Surgem detalhes de propina na Suíça para Henrique Alves, intermediada por Cunha

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A Folha de S. Paulo publicou nesta terça (5) trechos de um documento assinado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, indicando que o ex-ministro do Turismo Henrique Alves (PMDB) se beneficiou do esquema de corrupção na Caixa Econômica Federal, investigado na operação Sépsis. Alves teria recebido dinheiro numa conta da Suíça, repassada pela empreiteira Carioca Engenharia a pedido de Eduardo Cunha (PMDB).

Alves já erqa investigado pelo Ministério Público da Suíça em função da conta vinculada a ele. Agora, de acordo com as revelações da PGR, surgem detalhes dos repasses feitos ao ex-ministro, que abandonou o primeiro escalão do governo Temer premeditando seu desgaste por conta da Lava Jato.

Segundo Janot, a verba que abastecia a conta suíça de Henrique Alvez era oriunda de propina paga pela Carioca Engenheira para ter acesso ao fundo de investimentos do FGTS para obras do porto Maravilha, setor sob influência de Cunha.

“A Folha teve acesso a um despacho de Janot no qual ele relaciona Alves a um ‘grupo criminoso’. ‘Por ocasião da cobrança de vantagem indevida feita aos empresários da construtora Carioca, Cunha indicou para o depósito da propina outra conta, esta de Henrique Eduardo Alves’, disse o procurador-geral.”

Segundo fontes ouvidas em off pela Folha, as transferência a Henrique Alves totalizariam ao menos 300 mil dólares. Segundo apuração do MP suíço, que chegou em março no Brasil, o ex-ministro possui saldo de R$ 2,8 milhões nessa conta no exterior.

“Alves era líder do PMDB na Câmara em 2011, quando chancelou a indicação de Fábio Cleto para uma vice-presidência da Caixa Econômica Federal”, ressaltou a Folha. Cleto seguia orientações de Cunha e do corretor de valores Lúcio Funaro para cobrar propina de empresas que recebiam aportes do Fundo de Investimentos FGTS da Caixa.

“Os empresários da Carioca Engenharia entregaram na delação premiada uma lista de contas bancárias no exterior que teriam recebido propina a pedido de Cunha. Os investigadores descobriram que, entre elas, havia contas de Cleto e de Henrique Alves.”

No mês passado, Janot denunciou Alves ao Supremo no esquema de corrupção da Caixa. Também são alvos desta denúncia o próprio Cunha, Cleto e Funaro.

Alves, por meio de sua defesa, nega “veementemente ter recebido qualquer recurso indevido como vantagem pessoal em contas no Brasil ou no exterior e repudia o vazamento seletivo de informações em desrespeito à legislação e às garantias constitucionais”.

Cunha também nega ter pedido propina para Alves.

Funaro, por sua vez, diz que é inocente e que vai provar isso durante o processo.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

2 Comentários

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  1. “Surgem detalhles” AGORA,

    “Surgem detalhles” AGORA, antes era “sigilo judicial”.

    So que os vazamentos do SwissLeaks -incluindo conta ilegal de HAlves de quase 3 milhoes de dolares- sao de fevereiro de 2015.  O judiciario e Janot ambos sentaram suas enormes bundas em cima disso por um ano e meio.

    Importante mesmo era as contas dos filhos de Alberto Dines, ne?

  2. no nosso judiciário, …

    informação é poupança, ….  guarda-se, … no momento do bote, usa-se, ….  e depois se negociam os “juros”….

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