Perícia detecta 3 evidências de que imagens da agressão a Garotinho foram sabotadas

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil
 
 
Jornal GGN – Imagens do circuito interno da cadeia José Frederico Marques, divulgadas na imprensa para provar que não houve agressão ao ex-governador Anthony Garotinho, foram editadas, segundo perícia do Ministério Público Federal.
 
De acordo com reportagem da Folha desta sexta (19), peritos da Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia do Ministério Público do Rio de Janeiro apontaram pelo menos 3 “fragilidades” nas imagens divulgadas pela Secretaria de Administração Penitenciária.
 
A primeira delas mostra que houve corte de um trecho da gravação. A prova está no fato de que a câmera usada pelo presídio para de capturar imagens quando não há nenhum movimento em tela. Mas a sensibilidade do sistema é suficiente para gravar até mesmo mudanças de luminosidade. Logo, não há explicação, a não ser a da edição, para o movimento de um dos guardas ter sido cortado bruscamente.
 
Outro indício de que as câmeras foram manipuladas no horário em que Garotinho diz ter sido agredido é que um dos equipamentos foi congelado, não capturou nenhum movimento na área onde estava o ex-governador. Mas uma outra câmera, de ângulo diferente, consegue mostrar o que ocorria naquele mesmo momento.
 
O terceiro ponto revelado pela perícia é que foi criado um “ponto cego” no monitoramento da cadeira. 
 
Garotinho relatou que no dia seguinte à sua prisão, na madrugada de 24 de novembro de 2016, ele foi trocado de ala dentro de presídio. Num local onde não havia outros presos, ele foi agredido com um porrete no joelho e pisão no pé.
 
Ainda de acordo com o ex-governador, o agressor teria dito que ele não morreira dentro daquele setor para não “sujar para o lado” do pessoal da Lava Jato.
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

4 Comentários

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  1. AS provas de que o “juíz”

    AS provas de que o “juíz” Moro e o “procurador” Dallagnol comandam uma organização criminosa estão se acumulando. Quando vai ser o bastante para prender os dois? Quando começar a acumular cadáveres?

  2. Epidemia de CCP no âmbito jurídico daquele balneário:

    CCP – câmeras cariocas preguiçosas.

    Parece que isto é bastante comum naquelas bandas; lembram daquele cidadão Amarildo, preso numa tal de Polícia Pacificadora, que desapareceu e pouco depois surgiu uma campanha “onde está Amarildo?”.

    Aqui:

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Caso_Amarildo

    Pouco depois se percebeu que os vídeos de sua detenção também foram manipulados para esconder a morte deste cidadão nas mãos da tal banda podre.

    E esses cortadores de cenas ainda acham que podem enganar o povo.

    Quando eu era criança passava as férias em Niterói, e já naquela época a minha avó comentava (em alemão): Weisst du, die Polizei und die Ganoven stecken alle unter einer Decke” (Sabe, a polícia e os bandidos estão todos sob o mesmo cobertor). Não deve ter melhorado muito desde então.

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