Flávio Dino autoriza uso da Força Nacional em meio a chegada de milhares de bolsonaristas a Brasília

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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O chefe Segurança Pública, no entanto, espera "que não ocorram atos violentos e que a polícia não precise atuar"

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro da Justiça, Flávio Dino, assinou na tarde de ontem (7) uma portaria que autoriza a utilização da Força Nacional na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, contra possíveis protestos golpistas organizados por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), que insistem em contestar resultado das eleições presidenciais.

Segundo a portaria, está autorizado o uso da tropa “na proteção da ordem pública e do patrimônio público e privado entre a Rodoviária de Brasília e a Praça dos Três Poderes, assim como na proteção de outros bens da União situados em Brasília, em caráter episódico e planejado, nos dias 7, 8 e 9 de janeiro de 2023”. 

O chefe da Justiça e Segurança Pública, falou sobre a ação em uma publicação no Twitter. “Além de todas as forças federais disponíveis em Brasília, e da atuação constitucional do Governo do Distrito Federal, teremos nos próximos dias o auxílio da Força Nacional. Assinei agora Portaria autorizando a atuação, em face de ameaças veiculadas contra a democracia”, escreveu Dino.

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Bolsonaristas em Brasília 

A ação da Justiça acontece em meio uma convocação dos bolsonaristas feita nos últimos dias. Aqueles que ainda seguem acampados em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, convocaram pessoas de outros estados para irem até a capital federal reforçar os atos golpistas. 

Segundo relatórios dos serviços de inteligência do governo, ao menos 100 ônibus com cerca de 3,9 mil bolsonaristas e militantes da extrema-direita chegaram a Brasília neste fim de semana, com o objetivo de retomar as manifestações antidemocráticas.  

“Espero que a polícia não precise atuar”

Já neste domingo (8), Dino afirmou que espera que a “lei prevaleça” e que “não haja crimes” caso ocorra a expectativa de protestos dos bolsonaristas. 

Em uma publicação no Twitter, o ministro também afirmou que a “tomada do poder”, como é pedida pelos apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), só será possível em 2026, após a realização de novas eleições. 

“Ontem [sábado] conversei com governadores, inclusive que não são do nosso campo político. Queremos que a lei prevaleça e não haja crimes. Estou em Brasília, espero que não ocorram atos violentos e que a polícia não precise atuar. “Tomada do Poder” pode ocorrer só em 2026, em nova eleição”, escreveu.

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Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

2 Comentários

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  1. Que esses graves erros deste novo governo se transformem em grandes acertos quanto a medidas de segurança que deverão ser tomadas para garantir a integridade dos centros de poder. O mais importante: a governança do distrito federal. Esse território jamais deveria estar dissociado do governante da vez. Todas a colocações, em todos os níveis teriam que estar a serviço do distrito, de tal sorte que seus membros seriam nomeados pela presidência a cada mandato. E se o Lula não descobrir um modo de governar sem o congresso ele não concluirá seu mandato. Se não quiser usar da força terá que descobrir a engrenagem certa.

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