Depois de Aécio, procurador propõe ação contra partidos pegos na Lava Jato

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Se a finalidade da Lava Jato é chegar em Lula (leia aqui) e, consequentemente, reduzir o PT a nada (ou quase), o start foi dado agora, como demonstra matéria publicada pelo Estadão no domingo (8), com o procurador da República Deltan Dallagnol. Coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal, Dallagnol disse que a próxima etapa da operação vai atacar os partidos envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras – especialmente PT, PP e PMDB.

“Vamos entrar com uma ação cível pública contra os partidos que participaram dos crimes, que aturaram para que os benefícios de recursos acontecessem e se beneficiaram dele”, afirmou. 

A proposta de responsabilizar partidos envolvidos na Lava Jato já havia sido apresentada, no âmbito do Senado, por Aécio Neves (PSDB), candidato derrotado na última disputa presidencial pela presidente Dilma Rousseff (PT). No caso de Aécio, a ideia é cassar o registro do partido que, comprovadamente, tenha se beneficiado de esquemas de corrupção e desvio de dinheiro público.

A ação do MPF, no entanto, indica pedido de ressarcimento aos cofres públicos dos recursos desviados da Petrobras. Segundo denúncias da Lava Jato, os partidos que indicavam diretores para a estatal recebiam de 2% a 3% de propina em cima de contratos firmados com grandes empresas.

O Estadão observou que a ação cível pública seria prejudicial aos partidos principalmente agora que foi aprovado pelo Supremo Tribunal Federal o fim das doações de pessoas físicas.

Nova etapa da Lava Jato vai responsabilizar partidos

Do Estadão Conteúdo

A força-tarefa da Operação Lava Jato vai imputar também aos partidos a responsabilidade pelo bilionário esquema de cartel e corrupção na Petrobras a partir de 2016. Com pelo menos R$ 2,4 bilhões recuperados aos cofres públicos até aqui, resultado de mais de 30 acordos de delação premiada com os réus e três termos de leniência com empresas, o Ministério Público Federal traça as estratégias para buscar a condenação na Justiça Federal das legendas – e não apenas seus dirigentes.

As penas serão propostas em ações cíveis — até agora só empresas foram acionadas fora da área criminal — e poderão representar duro golpe à saúde financeira das agremiações. Além da devolução dos valores desviados da estatal — ao todo, mais de R$ 20 bilhões, segundo os primeiros laudos — no período de 10 anos, entre 2004 e 2014, e de multas, partidos podem ficar sujeitos a retenção de valores do Fundo Partidário e suspensão e cassação de registro da legenda.

“Vamos entrar com uma ação cível pública contra os partidos que participaram dos crimes, que aturaram para que os benefícios de recursos acontecessem e se beneficiaram dele”, afirmou o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa. “Estamos caminhando na Lava Jato por etapas porque temos um mar de informações e evidências. É como se fossem frutos de uma árvore, nós colhemos quando eles ficam maduros. A ação dos partidos ainda está amadurecendo.”

Dallagnol e outros oito procuradores da força-tarefa da Lava Jato assinam também as ações por improbidade administrativa propostas em fevereiro deste ano na Justiça Federal em Curitiba contra as empreiteiras acusadas de cartel e desvios de recursos da Petrobras. Foram as primeiras ações cíveis da Lava Jato que buscam imputar responsabilidades às pessoas jurídicas.

O avanço da Lava Jato contra os partidos atinge, em especial, PT, PMDB e PP, que, conforme as investigações criminais, controlavam um esquema de fatiamento de postos estratégicos da Petrobras. Segundo o Ministério Público Federal, através do controle de diretorias da estatal, empresários e políticos sistematizaram uma sofisticada estrutura de desvios em contratos, cobrança de propinas e lavagem de dinheiro que abasteceu cofres das legendas.

Os procuradores sustentam que para isso foram usadas doações eleitorais e partidárias oficiais, além de caixa 2. A lista inclui legendas da situação e também oposição – apesar do controle governista do esquema. Os partidos têm negado envolvimento em irregularidades.

As ações com pedidos de ressarcimento podem ser ajuizadas num momento em que as legendas veem diminuir a capacidade de arregimentar recursos com a proibição das doações empresariais decidida pelo Supremo Tribunal Federal em votação concluída em setembro deste ano. A previsão dos partidos é de forte queda de receita no próximo ano.

Corrupção

Em outra frente, com apoio dos coordenadores da Lava Jato, um projeto de lei do Ministério Público Federal quer aumentar a responsabilidade de partidos e políticos para desestimular a prática de contabilidade paralela do caixa das agremiações e das campanhas. Um pacote com 10 medidas anticorrupção foi lançado em março deste ano e está em fase de coleta de assinaturas – serão necessários 1,5 milhão para apresentação ao Congresso.

“A medida é importante porque, até então, apenas os dirigentes (pessoas físicas) respondiam por eventuais crimes cometidos em benefício do partido. No mesmo sentido, propomos a criminalização do caixa 2”, informa o MPF, em sua justificativa do anteprojeto.

Como não existe uma legislação regulamentada específica que responsabilize os partidos como pessoa jurídica, outro item previsto é o que imputa às legendas responsabilidade por atos de corrupção. Partidos poderão ser responsabilizados com multa ou até cancelamento do registro – nos casos de condutas de responsabilidade do diretório nacional. As legendas poderão ser multadas com valor entre 10% e 40% dos repasses do fundo partidário relativos ao exercício no qual ocorreu o ato, podem ainda ser suspensos do recebimento de repasses do fundo ou ter o registro cancelado.

“O objetivo é espelhar nas agremiações partidárias exigências feitas para quaisquer pessoas jurídicas”, afirma Dallagnol.

Atualmente, a legislação de combate à corrupção de 2013 abriu a possibilidade de impor penalidades para empresas por envolvimento em atos de corrupção, mas deixa uma brecha de como isso ocorre na prática, quando os alvos são partidos. É que as penalidades previstas no regramento jurídico são medidas como multa sobre o faturamento do último ano e proibição de contratação com o poder público.

Partidos, porém, não têm faturamento, nem contratam com o poder público. “Então nós (MPF) criamos previsões para que se possa ter penalidades aplicáveis aos partidos envolvidos com atos de corrupção, como retenção de parte do fundo partidário até a suspensão ou mesmo a cassação do registro.” Procurados pelo Estado, PT, PP e PMDB não se manifestaram. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”.

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

60 Comentários

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    1. Não vem ao caso, dinarte22.

      Não vem ao caso, dinarte22. Muito menos o DEM que é o filhote da ARENA, PDS E PFL. Esses são inimputáveis e inatacáveis.

  1. Pois é, playboys concurseiros

    Pois é, playboys concurseiros da classe média, doutrinados pela mídia de direita desde a mais tenra idade, estão tentando tomar o poder e inaurgura a República dos Concurseiros do Brasil.

  2. Se for feito justiça, nesse

    Se for feito justiça, nesse caso, não sobrará partido nenhum.

    Portanto, fecha-se tudo, e faz-se uma reforma geral.

    Depois de reformado, novinho em folha, abre-se o país com os dizeres ” Em funcionamento, sob nova direção “

     

     

    1. Somente o PT

      Desde o princípio da operação, com raras exceções, somente o PT foi duramente investigado. Por qual motivo estes senhores incomodariam outros partidos? Principalmente quando já temos certeza de que contra a corrupção não estão.

  3. Ah, sim: todos os partidos

    Ah, sim: todos os partidos poderiam ser extintos. Para o bom funcionamento da República dos Concurseiros bastariam dois. Poderiam até nomea-los ARENA e MDB. Será que já tiveram esta ideia antes?

  4. Segue-se a sanha

    Segue-se a sanha golpista.

    Como deu errado o plano de de golpe via cassação tendo Cunha e seus “ritos” como peça chave, como melou a tentativa de golpe via TSE, como caiu o financiamento privado de campanha, como está difícil encontrar motivos para prender Lula, o safado do Aécio quer tentar outro golpe, que é cassar o registro do “petê” para, imagina ele, se candidatar praticamente sozinho.

    Todos esses planos são fielmente seguidos pela PF e pelo judiciário brasileiro.

    Não passarão!

  5. Esse procuradorzinho de meia

    Esse procuradorzinho de meia tigela,  militante do PSDB, tá arrumando SARNA pra se coçar.

    Esquece ele que um partido não é só seus candidatos.

    Um partido é antes de tudo seus militantes e simpatizantes.

    Ele que tente essa empreitada para ver com quantos paus se faz uma canoa…

    Em outras épocas já tentaram criminalizar PCB e PC do B e eles permanecem firmes aí.

    Cautela e caldo de galinha não faz mal a ninguém

  6. O esquema do metro de São

    O esquema do metro de São Paulo é irmão siames do esquema na Petrobrás. No primeiro caso ninguém foi preso e imediatamente convertido em delator. As empresas investigadas bancaram a reeleição do governador e jamais se falou em propina travestidas de doação oficial. 

    A investigação poupou todos os graúdos ligados ao governo e responsáveis pelos contratos. Pegaram no caderninho do Youssef anotações referentes ao monotrilho tucano. E o que fez o mp? Mandou para o arquivo. 

    E o sujeito que esquenta a cadeira de ministro da justiça dá entrevista repetindo a cantilena que a “lei vale para todos”.

     

  7. Atualmente a AGU aciona na

    Atualmente a AGU aciona na justiça ex-prefeitos que foram retirados de seus cargos por improbidade administrativa, exigindo o ressarcimento à União dos gastos com novas eleições. Essa prática, salvo engano, foi iniciada por Luis Adams, e tem sido vitoriosa na justiça federal. Assemelha-se em todos os aspectos ao que está sendo proposto pelo produrador. Caso vitoriosa essa tese, não há partido que se sustente. Mas, caso ocorra, será um boa oportunidade para discutir o MP, seu significado e seus limites de atuação. 

    1. Poder

      Esse  fundamentalista religioso não apenas pensa ou diz; ele tem poder institucional. Temos que nos importar. E o PT tem obrigação de reagir.

      Ao contrário dos políticos, que dependem do voto popular, esses procuradores estão se lixando para a opinião pública. Estão deslumbrados e são protegidos pela grande mídia e corporativismo de seus pares. O sistema de pesos e contrapesos não funciona, porque  os orgãos que deveriam fiscalizá-los fazem vista grossa.

      Isso é altamente preocupante.

  8. Protegendo os tucanos

    Agora está explicado porquê os procuradores aecistas se esmeraram tanto em poupar o mar de corruptos abrigados no psdb (compra de votos para reeleição de fhc, Privataria Tucana, Caso Banestado, Pasta Rosa, Proer, SIVAM, Lista de Furnas, contas da campanha tucana em 2014 que não fecham, aecioporto, desvios na Saúde em MG, Trensalão, o verdadeiro mensalão, o de Azeredo, a lista é interminável).

  9. Nem perdi tempo em ler a

    Nem perdi tempo em ler a matéria do Estadão para vaticinar ser essa investida desses imberbes, mas altamente vaidosos e autossuficientes procuradores, como um ataque ao regime democrático. 

    Sim, contra a democracia. Porque os partidos políticos nesses sistema agrupam pessoas que comungam com certa linha de pensamento sendo, portanto, o esteio para que a sociedade tenha a sua disposição referências quando do exercício do voto. Constituídos como pessoas jurídicas não podem, nesse sentido, serem penalizados nem inviabilizados por eventuais ou supostos crimes de seus dirigentes. Arrisco até adiantar que se acionado o STF decerto não comungará com essa inaudita arrogância de um parquet que parece ter se auto revestido do poder de desmontar um processo democrático conquistado às duras penas.

    Qual será o limite dessa gente, se é que existirá? Os que hoje os aplaudem por conta do ódio político serão eles mesmos os primeiros a deplorarem quando atentarem para o absurdo que é um país passar a ser regido pelo pior tipo de ditadura, de regime de força, qual seja, a encoberta formalmente pela legalidade e na práxis de reformista sem ter nenhum, mas nenhum mesmo, mandato para tal. 

    Aonde iremos parar? 

  10. Esse Aócio é o maior cara de

    Esse Aócio é o maior cara de pau da estratosfera. Se não fosse a mídia amiga e esse PGR pusilânime Janot, ele já teria sido cassado e preso há muito tempo.

  11. Isso não tem nada a ver com justiça.

    Isso não tem nada a ver com justiça. O que estes promotores estão fazendo é patrulhamento ideológico contra a esquerda. Chegaram ao ponto de criminalizar quem faz doações lícitas de meros R$ 20 reais à partido de esquerda. O Ministério Público brasileiro perdeu completamente a noção.

    Essa proposta de inviabilizar partidos de grande expressão fere de morte o estado democrático de direto. O que estamos presenciando é a face pronta e acabada do fascismo. O Ministério Público está se transformando num órgão de perseguição política nos moldes da gestapo nazista. 

      1. Sugestão de leitura!

        Sugiro que você leia a obra Direita e Esquerda de Norberto Bobbio, quem sabe assim você conseguiria ter um mínimo de discernimento…

  12. Falsos cristãos, farinha do mesmo saco !

    Da mesma maneira que existe mais crimes nessa operação lavajato sob o conluio de ( psdb, judiciario, midia, etc…etc… corruptos) do que em todos crimes que os “impolutos” dizem investigar.

     

  13. comédia

    Tenho pena de nós, o povo, que tem pagado os ingressos.

    Erra quem pensa que o Brasil vive um drama.

    O que vemos a cada dia é que isso é uma comédia. 

    O drama é que os atores / palhaços são péssimos.

    E “se acham”!

     

  14. Ele tá se achando porque até

    Ele tá se achando porque até então a mídia tá apoiando lava jato, mas quando não interessar mais ele volta para o anonimato com seus projetos.

  15. Proscrição de partido político é da alçada da Justiça Eleitoral

    Quer dizer que o dândi com ar de galinha verde tá com todo esse poderio

    “(…) Exceto pelo período da ditadura civil-militar (1964-1985), a última cassação de um partido político brasileiro foi em 1945, quando o Partido Comunista Brasileira foi declarado ilegal no Brasil(…)”

    http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2015/09/tse-julga-pedido-de-cassacao-do-partido-da-causa-operaria-8804.html

     

     

  16. Esse …………………….

    Esse fundamentalista religioso que se julga salvador da pátria, merece ser banido, pois esta operação vaza jato que a princípio anagriava simpatias de alguns, mostra a que veio. Destruir a Nação e sua maior empresa de petróleo, que pelo andar da carruagem ainda acabará nas mãos do império que nada me engana. está por trás de tudo que acontece neste País!

    Cadê a ABIN ? Será que tb está vendida !

    Pobre País, mercecia melhor sorte !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  17. Quando a justiça serve de

    Quando a justiça serve de palco político. Por Carlos Fernandes

    Postado em 08 nov 2015por : Captura de Tela 2015-11-08 às 18.13.02

    Deltan Dallagnol

    No jogo político muitas vezes uma única frase pronunciada pode fazer toda a diferença entre o sucesso e a derrota. E em boa medida, importa menos o sentido simbólico que denota do que o impacto imediato que provoca no povo, e por conseguinte, nos eleitores.

    Foi assim com Ciro Gomes quando candidato à presidência com chances reais de vitória. Ao ser questionado sobre a atuação de sua então esposa, Patrícia Pillar, nas decisões que eram tomadas na sua candidatura, declarou: “o papel de minha mulher na campanha é dormir comigo”. Foi o suficiente para ver o seu barco afundar. Se era verdade ou uma simples “brincadeira”, até hoje ficamos sem saber.

     

    Na contra-mão de Ciro, Marina Silva se utilizou de uma frase de efeito para alavancar sua candidatura na disputa de 2014 após o trágico acidente que vitimou Eduardo Campos. O “Não vamos desistir do Brasil” soou como música para uma população ainda perplexa com a tragédia. Não deu outra, de um longínquo terceiro lugar, Marina se viu imediatamente nas alturas. Não fosse a sua desarticulação de idéias e o seu cansaço visível, não haveria tempo do cambaleante Aécio Neves reverter a situação e seguir para o segundo turno.

    Pois bem, isso faz parte do universo misterioso da política. Sempre fez e muito provavelmente sempre fará. Mas e quando tudo isso foge da seara política e descamba para os membros da justiça federal?

    O procurador da República e coordenador do MPF nos trabalhos que investigam a operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, disse recentemente numa palestra que proferiu num evento voltado para dentistas (sim, procuradores estão dando palestras para dentistas), que “Não vamos desistir do nosso país”. O quase “showmício” foi promovido pela ONG Turma do Bem em São Bento do Sapucaí, interior de São Paulo, no qual o procurador foi aplaudido de pé por uma platéia composta de 300 selecionados.

    Não é preciso ser um jurista renomado para saber que juízes e promotores só deveriam se pronunciar sobre os casos em que estão envolvidos, exclusivamente nos autos. Mas vivemos dias estranhos e tanto o juiz federal Sérgio Moro quanto o procurador Deltan Dallagnol, além de suas atribuições nos processos, estão se utilizando dos cargos que ocupam para virarem uma espécie de “heróis nacionais”.

    Se a utilização da função pública para se auto-promover já é algo que destoa da moralidade, tornar um processo criminal numa perseguição política a um partido em particular, requer altas doses de juízos de valores nos julgamentos que efetuam. E, todos sabemos, um juiz julgar baseado nos seus próprios valores, e não na lei, é o pior dos vícios jurídicos.

    Se a opinião pública está sendo motivo de tanto interesse para os investigadores da Lava Jato, seria importante que eles soubessem que uma boa parte da população brasileira considera as pirotecnias que estão sendo realizadas como um acinte à razão e à imparcialidade de seus julgadores. Não é razoável que um juiz e um procurador federais que até bem pouco tempo eram completamente desconhecidos de todos, agora virem celebridades a darem entrevistas e palestras em todo o país.

    Além do que, desde a época que Marina Silva se aproveitou da situação para decretar que “não vamos desistir do Brasil”, me pergunto quem realmente desistiu desse país. Se formos honestos histórica e intelectualmente, perceberemos que jamais o combate à corrupção foi tratado tão à sério. Já se vão treze anos em que o PGR não é mais apelidado como “Engavetador Geral da República” e nunca a PF teve tanta liberdade para investigar como agora.

    Inúmeras vezes já desistiram do Brasil. A grande mídia e a plutocracia brasileira desistiram quando entregaram a nossa democracia aos generais; os banqueiros desistiram do Brasil quando reagiram fortemente à tentativa de reduzir os juros; a classe alta desistiu quando se revoltou com a nova classe emergente. Nisso ficamos sabendo quem são os verdadeiros desertores dessa nação.

    Pois é, Moro e Dalllagnol, não precisamos de suas palestras para não desistirmos do Brasil. Pelo contrário, esse é o período em que mais as instituições desse país foram fortalecidas. Por favor, atenham-se exclusivamente aos autos. Já temos políticos demais.

    (Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).Carlos Fernandes

    Sobre o Autor

    Economista com MBA na PUC-Rio, Carlos Fernandes trabalha na direção geral de uma das maiores instituições financeiras da América Latina

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/quando-a-justica-serve-de-palco-politico/

     

  18. Coincidência demais

    Concordo com Jaide: é muito suspeita esta coicidência entre a fala do garoto e a do Aécio. Tem cheiro forte de articulação ampla nesta história….

  19. Atentem para o exemplo da

    Atentem para o exemplo da Itália Por conta da “sacrossanta” luta contra a corrupção através da Operação Mãos Limpas, inspiradora da nossa Lava a Jato: simplesmente desestruturaram o sistema político italiano. Com um agravante: a corrupção voltou e a máfia continuou do mesmo jeito. 

    A resultante foi a emersão para a cena pública do Sílvio Berlusconi, uma mistura de Aécio Neves com Eduardo Cunha, um tantinho de Collor mais os Irmãos Marinho. 

    Após minarem parte da nossa base industrial com reflexos negativos por anos na economia do país tentam agora destruir os alicerces da nossa democracia. 

    1. Devem sim eles – o juiz (?)

      Devem sim eles – o juiz (?) Moro e equipe da “força tarefa” – serem civilmente responsabilizados pelos prejuízos causados à Petrobrás e a economia do país em geral.

      Concordo plenamente com JB Costa. Sou ítalo-brasileiro, voto na Itália e no Brasil e acompanho diariamente a situação vivida na Itália onde quatro entre sete empresas estão – hoje – em mãos da máfia.

  20. Se procurador e Aécio tao

    Se procurador e Aécio tao achando que vao dar vida facil pra direita cassando registro de partido, estão se iludindo. A não ser que cassem também os direitos politicos dos filiados e da militância associados a esses partidos no Brasil inteiro.

    Os militantes e politicos de esquerda iam continuar existindo, migrando para PCdoB, PSOL, Rede e cia.

  21. CAIU DA VARANDA, 11 ANDARES

    Ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Sebastião do Rego.

    http://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/post/embaixador-cai-do-11-andar-do-seu-predio-em-copacabana.html

    Naturalmente é de lamentar, mas, surge daqui muita elucubração. Em breve, o coitado vai ser o bode expiatório de muita gente, do tipo aquele que depositou o dinheiro ao Eduardo Cunha, com base em antigas dívidas. Como Eduardo Campos, como Sérgio Guerra e outros.

    A “natureza” é seletiva nos arquivos que deleta.

  22. E O GUERRA QUE MORREU? O DELATOR DISSE QUE DEU A ELE MILHÕES.

    O Delator disse que deu R$10.000,000 para o Sergio Guerra, ele era presidente do PSDB…êta justicinha do caralh……

  23. Cassar o registro do PT e PMDB e PP?

    O PT vai reagir, certamente. Mas e o PMDB? Vai permitir uma sandice dessas? O maior partido do Brasil, com a maior bancada no Congresso Nacional e nos Executivos estaduais e municipais vai permitir que esse garoto  do MPF leve adiante esse plano sinistro e fascista?Só sendo muito imbecil e irresponsavel  pra achar que cassar registro de partidos A ou B inibe a corrupção. O ministerio publico federal é uma piada. 

  24. Tadinho do moço !

    Até que é bonitinho ! daqueles bonitinhos chatos,  criados a pão de ló e leite Ninho. O perigoso é que é nos transmite a impressão de ser de idéia fixa, basta ver seus gestos e atitudes e olhar de superioridade. Parece que nunca foi a uma balada; nunca assistiu um “pôr do sol” ou seu nascimento em uma praia ;  jamais rolou na areia (credo!) só ou acompanhado. Um bairro pobre ou uma favela (nem pensar em sujar seus sapatinhos de cromo alemão); filmes pornográficos (o que é isto?). Cigarros ou bebidas (coisas do capeta)

    Enfim um “chato de galochas”, como um coroínha de igreja e/ou filho de pastor protestante (desculpem os pastores um pouco mais abertos).

    Será que estudou nos isteites tb? Mas tem como objetivo de vida, destruir a corrupção do Partido dos trabalhadores (Eca!) .

  25. Fechando um clube e esquecendo os associados?

    O partido político não está composto apenas por alguns políticos, onde, algum deles possam eventualmente ser corruptos e punidos. Um partido, o mais nanico de todos, precisa de 700 mil assinaturas para ser criado. O PT deve ter milhões de afiliados.

    Na lógica do cara teria que fechar a Petrobras e demitir milhares de funcionários, ao invés de punir apenas quem cometeu delito.

    Vai machão, fecha o Flamengo e depois explica para a torcida!

  26. Stop!….

    E preciso parar esses insanos do MPF e interná-los num hospital psiquiatrico para tentar curá-los da síndrorme do antipetismo, antes que mais maldades façam ao País em nome do combate a corrupção!…..

  27. como tese é correta, Nassif.

    Nassif, vou dar uma picelada, mas em tese, os partidos devem responder assim como as empresas, que não são fechadas, só em casos extremos, mas recebem multas, PSDB, PT, PP, PMDB se usarem recursos oriundos de vantagens dadas/exigidas ilícitas para campanhas, não são vítimas, portanto são réus. 

    Até por que fica esquisito defender financiamento público a partidos, se eles não são responsáveis pelos atos, pode-se, Nassif, dizer que no presente caso não cabe por esse ou aquele motivo, mas  a tese é correta,  e para não quebrar o partido com multas também existe o  acordo de leniência.

     

  28. Tipo CBF

    Um torcedor lança um chinelo e o clube é punido com porteira fechada.

    Já pensaram?

    Eleições com porteira fechada, apenas o caprichoso (Demos) contra o garantido (tucanos)?

    Aquele Promotor acha que o povo vai aceitar!

  29. Ver o esquerdista defendendo

    Ver o esquerdista defendendo a corrupção não tem preço, já disse isso tantas vezes que não os levo mais a sério.

    Esquerdista, não dá mais para levar a sério o que vocês escrevem.

    Não é mais uma disputa séria. Nunca foram honestos intelectualmente, mas antes havia alguma seriedade, mesmo a cara de pau tem limites.

     

     

    1. aliançaliberal,
      O que não dá

      aliançaliberal,

      O que não dá mais para levar a sério é essa tua postura arrogante e pretenciosa. 

      Não posso escrever pelos outros, mas da MINHA parte estou de saco cheio, esborrotando, desses teus ataques pessoais a quem pensa diferente da tua pessoa. Minha paciência se esgotou com tanta desonestidade intelectual. 

      Poderia até deixar sem responder mais esse insulto dado que para muitos é perda de tempo tal expediente dado o teu fanatismo e ódio pela esquerda e particularmente pelo PT. Vou fazê-lo porque paciência tem limite. 

      Ninguém, absolutamente ninguém, aqui neste espaço defende corrupção. O que se defende ou se critica, fazendo valer nosso direito de expressão, são os aspectos que julgamos políticos-ideológicos, portanto errados, que permeiam essas operações. Mais precisamente essa Lava a Jato. 

      Isso é um direito, não uma concessão de n ada e de ninguém. Aponte, indique qualquer comentário ou texto exarado por algum comentarista defendendo crimes?

      Se quiseres respeito, respeite também. 
       

      1. JB, você pede do tal aliança

        JB, você pede do tal aliança liberal (também conhecido como Oneide, ou a Neide), aquilo que ele é incapaz de fornecer.

      2. Amigo JB Costa, chega a ser risível não fosse trágico

        Amigo JB Costa, chega a ser risível não fosse trágico um fascista defendendo o estado de exceção e o fim da democracia e do estado democrático de direito para que os verdadeiros corruptos se apossem das chaves do cofre(http://www.plantaobrasil.com.br/news.asp?nID=91764&p=2).

        Essa gente é tão hipócrita ou burra que se esquece de que cometem um grande equívoco, pois se fossem um pouco inteligentes veriam que a interrupção da democracia é ruim até pare eles mesmo que se dizem liberais, tanto que Carlos Lacerda(UDN), que defendeu o golpe de 64 quando poderia ter esperado as eleições de 65,  foi cassado, muitos que foram a Marcha pela Familia foram mortos ou desapareceram. Além do mais,  não há maior hipocrisia do que ver um fascista defendendo a caça às bruaxas quando são eles próprios que se opõe a transparência e o controle em defesa da coisa públcia, agem assim porque  são a favor da maracutais tipo o financiamento privado de campanhas eleitorais, o que de dizer desta gente que, como Zé Agripino Maia e cúmplices do PSDB posam de impolutos ao mesmo tempo em que rouba  no atacado, na casa do bilhão de reais e, da parte do coxinhas, nenhum barulha de panelas ecoando das varandas.

  30. Um bom texto sobre a proscrição de partidos políticos

    O golpismo tem como marca principal a proscrição de partidos políticos, quando querem solapar a democracia e as políticas de inclusão, desculpas não é que faltam. Elite ignara a tupiniquim

    “Em defesa da democracia”: o debate em torno do processo de
    proscrição do Partido Comunista do Brasil (1947-1948) e do Partido Comunista
    do Chile (1947-1948) sob uma perspectiva comparada

    MARIO ANGELO BRANDÃO DE OLIVEIRA MIRANDA

    http://www.snp015.anpuh.org/resources/anais/39/1434388367_ARQUIVO_MarioMirandaANPUH2015versaofinal.pdf

     

     

     

  31. “Nem nas ditaduras brasileiras isso aconteceu”

     

    O golpe de mão do juiz Sérgio Moro contra o PT 

    O juiz Sérgio Moro é apenas um numa conspiração de classe destinada a criar uma onda de pânico e um clima de histeria contra o PT.

    Maria Inês Nassif, na Carta Maior, em 20/04/2015 

    Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

     

    Não é banal o movimento que fazem a Justiça e o Ministério Público paranaense para inviabilizar um partido político nacional, o PT, ou qualquer outro que venham a botar no mesmo pacote – de preferência pequenos e ligados ao governo – para fingir que essa decisão não é uma perseguição ao partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que venceu as eleições dos tucanos Geraldo Alckmin e José Serra, e da presidenta Dilma Rousseff, que ganhou dois pleitos dos tucanos José Serra e Aécio Neves, o último deles o ano passado. Isso faz parte de uma estratégia de intimidação tão assustadora que transfere para o aparelho judicial de um Estado que sequer tem relevância na política nacional as decisões sobre o futuro da política nacional e sobre a legitimidade do voto do eleitor brasileiro; e que dá a uma decisão judicial de primeira instância o direito de proscrever partidos políticos.
     
    Nem nas ditaduras brasileiras isso aconteceu. Os partidos foram proscritos por atos federais. O PCB, por exemplo, foi colocado na ilegalidade em 1927, durante o estado de sítio decretado pelo presidente Epitácio Pessoa. Em 1966, todos os partidos brasileiros foram extintos por um ato institucional da ditadura militar iniciada em março de 1964. Somente em 1946 a Justiça tomou a decisão de tirar uma legenda do quadro partidário, o mesmo PCB, sob o argumento de que ela não professava a democracia. Ainda assim, a decisão partiu de uma instância máxima de Justiça, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
     
    O absurdo jurídico de colocar um partido na ilegalidade pode ocorrer se o Ministério Público do Paraná pedir o indiciamento do PT, a pretexto de participação na Operação Lava Jato, e o juiz Sérgio Moro condenar o partido. Segundo matéria publicada pela Folha de S. Paulo, procuradores preparam a originalíssima peça, que respaldaria uma decisão judicial destinada a proscrever o PT. O instrumento da inviabilização do partido seria a aplicação de uma multa próxima dos R$ 200 milhões que um dos delatores da Operação diz que o partido recebeu de propina – e que, sem provas, nas mãos de qualquer procurador ou juiz minimamente neutros, seria apenas uma palavra, a do delator, contra a outra, a do delatado que nega o crime.
     
    Um golpe de mão aplicado pela Justiça no quadro partidário brasileiro é, de fato, a inovação que a pouco neutra justiça paranaense pode legar para o país inteiro. Moro adora inovações, e segue os passos do inovador Joaquim Barbosa que, à frente do chamado Caso Mensalão, no Supremo Tribunal Federal, deixou de ser juiz e agiu como promotor, rasgou a Constituição, negou provas que inocentariam alguns réus e pediu a condenação de outros tantos sem provas, com o beneplácito do plenário da mais alta corte judiciária do país, com o aplauso da imprensa e as loas da oposição.
     
    Todas as licenças poéticas do aparelho judicial paranaense, inclusive esta, vêm sendo amparadas pelos partidos de oposição, acalentada pela mídia conservadora, tolerada pelas instâncias superiores da Justiça e pelos órgãos de controle do Judiciário e do Ministério Público, a exemplo do que aconteceu no Mensalão. A estratégia é a mesma: cria-se um clima político para legitimar desmandos judiciários, e os desmandos do Ministério Público ou da Polícia Federal são sistematicamente legitimados porque vêm respaldados em decisões judiciais. É uma roda-viva onde quem perde é sempre o futuro. Porque, no futuro, sabe-se lá quem vai ser atingido por já legitimados desmandos judiciais que hoje vitimam o PT. A articulação política entre PF, Ministério Público e a Justiça já é um dado, e pode atingir no futuro outros inimigos políticos que forem escolhidos por eles.
     
    O pensador Antonio Gramsci, ligado ao Partido Comunista Italiano, descreveu nos Cadernos do Cárcere as observações sobre o que ocorria naquela Itália convulsionada por uma cega adesão à liderança de Benito Mussolini. Lá pelas tantas, ele tenta entender como se formam as explosões de pânico, a contaminação coletiva por uma ideologia por meio do medo e da formação de sensos comuns – ideias-força sem necessariamente nenhuma racionalidade, mas de fácil aceitação, capazes de comover, envolver ou amedrontar. Os meios de comunicação são fundamentais na criação dessas mudanças culturais muito rápidas.
     
    A teoria gramsciana merece também ser lembrada nesses turvos dias pelo papel que atribui a instituições do Estado, inclusive à Justiça. O Judiciário, segundo ele, é um aparelho ideológico de vocação conservadora, resistente a mudanças – inclusive as definidas pelo jogo democrático.
     
    Como esse artigo não é acadêmico, só tomo a liberdade de citar o pensador rapidamente, na tentativa de entender o momento em que vivo eu, assustada, como outros tantos; e todos nós – alguns com medo, uns irados, outros tantos odientos, numa composição digna de uma arena romana. Nessa trama, é difícil diferenciar os cristãos dos leões. 
     
    Desde o Mensalão, Gramsci vai e volta em qualquer tertúlia política pela simples razão de que vivemos no meio de uma onda de comoção, pacientemente criada nos últimos anos, destinada a relativizar uma realidade em que as forças envolvidas em campanhas difamatórias, ações espetaculares, uso da máquina judicial, não conseguiram alterar uma realidade eleitoral, e ocupam os demais aparelhos ideológicos de Estado para consolidar uma hegemonia que se imponha sobre o voto. Tudo o mais – a formação de sensos comuns estapafúrdios, mas simples e claros; o papel da Justiça; o uso dos meios de comunicação na formação de um clima tão denso, tão áspero, tão inóspito, que pode ser apenas cortado com faca afiada – já é passado. Já foi, já produziu efeitos. O clima está criado.
     
    Resta aos democratas tentarem separar o que é espuma, o que é avanço indevido sobre direitos democráticos, do que é efetivamente justo. Essa é uma tarefa que fica muito difícil, porque o clima e o senso comum agem intencionalmente contra. O Brasil tem caminhado por sofismas, e Moro usa deles à perfeição. O clima de histeria criado contra o PT desestimula as pessoas comuns de defenderem governos por elas eleitos, com base no sofisma fincado num senso comum cevado pacientemente nos últimos anos, de que o partido é corrupto, e quem o defende está defendendo a corrupção; de que a Petrobras é de uso do petismo, e o petismo é corrupto, e  por isso a Petrobras tem que ser inviabilizada economicamente; de que os corruptos delatores se tornam heróis se delatam o PT, mesmo não tendo credibilidade pessoal nem provas; que a Justiça, para eliminar um partido político, pode usar de que instrumento for, mesmo ao arrepio da lei, para prender e intimidar.
     
    É tão irracional a “sofismação” da realidade e a consolidação de sensos comuns que é difícil entender por que, de repente, as pessoas tenham escolhido se destituir do direito à inteligência. Cair na armadilha dos sensos comuns criados pelo ódio impede a visão do óbvio. O tesoureiro do PT, João Vaccari, foi preso pelo juiz Moro porque arrecadou dinheiro legal para o PT, vindo de empresas implicadas na Operação Lava Jato. As empreiteiras que encheram os cofres do partido de dinheiro doaram igualmente para partidos de oposição, na mesma proporção. O raciocínio do juiz – segundo o qual dinheiro vindo de empresas fornecedoras da Petrobras, mesmo legal, transforma-se em crime porque foram conspurcados pela ação dessas empresas nas operações com a estatal – não vale para os outros. Não existe a mínima neutralidade nessa decisão.
     
    A insanidade dos argumentos destinados a inibir a defesa do PT é outra coisa própria desse clima, a prova de que o país surfa na crista da onda de comoção. Por dois anos, desde a condenação de petistas no processo do Mensalão, criou-se um clima coletivo de ridicularização ou de raiva daqueles que ponderaram contra a ilegalidade de várias das decisões e condenações feitas pelo Supremo. O julgamento do Mensalão é uma mácula que a Suprema Corte brasileira demorará a se livrar. E a defesa que pessoas fizeram dos juízes que julgaram para atender o público e a mídia é uma mácula que a democracia brasileira terá de lidar daqui para a frente.
     
    O juiz Moro, aquele do Paraná, ganhou um lugar na história do grupo político a que serve. Para a história do futuro, não terá deixado nenhuma contribuição jurídica, pelo simples fato de que rasgou a Constituição. A mídia tradicional, que ajudou a construir o clima duro que pesa sobre as nossas cabeças, deixará para o futuro a história de reconstrução do udenismo – um futuro em que poucos de seus veículos terão sobrevivido à hecatombe dos tempos modernos. A oposição partidária, pouquíssimo orgânica, será história, dificilmente futuro. E provavelmente isso também ocorrerá com as forças políticas levadas por essa onda de insanidade.
     
    Isso, sim, será uma crise política com efeitos semelhantes ao de um tsunami.

     

    Créditos da foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/O-golpe-de-mao-do-juiz-Sergio-Moro-contra-o-PT/4/33307 

     

    1. Está tudo dominado

      Esses canalhas vão continuar fazendo o que bem quer e não vai dá em nada porque  eles são blindados pelo PIG e tudo isso me revolta porque a culpa é do Lulinha paz e amor que deu uma de republicano. O PT já foi destruído (graças ao Lulinha paz e amor) e só falta ser enterrado. O PT será enterrado a partir das eleições de 2016.

       

  32.  
    Esse menino amarelo, com

     

    Esse menino amarelo, com essa cara de Onan, deveria procurar algo útil para fazer. Ao invés de brincar de cabra-cega. Investindo tantos recursos públicos, na insana tentativa de eliminar o Partido dos Trabalhadores. Isso não faz sentido. Se teu negócio é se tornar celebridade. Vai se apresentar em progarmas de TV, dos tipos, Huck ou do Faustão, põe um penico na cabeça e um abacaxi na bunda. Assim, se habilita a receber os aplausos de videotas burros, e de tucanos reacionários e embrutecidos, que tanto almejas .

    Não é pra isso que o Estado brasileiro patrocina boa formação e prover emprego público bem remunerado, aos seus jovens. Para depois, receber como contrapartida à sociedade, esse bando de coxinhas punheiteiros, inúteis, infecundos e frívolos. Chega de tanta masturbação, e dessa demagogia seletiva, há preservar tucano-demos corruptos.

    Orlando 

  33. Quando vejo e leio

    Quando vejo e leio, tipos como esse procurador da República, Deltan Dallagnol, um menino novo, que não sabe porra nenhuma da vida,  tenho aqui no fundo de minha alma um duro sentimento de derrota, de humilhação!

    Não lutei tantos anos por democracia, enfrentando cassetetes, bombas, porradas, para ver hoje, um cretino como esse esse, jogando no lixo, destruindo todos os sonhos pelo qual lutei.

    NÃO SAIRÁ IMPUNE!

  34. Comprovado os crimes do

    Comprovado os crimes do Petrolão e as punições às pessoas físicas e jurídicas, era só o que faltava não punir os partidos políticos que participaram, os verdadeiros ordenadores, da roubalheira.

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