Para defesa da Odebrecht, Lava Jato é “reality show”

Enviado por Notívago

Do Tijolaço

Odebrecht “peita” Moro: Lava Jato é um “reality show”

Fernando Brito

É impressionante a peça oferecida pela defesa de Marcelo Odebrecht em resposta ao “pedido de explicações” dirigido ao acusado pelo Juiz Sérgio Moro.

Claro que a imprensa, como fazem a FolhaEstadão e O Globo “puxam” para o fato de que não se “apresentou explicações” sobre as anotações do executivo.

A pergunta obvia é sobre qual o dever de apresentar explicações sobre fatos que não se constituem, em princípio, em ilícitos e nem mesmo em indícios de que possam ser ou ter relação com outros dos que o pretendem acusar.

É nenhum, em qualquer sistema de Justiça que não tenha como regras as da fábula do lobo.

Mas a dureza da peça vai além.

A comparação da Lava Jato com um “reality show” faz uma evidente comparação com a “Casa do Big Moro Brasil”, onde os participantes ficam enclausurados, pressionados e monitorados enquanto são preparados para a ida ao “paredão”, onde disputarão entre si aqueles que  serão eliminados ou os que cairão nas boas graças do público.

A defesa – exercida pelos advogados Dora Cavalcanti Cordani, Augusto de Arruda Botelho e Rafael Tucherman – aliás, só comenta uma das especulações servidas para a imprensa: as sobre uma menção a “LJ” e a “ações B”, como se fossem referências à Lava Jato e a iniciativas extra-legais, afirmando que se tratam, na verdade, das iniciais do colunista da Veja, Lauro Jardim e das ações da Braskem, gigante petroquímica controlada pela Odebrecht em sociedade com a própriaPetrobras.

Mas, de fato, importa menos a defesa técnica e pontual, porque as acusações não são, em geral, também técnicas.

O texto da Odebrecht é político.

Ao questionar abertamente não apenas as acusações, mas os métodos empregados para formulá-la e a parcialidade do Dr. Sérgio Moro –  afirmando que “parece fazer ouvidos de mercador” a qualquer argumento da defesa, aos agentes da Polícia Federal e à Força Tarefa do Ministério Público no caso,  fica claro que a decisão de Marcelo Odebrecht e sua empresa é a de enfrentamento  e não a de se amoldar, via “delação” , à acusação que recebe.

O que era, aliás, a regra, antes que quatro meses de prisão “provisória” transformassem a operação num amontoado de delações de parte a parte, onde uma dúzia e meia de pessoas dizem o que a polícia e o MP querem que digam.

É claro que nem Marcelo nem sua defesa esperam que argumentos e questionamentos vão impressionar Moro.

São apenas preparatórios para outras instancias judiciais.

Se nelas vão ter algum sucesso, diante do chantageamento que sobre todas exerce a pressão midiática é outra história.

Leia a petição da defesa de Marcelo Odebrecht, publicada na íntegra pelo site Jota, especializado em cobertura de tribunais e veja se não é mais uma peça de ataque que defesa:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ

Pedido de Busca e Apreensão Criminal no 5024251-72.2015.4.04.7000

MARCELO BAHIA ODEBRECHT, nos autos do Pedido de Busca e Apreensão em epígrafe, vem, por seus advogados, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, em atenção ao r. despacho lançado no Evento 437, expor o quanto segue:

Desde a prisão do peticionário, há mais de um mês, teve início a caça a alguma centelha de prova que pudesse, enfim, legitimar uma segregação baseada no nada.

Depois do emprego deturpado da teoria do domínio do fato, da utilização de uma mensagem eletrônica de quatro anos atrás (que nem foi o paciente quem mandou e que Vossa Excelência mesmo reconheceu que precisa ser mais bem investigada), e da transformação da presunção de inocência e do exercício do direito de defesa em causas de encarceramento, era mesmo de se imaginar que houvesse uma busca por algo que disfarçasse a colossal ilegalidade da custódia de MARCELO.

Polícia e Ministério Público Federal engajaram-se na missão com afinco, e para tanto deixaram a razoabilidade de lado.

O Parquet adotou estratégia tão clara quanto intolerável: tudo que surgisse relacionado a qualquer executivo de empresas do grupo Odebrecht seria, automaticamente, imputado também ao requerente. Por tudo, leia- se tudo mesmo – desde documentos velhos de autenticidade duvidosíssima, engavetados para serem usados a conta-gotas, até uma artificiosa correlação entre telefonemas e depósitos bancários lógica e cronologicamente estapafúrdia, e sempre sem qualquer liame com MARCELO.

A Polícia Federal não ficou atrás. Chegou mesmo a violar o sigilo da comunicação entre o preso e seus advogados, transformando um bilhete com tópicos para a discussão de Habeas Corpus – entregues aos defensores por um agente penitenciário, depois de ter sido a ele passado pelo requerente! – em uma esdrúxula ordem voltada ao cometimento do que seria o mais impossível dos crimes: destruir fisicamente aquela mesma mensagem eletrônica, há muito estampada no relatório policial, no decreto prisional e em dezenas de páginas de internet Brasil afora.

Já em despacho do último dia 21, Vossa Excelência instou a defesa a se pronunciar sobre o novo capítulo da tentativa de coonestar a prisão do peticionário. Dessa feita, a autoridade policial apresentou, em anexo ao Relatório Parcial do Inquérito 5071379-25.2014.4.04.7000, um relatório de análise de notas contidas em telefone celular apreendido na residência do requerente.

Em seu afã de incriminar MARCELO a todo custo, a Polícia Federal nem se deu ao trabalho de tentar esclarecer as anotações com a única pessoa que poderia interpretá-las com propriedade – seu próprio autor. Ao reverso, tomou desejo por realidade e precipitou-se a cravar significados que gostaria que certos termos e siglas tivessem.

E, mais uma vez, transformou as peculiaridades do processo eletrônico em sua aliada na tática de atirar primeiro e perguntar depois. Sabedora de que a livre distribuição de chaves eletrônicas tornou os processos da Lava Jato uma espécie de reality show judiciário, a polícia lançou no mundo as anotações pessoais de MARCELO e as tortas interpretações que deu a elas, e aguardou que fossem quase instantaneamente noticiadas como verdades absolutas.

Houvesse tido a cautela que sua função exige, e a Polícia Federal teria evitado a barbaridade que, conscientemente ou não, acabou por cometer: levou a público segredos comerciais de alta sensibilidade em nada relacionados aos pretensos fatos sob apuração, expôs terceiros sem relação alguma com a investigação e devassou mensagens particulares trocadas entre familiares do peticionário, que logo caíram no gosto de blogs sensacionalistas.

Lamentavelmente, a obstinação investigativa e persecutória de autoridades que atuam na Lava Jato parece ter turvado sua compreensão de que o país não se resume a um caso criminal. Há indivíduos, famílias, empresas, finanças, obras e empregos em jogo – no caso das empresas do grupo Odebrecht, são mais de 160.000! –, que deveriam impor um mínimo de cuidado na análise e divulgação de documentos e informações por parte dos agentes públicos, ao menos até que bem esclarecidos seu conteúdo e eventual pertinência com as apurações.

Com a intimação lançada no Evento 437, a defesa até imaginou que esse MM. Juízo decidira impor alguma ordem às coisas. Não obstante já então houvesse sinalizado que estava tendente a encampar as desatinadas interpretações da autoridade policial, ao menos optara por ouvir previamente a defesa sobre as anotações que, conforme vossas palavras, estavam todas sujeitas a interpretação.

Todavia, a inobservância injustificada da contagem de prazo do processo eletrônico para a defesa se manifestar, bem como a iniciativa de Vossa Excelência – estranha ao sistema acusatório que vigora em nosso país – de dragar documentos de inquérito que estava com vista ao Ministério Público Federal para oferecimento de denúncia já faziam prever o que viria.

Um dia depois de conceder o prazo que se esgota na data de hoje, Vossa Excelência não esperou os esclarecimentos da defesa para decretar de novo a prisão do peticionário, com fundamento exatamente naquelas anotações sujeitas à interpretação!

Escancarado, desse modo, que a busca da verdade não era nem de longe a finalidade da intimação, a defesa não tem motivos para esclarecer palavras cujo pretenso sentido Vossa Excelência já arbitrou.

Inútil falar para quem parece só fazer ouvidos de mercador.

O peticionário deplora, isso sim, o rematado absurdo de se considerar anotações pessoais a si mesmo dirigidas, meras manifestações unilaterais de seu pensamento, como atos efetivamente executados ou ordens de fato passadas. Ainda que o conteúdo dos registros fosse aquele nascido das criativas mentes policiais, rematado absurdo, nada indica que eles de algum modo tiveram repercussão prática, ou seja, que foram de fato implementados ou determinados a terceiros.

De mais a mais, o relatório de análise condensa anotações inseridas no campo “tarefas” do programa Outlook ao longo do tempo, umas em sobreposição a outras, sem qualquer ordem cronológica, muitas delas inclusive com seu conteúdo cortado automaticamente pelo programa por limitações de espaço no campo em que digitadas.

Impressiona, igualmente, a dubiedade do discurso de Vossa Excelência. De um lado, quando intima a defesa, assevera que “tudo está sujeito à interpretação”. De outro, porém, antes mesmo de ouvir explicações, prende novamente quem já está preso dando por certo aquilo tudo que estava sujeito a interpretação!

Isto é: mesmo sem poder assegurar o sentido das anotações, e muito menos se elas surtiram efeito prático, Vossa Excelência não hesitou em empregá-las para o mais drástico propósito.

Ademais, esse ínclito Magistrado acabou por encampar o indecoroso uso que a Polícia Federal fez daquilo que a r. decisão tachou de “o trecho mais perturbador” das anotações.

Nos dizeres do relatório policial, quando o requerente escreveu “dissidentes PF”, ele estaria se referindo à Polícia Federal, e teria “a intenção de usar os ‘dissidentes’ para de alguma forma atrapalhar o andamento das investigações”. E mais: “se levarmos em consideração as matérias (grampos na cela, descoberta de escuta, vazamento de gás, dossiês) veiculadas nos vários meios de comunicação, nos últimos meses, que versam sobre uma possível crise dentro do Departamento de Polícia Federal, poder-se-ia, hipoteticamente, concluir que tal plano já estaria em andamento”.

A perfídia é inominável.

Às voltas com denúncias reportadas por seus próprios integrantes de que membros da Força-Tarefa teriam plantado uma escuta ilegal na cela de presos, e depois tentado acobertar fraudulentamente esse gravíssimo fato, o Delegado de Polícia Federal que assina o relatório do inquérito insinua que por trás disso estaria…o peticionário! E não só desse fato, como também de um “vazamento de gás” nas dependências daquele Departamento!

Ao que parece, quem tem um “plano em andamento” é uma parcela da própria Polícia Federal: expiar seus aparentes pecados à custa de MARCELO, para tanto subvertendo o sentido de palavras e adivinhando o significado de siglas na forma que lhe convém.

Aliás, será que Alberto Youssef, que desfruta de infinita credibilidade perante a Polícia, Ministério Público e esse MM. Juízo Federal, também faz parte do “plano em andamento” levianamente atribuído ao requerente?

Afinal, não custa lembrar que foi o eterno delator quem revelou a existência da escuta em sua cela, e afirmou categoricamente que sabia estar sendo monitorado desde o primeiro dia de prisão pela escuta que a Polícia Federal, até hoje, afirma que se encontrava desativada àquele tempo…

Ora, uma leitura minimamente neutra das anotações selecionadas pelo agente policial que figurou como analista destacaria também as inúmeras passagens que revelam a preocupação do peticionário em esclarecer sociedade e mercado, além de dar guarida a medidas de investigação independente e de apuração interna (Evento 124, Anexo 11, pp. 3, 4 e 8, por exemplo).

Preferiu-se, entretanto, tomar “LJ” por Lava Jato ao invés de Lauro Jardim, e “ações B” como providências do submundo, e não como alusões justamente à nota sobre a auditoria interna da Braskem publicada na mesma coluna:

Economia – Nova postura

Desde que as investigações, grampos, depoimentos de presos e delações premiadas foram envolvendo a Odebrecht na roubalheira da Petrobras, a empresa manteve uma postura imutável: negava tudo em comunicados escritos em tom peremptório, beirando o raivoso. Foram dezenas de textos escritos neste diapasão.

Agora, há algo de novo no ar. A Braskem, sociedade entre a Odebrecht e Petrobras, mandou à CVM um comunicado em que “à luz das alegações de supostos pagamentos indevidos para seu favorecimento em contratos celebrados com a Petrobras “, admite que “deu início a um procedimento de investigação interna”.

Certamente, não por vontade própria, mas por uma obrigação com o mercado de ações – não só brasileiro, pois a Braskem tem também ADRs negociadas na Bolsa de Nova York.

Informou também que contratou “escritórios de advocacia no Brasil e nos EUA com reconhecida experiência em casos similares para conduzir a investigação”. Não disse, porém, que escritórios são esses.

Por Lauro Jardim

Tags: Braskem, Lava-Jato, Odebrecht

Braskem: investigação interna

Enfim, uma vez oferecida a denúncia, e porventura recebida em parte ou na sua integralidade, cumpre respeitar-se daqui em diante o rito do Código de Processo Penal, reservando-se o interrogatório do acusado para o final da instrução.

Esse o contexto, além de lamentar que o empenho em se lhe aplicar pena sem processo tenha chegado a esse ponto, o peticionário requer o imediato desentranhamento dos autos do inquérito policial de informações, notas ou conversas privadas que não possuam relação com o caso, de modo a evitar a indevida exposição de terceiros alheios à apuração.

Requer ainda seja prontamente determinado à Polícia Federal que se abstenha de lançar, neste ou em quaisquer outros autos do sistema e- proc, documentos físicos ou eletrônicos sem prévia definição de pertinência com o objeto dos autos. Na eventual impossibilidade de assim se proceder, de rigor sejam gravados daqui em diante com grau mais elevado de sigilo os documentos carreados para os autos, na medida em que o nível atual de sigilo do processo eletrônico em tela não tem logrado impedir reiterados vazamentos na imprensa.

Termos em que,
Pede deferimento.

Redação

37 Comentários

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    1. Seria interessante, se

      Seria interessante, se houvesse alguém disposto a receber essas explicações. Ou a matéria não foi lida/entendida?

    2. Você leu o blá blá blá?

      Explicar as mensagens seria mais ou menos como o que eu faço agora: tentar dialogar com alguém a quem não interessa explicações razoáveis. 

    3. Não seria o natural

      Os investigadores investigar? A profissão deles não é investigar? O método usual destes pseudo investigadores é apenas torturar para ouvir o que eles querem ouvir, o resto? “Não Vem ao Caso”. Tal metodologia investigatória é muito comum em inquisições, ditaduras e republiquetas de banana, o que é pleonasmo. Em democracias sérias, a polícia não prende indeterminadamente sem condenações, não fazem torturas psicológicas nem fazem vazamentos políticos para a imprensa. Resumindo, o que assistimos é apenas golpe. Bem ao métoddo da direita brasileira.

      1. Concluíndo

        Uma frase célebre em filmes americanos. 

        “Você tem o direito de permanecer em silêncio; tudo o que você disser poderá e deverá ser usado contra você no tribunal. Você tem o direito de ter um advogado presente durante qualquer interrogatório. Se você não puder pagar um advogado, um defensor lhe será indicado.” 

        “Você entende os seus direitos?”

        https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl#q=frase.+voce+tem+direito+a+ficar+calado.+qualquer

  1. Lendo aqui e acolá ( não na

    Lendo aqui e acolá ( não na mídia oligopolizada e desde sempre golpista )  sobre a Lava Jato,  a conclusão a que se chega é a de que essa investigação não passa de um Parquet de diversões da extrema direita.

     

     

    1. Cunha, não é

      É bem mais sério do q este simples Nickname supunha e relevava. Ah!Você é Visitante:Que bom !O Posts do Dia precisa, e já há muito tempo,de opiniões mais diversificadas,concordem-se ou não.Mas me parece q há resistências pra ficarem quase os mesmos ocupantes,quase unanimidades…Peça cadastramento pq lhe dará algumas praticidades.Claro q há outros visitantes, que, aosto,são auxilliares de marketings políticos pra ver q estratégias devem usar pra atingir uma parte de esquerda e de centro.Esquerdas,mesmo,acho q ignoram o Posts do Dia,ou só lêem artigo ou outro pela praticidade de, num só lugar,terem notícias (e de alguns factóides tipo debate, fórum adolescente ou de revista Caras).

  2. piores são os ‘bugs’ sádicos do GGN

    q meu masoquismo aguenta(nada q mais 500 sessões com meu psicanalista não dê uma pista).Agorinha,apareceu novo ‘bug’,não consigo reeditar um post lá no Multimídia do Dia(as letrinhas,os ícones ‘tão tão juntinhos que “Editar” fica impossível (pelo menos desde cedinho).Usei o Firefox,e usei o Internet Explorer,sempre atualizadíssimos,e Windows genuíno, idem.O navegador Opera está sendo o mais rápido,mas neste ponto foi maus.(Pra quem tem smartphone, há versão do Opera, não testei, esse negócio de bateria todo o dia e de ficar com cabeça baixa e segurar na mão ou deixar em mesas não é comigo,não.Acho ultra cafona,ultra atraso. Mas tb tenho minhas besteiras escancaradas.

    1. Off topic

      “ícones ‘tão tão juntinhos que “Editar” fica impossível”:

      Controle mais 3 vezes, talvez 4.  Depois controle menos pra voltar tela ao normal.

  3. Prisão para averiguação…

    …era uma coisa da ditadura. Na Democracia, as prisões foram restringidas, pelo princípio da presunção de inocência. Exceto nos tribunais do PIG, onde uns são blindados e outros linchados. Por exemplo: que Lei anistiou a corrupção entre 1997 e 2002 na Petrobrás, denunciada pelo delator Barusco? Por que isso “não vem ao caso”?

  4. Armação e perseguição

    A partir do momento que direcionaram as investigações para Curitiba, começou a armação da máfia tucana. Após isso, o juiz tucano Moro, que tem estreitas ligações com Álvaro Dias e outros demotucanos, terminou de ser cooptado pela turma de malfeitores, com a premiação da Globo. O que vemos agora é uma perseguição política aos partidos aliados ao atual governo federal e, como sempre aconteceu, a conivência e cumplicidade de órgãos públicos e imprensa com seus aliados, os demotucanos. 

    As empreiteiras envolvidas na Lava-Jato sempre apoiaram e mantiveram relações promíscuas com tucanos e seus aliados, são comparsas. Se enriqueceram por décadas a base de licitações ilícitas e contribuiram para que políticos demotucanos(PDS, PFL, PSDB, PP, PR) fizessem grandes fortunas. Agora, numa jogada de oportunismo barato e de má fé, querem jogar toda a responsabilidade em cima dos adversários. Cansamos de ser enganados! Essa operação é uma grande armação. Os que estão atuando nela trabalham por outros interesses que não os de combater a corrupção. Onde estão os picaretas demotucanos???

  5. Ridiculo, o juiz quer que o

    Ridiculo, o juiz quer que o acusado crie provas contra si, inverteram totalmente o estado de direito, e agora querem investigar Angra 3, ou seja, só tem um juízo no paós, o do Paraná, a incompetencia territorial é flagrante, incrivel como os tribunais superiores tambem assistem a isso inertes.

  6. Está claro que se o objetivo

    Está claro que se o objetivo principal fosse moralizar as relações empresariais no País, dentro das regras e princípios que regem os ritos processuais, mais zelosos e cuidadosos seriam. Principalmente quanto aos vazamentos e sigilos. Os resultados esperados sempre foram políticos. Fossem juirídicos, estariam esses agentes agindo há mais tempo e sem o apelo midiático que desacreditam as operações mas promovem alguns pavões às custas de honras alheias.

  7. Como pode

    uma democracia admita que um juiz de primeira instância possa se comportar dessa forma? 

    E pasmem o Dr. Juiz nem está sendo original. Portando-se como o inspetor Javert, em Os Miseráveis de Vitor Hugo, pratica uma justiça do século XVIII.

  8. “Escancarado, desse modo, que
    “Escancarado, desse modo, que a busca da verdade não era nem de longe a finalidade da intimação, a defesa não tem motivos para esclarecer palavras cujo pretenso sentido Vossa Excelência já arbitrou.
    Inútil falar para quem parece só fazer ouvidos de mercador.”…
    (…)
    “Impressiona, igualmente, a dubiedade do discurso de Vossa Excelência. De um lado, quando intima a defesa, assevera que “tudo está sujeito à interpret”ação”. De outro, porém, antes mesmo de ouvir explicações, prende novamente quem já está preso dando por certo aquilo tudo que estava sujeito a interpretação!”

    Pela primeira vez a defesa de um investigado denuncia as inúmeras irregularidades processuais praticadas pelos investigadores da PF e MP com anuência do próprio juiz.
    Não me surpreenderia se a Odebrecht viesse a processar os investigadores da PF, MP e o Juiz, por danos morais e materiais, vazamentos de documentos sigilosos, escuta ilegal na cela de presos, interpretações de má fé no afã de incriminar o Marcelo a todo custo e por aí vai as ilicitudes retiradas do próprio texto dos advogados de defesa. Ainda mais se impetrassem ação na cidade do Rio de Janeiro sede da Petrobras onde trabalhavam os funcionários delatores como Roberto Costa, Pedro Barusco e outros, onde os fatos ocorreram.
    A petição de defesa é uma peça acusatória a ser utilizada em futuras ações, tanto em recursos em instâncias superiores como ações indenizatórias.

  9. A Gestapo

    Vejam o projeto de lei proposto pelo MP

     

         Art. 2º Nas esferas administrativa, cível e criminal, poderá o Ministério Público resguardar o sigilo da fonte de informação que deu causa à investigação relacionada à prática de ato de corrupção, quando se tratar de medida essencial à obtenção dos dados ou à incolumidade do noticiante ou por outra razão de relevante interesse público, devidamente esclarecidas no procedimento investigatório respectivo. Parágrafo único. O Ministério Público poderá arrolar agente público, inclusive policial, para prestar depoimento sobre o caráter e a confiabilidade do informante confidencial, os quais deverão resguardar a identidade deste último, sob pena de responsabilidade.

        A emenda constitucional

        Art. 1º A Constituição Federal passa a vigorar com os seguintes acréscimos: “Art. 96. […] Parágrafo único. Ao proferirem julgamento de mérito em matéria penal, os tribunais de apelação autorizarão, a pedido do Ministério Público, a execução provisória da decisão penal condenatória, para todos os fins, ainda que na pendência de recurso extraordinário ou recurso especial.”

     

         Mais claro imnpossível.

     

  10. Passando ao largo do

    Passando ao largo do juridiquês, mas em estrita observância ao que prevê a Lei quanto ao direito de defesa, à presunção de inocência, ao direito de que correspondência pessoal do acusado não seja vazada à imprensa, antes que a parte envolvida possa esclarecer o teor das mesmas, a peça tem o caráter que toda essa esculhambação da Lava Jato mostra desde o início: POLÍTICO. E como tal pode ser resumida numa palavra: DEMOLIDORA. 

  11. Sem dúvida é um show, mas não

    Sem dúvida é um show, mas não um “reality show” !

    Um show de horrores constitucionais partidarizados, talvez. 

    1. Manchetes de estrutura

      Manchetes de estrutura “fulana mostra demais” São usadas como meio de coação admitido nos autos do processo. Para se conhecer o andamento das operações consuta-se a imprensa marrom e suas “fontes anônimas” . Toda a essência do direito penal francês vigente no Brasil foi substituída sem nenhuma cerimônia por práticas mafiosas. Ninguém enxerga isso? quem responde pelo Estado de Direito? O Supremo? cadê a Dilma? seus articuladores, seu poder? Talvez o Supremo nos salve pois esse golpe é essencialmente do poder judiciário, o poder que todos temem e que pode escrever o capítulo final desta nação. Em belas peças de impecável português, claro.

  12. O Odebrecht poderia dar nomes ao Público

    Se o Juiz Moro tem ouvido de mercador, a melhor defesa seria o ataque, e em público, sem mensagens cifradas.

    Como Marcelo Odebrecht tem uma lista recheada, ele bem que poderia vir a público ( internet, imprensa suja e PIG, internet, whatssap… ) e jogar tudo isso no ventilador.

    Quem sabe, com isso se provaria umas 5000 interdições de mandato no Congresso, Senado, Estados e Municípios e assim tudo começaria do Zero.

    A corrupção sempre sangrou o Brasil, desde 1500. 

    Ainda bem que estão pegando os mais graúdos. Faltam os graúdos do governo serem pegos.

  13. Progressista defendendo

    Progressista defendendo grandes empreiteiras, em nome do estado de direto, não, não, a defesa é em nome de um projeto de poder, e são capazes de tudo ate se vender para o grande capital.

    1. Então, a partir de que valor de património que deve defendido?

      Caro Oneide, agora estamos com a seguinte questão:

      – Qual o valor máximo de patrimônio que a esquerda deve defender a constitucionalidade dos atos que atacam as pessoas?

      Talvez pareça impertinente esta pergunta, porém se é correto a esquerda defender as maiorias oprimidas, como ela faz é é criticada por ser protetora de “bandidos e malfeitores”, por que não seria correto ela defender os direitos da classe média? E os que tem mais dinheiro, como pequenos industriais que são oprimidos pela concorrência dos maiores, estes deveriam ser defendidos pela esquerda? Já os grandes capitalistas devem ser deixados de lado por quem dentro de um estado capitalista procura defender os direitos dos cidadãos?

      Gostaria que saindo destas frases prontas, que chefes provavelmente ainda mais poderosos que os empreiteiros brasileiros ordenou que tu escreveste, me disseste qual é o limite de patrimônio que devemos nos balizar para ser defensores das liberdades individuais das pessoas? Um milhão, dez milhões, ou alguns bilhões? A partir de que valor alguém deixa de ter direitos garantidos pela lei?

      1. Não existe ética na esquerda

        Não existe ética na esquerda o unico valor que defendem é o projeto de poder a qualquer custo, ate se aliar a elite branca de olhos azuis que um dia antes falava que odiava.

        Eu tenho a minha ética cristâ pequeno burguesa de direita, tenho valores bem definidos a defender, já vocês da esquerda mudam de acordo com a conveniência.

         

  14. Até que enfim são ditas as

    Até que enfim são ditas as verdades que esses justiceiros da República das Bananas do Paraná tinham que ouvir. Polícia e Justiças partidárias e violadores da lei.

    Deslumbrados e …. pra mim, como cidadã, estão levando alguma coisa por fora para quebrar a Petrobrás e derrubar o governo.

    1. Cara Vera,
      Tenho a mesma

      Cara Vera,

      Tenho a mesma percepção. Como desconfiar não é acusar, desconfio que estão levando muita$ coisa$.

       

      1. Já levaram parte.

        Já levaram parte da recompensa nas glorificações midiáticas globais que, para moleques imaturos e vaidosos, que são, já representa um grande premio. Mas há evidentemente uma “energia escura” atuando nesse imbroglio que transcende até mesmo os cafajestes da GLOBO e seus amestrados. Não faz nenhum sentido o nivel de molecagem que está sendo praticado e o silencio ensurdecedor de todos os outros agentes de instituições superiores aparentemente anestesiados num estado letárgico incompreensível, sendo desmoralizados de forma tão escancarada. Em 64 a energia escura vinha do Norte. Agora, não duvido que a origem seja a mesma e todos estejam atuando num script escrito lá fora contra o qual ninguém se atreve a insurgir-se. Uma coisa é certa. Que é tudo muito surrealista.

    2. Talvez, Vera, esses

      Talvez, Vera, esses justiceiros estejam realmente recebendo dinheiro via alguma conta em paraísos fiscais, por exemplo, isso não é impossível de estar acontecendo. Talvez, sem prejuízo da hipótese de haver dinheiro no esquema, estejam capitalizando simpatia e cumplicidade, conquistando poder pessoal no grupo ou até projeção na mídia, fama. Esses dois agem pensando em ganho pessoal.

      Mas há que se considerar aqueles que agem por ideologia. É o caso daquele que sem visar ganho pessoal – nem financeiro nem em poder -, age como justiceiro por acreditar que isso é certo, policial que executa adolescentes-negros-pobres (chacinas como a da Candelária, do Carandiru ou o sumiço de Amarildo e até a condenação de Dirceu sem provas, apenas porque “a literatura assim o permite”, são exemplos dentre milhares de outros). Como disse o poeta, “podres poderes”…

  15. Marcelo Odebrecht flagrado em comunicação clandestina

     

    Buemba! Buemba! Buemba!

    Marcelo Odebrecht foi flagrado comunicando-se clandestinamente com seus advogados.

    Hoje cedo, pela manhã, Marcelo Odebrecht amarrou primeiramente o cadarço de seu sapato direito e posteriormente o de seu sapato esquerdo. Esse é o código combinado pelos advogados de Marcelo Odebrecht para responder a LJ e bloquear as ações B. 

    Caso Marcelo Odebrecht tivesse amarrado seus sapatos na ordem inversa, a mensagem seria para passar “Vaca” na faca, fazendo um grande churrasco com o tesoreiro do PT.

    Outrossim, mensagens interceptadas, enviadas por Marcelo Odebrecht a seus parentes, indicam também um possível complô sendo urdido para desestabilizar a República. Texto apreendido era claro: “Li na Veja” era uma referência a alguma ação criminosa a ser perpetrada por Lula (Luis Inácio, o “Li”) na revista Veja, possivelmente com a invasão da redação e com o uso de explosivos.

    Há outra interpretação sendo investigada pelos serviços de informação. A referência à Veja não seria à revista, mas sim a uma possível ação de lavagem de dinheiro. “Veja”, no caso seria a marca de um desengordurante usado por Li como máscara para disfarçar a operação financeira ilegal.

    Acredita-se que com mais alguns dias submetido á prisão, Marcelo Odebrecht possa confessar qual das duas interpretações é a correta. No momento MO aparenta resistir a todas as formas de pressão negando-se a confessar seus delitos. Veremos até quando.

     

     

     

  16. Pois, é…

     

    “Depois do emprego deturpado da teoria do domínio do fato,” Aonde estavam todos esses e a OAB quando o domínio do fato prendia Dirceu, José Genoíno etc.? Daqui a alguns anos provavelmente o mesmo vai acontecer com muita gente que hoje defende a ideia de prender primeiro para perguntar depois. Justiva seletiva e por tempo determinado não existe, imagino que seja o que chamam de jurisprudência.

  17. Basta o herdeiro do clã os-da-brecha….

    delatar um deputado-piaba  que o processo sobe pro STF  e  daí, deitar a  falação e  o print screen de todas  as  falcatruas pregressas desde o 1o. dia de governo  dos demonios  e  emplumados !!!

  18. A vaidade e o mundo paralelo

    A vaidade e o mundo paralelo em que vivem os Procuradores e advogados e outros agentes públicos (PF) os fazem esquecer que a Odebrecht não é um escritório de lobistas ou uma central de propinas, é uma empreiteira que faz obras que duram séculos, como hidroeléricas e outras, as quais testemunhei pessoalmente em minha vida profissional,  no estado da arte da engenharia. O ambiente de negócios é dado e não cabe a Odebrecht questionar, apenas viabilizar suas obras que permanecerão como legados indispensáveis  ao país. Muito diferente é o acréscimo de dois, três, cinco  por cento de taxas de juros  à dívida pública por mero arbítrio, que é o crime mais perfeito pois sequer já foi um dia cogitado como tal e consiste na remessa de dinheiro eletrônico em quantidades industriais, com o pretexto de política monetária. Isso já me cegou de ódio à época do FHC, sem um pio da imprensa e continua a impunidade, ninguém fala da CPI da STN do Ministério da fazenda ou do COPOM destruir a Odebrecht é menos do que fazer justiça, é fazer desordem e caos em nome de justiça e desfazer uma empresa que era tudo que qualquer país emergente gostaria de chamar de seu. Em mesma escala a ilha de escelência da Eletronuclear está sendo atacada. Só ilhas de excelência são alvos. Se isso não é o mal agindo cirurgicamente não sei mais o que é.. 

    Estão desmontando o país, muitas empresas já desistiram e aquelas de sucesso estão sendo atacadas. Isso não se refaz automaticamente após o trânsito em julgado. O patamar do pós-operação será uma terra arrasada institucional com pastores, advogados e entreguistas repactuando o projeto de Brasil. Bom, né?

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