contratos pela suposição de que todo e qualquer negócio possa ser, pela presença dos acusados da “Lava Jato”  e que o autor da ação ” investe contra o que não conhece, colocando em risco, inadmissível e inaceitável, o sistema de uma empresa do porte da Petrobras, e mais ainda a própria atividade” da Sete Brasil.

Marli afasta o julgamento sem provas, baseado apenas no clima de histeria criado pela Operação Lava Jato, pelas declarações de Pedro Barusco  e sua “versão” na mídia:

“Aliás, a delação premiada não pode ser convertida em coroa das provas, eis que muitas apreciações que dela decorrem são meramente subjetivas e não se sustentam dentro de um sério conjunto probatório”, diz ela.

Na foto aí de cima, você vê a primeira das sondas, a Urca, do tipo semi-submersível (há outras que são navios-sonda),  que está sendo construída em Angra dos Reise será entregue antes do final do ano.

É só um conjunto de 28 “brinquedinhos” destes, que custam mais de US$ 800 milhões cada, que os nossos “autores populares” querem que sejam feitos lá fora.

Ou alugados pela bagatela de US$ 500 mil dólares por dia cada – é a cotação no mercado internacional, mostrei aqui – ou R$ 14 milhões de dólares pelas 28 embarcações por dia. Por dia, vejam bem!

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

4 Comentários

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  1. A direita é burra, demente…

    O projeto do Serra que tira a obrigatoriedade da Petrobrás de ser a operadora única do Pré-sal é um tiro no pé.

    O governo pode abrir sua “caixa de ferramentas”, em vez de 30%, a Petrobrás passaria ter 60% após os leilões. Como?

    Além da Petrobrás estar em recuperação financeira acelerada, os chineses não se incomodariam em despejar mais uns bilhões para deter o controle de 40% do Pré-sal, já que a China precisa de matérias-primas.

    Os preços internacionais do petróleo estão num patamar pouco atraente para as petrolíferas e é possível que se recuperem depois de realizados todos os leilões do Pré-sal. Significa que o ocidente está em desvantagem, os chineses com suas grandes reservas financeiras fazem  o querem.

    A lei do petróleo é equilibrada, não precisa de alterações, evita entreguismos de um lado, do outro lado evita intervencionismos exagerados (opinião já expressada pelo comentarista do blog e ligado ao setor privado pretrolífero André Araújo). O modelo de concessões é interessante para país que tem pouco petróleo, não é mais o caso do Brasil.

    A manobra seria positiva para evitar retrocessos, porém um único país controlando as reservas nacionais (depois dos brasileiros claro) é um motivo para refletir.

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