Livro que critica Israel por mutilar palestinos vence prêmio nos EUA

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Foto: Reprodução/Ibraspal

do Ibraspal – Instituto Brasil Palestina 

Livro que critica Israel por mutilar palestinos vence prêmio nos EUA

por Lúcia Rodrigues

Jasbir Puar, autora de O Direito de Mutilar, é docente da Universidade Rutgers, de New Jersey 

O livro da professora Jasbir Puar, O Direito de Mutilar, acaba de vencer o prêmio Alison Piepmeier da Associação Nacional de Estudos da Mulher, dos Estados Unidos. A brochura aborda a violência praticada por Israel contra palestinos.

A docente da Universidade Rutgers, de New Jersey, Estados Unidos, que é defensora do movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções), argumenta em seu livro que Israel mutila intencionalmente os palestinos para mantê-los sob seu controle.

Seu argumento é facilmente comprovado. Só durante a Marcha do Retorno centenas de palestinos foram feridos na região dos joelhos e dezenas tiveram os membros amputados. Os soldados israelenses miram nessa parte do corpo para tornar os palestinos deficientes físicos e tentar impedi-los de continuarem a participar dos protestos.   

O prêmio que Jasbir ganhou carrega o nome de uma das mais ativas integrantes da Associação estadunidense de pesquisa. Vítima de um câncer, Alison Piepmeier dedicou sua vida à análise da intersecção de estudos feministas e deficiência.

O Departamento de Estudos da Mulher e de Gênero da Rutgers, ao qual a docente está ligada, parabenizou-a pelo prêmio e enfatizou que a láurea a seu livro  contribuirá para as políticas contemporâneas sobre deficiência.

Para a Duke University, que editou a publicação, a autora traça um panorama que demonstra como Israel considera os palestinos disponíveis para serem mortos e mutilados.

Com informações de Middle East Monitor

Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

1 Comentário

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  1. Genocídio e Limpeza Étnica impunes

    É muito contraditório que justamente o Estado de Israel defenda seu “lebensraum” (território vital), fixe leis discriminatórias contra os Palestinos Cristãos, Mulçumanos e Ateus, como as famigeradas “leis de Nuremberg”, promova o massacre e “pogroms” de palestinos, confine-os em guetos como o de Gaza, similar ou pior do que o “gueto de Varsóvia” e atire bombas de fósforo (armas químicas que liberam gases tóxicos) sobre civis, famílias, crianças, idosos etc.

    E também, ao contrário das minorias oprimidas do Tibete, da Turquia e outras, esses palestinos nos territórios ocupados não detenham direitos civis quaisquer, não sendo portanto cidadãos, justamente como acontecia na ditadura alemã dos anos 1930/1940.

    Definitivamente, o Holocausto Palestino não é um evento único: repete exatamente o mesmo padrão da ditadura nazista e de outros holocaustos pela História, todos eles únicos para suas vítimas.

    Até quando, a comunidade internacional tolerará isso, como tolerou a anexação dos Sudetos tchecos pelo Hitler daquela época e região?

    Até quando, Israel deixará de cumprir o Direito Internacional e se fixar nas fronteiras justas, legítimas e legais de 1966, como já determinou a ONU e o consenso internacional?

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