A grandeza da Amazônia e a herança cultural

Por Paulo Celso Villas-Bôas

 

A grandeza da AMAZÔNIA não está concentrada apenas na extensão do seu território, mas fundamentalmente, na grandiosidade de seu povo formado através da herança cultural oriunda por várias vertentes.

Essa extensão territorial favoreceu a segregação desse povo que foi se localizando em regiões e espaços distanciados, porém, apesar das especificidades encontradas no marabaixo, batuque, carimbó, siriá, marujada, sairé, boi-bumbá e outros, observa-se que há convergência das batidas, dos sons e do uso dos instrumentos, caracterizando, portanto, a dialética regional que aglutina essa arte seja no Pará, Amapá, ou Amazonas, suscitando uma identidade regional formada através dessas várias vertentes.

 

 
As raízes não são abandonadas quando utilizam os recursos tecnológicos mais avançados.
Existe a preservação e fidelidade ao som nativo, mas os instrumentos modernos, inclusive os cibernéticos podem e devem ser utilizados pelos produtores musicais comprometidos com o viés cultural regional.

Apresenta-se aqui não somente a perspectiva da riqueza cultural existente na Amazônia, mas, sobretudo uma proposta de viabilização do trabalho artístico e cultural voltado para o público da televisão, objetivando divulgar, debater e preservar as origens caboclas na arte musical e em todas as artes da região, porém, acompanhando as evoluções tecnológicas como recursos viáveis para produção e divulgação dessa arte.
 

Nossa perspectiva fundamenta-se na Dialética, recorrendo-se aqui mais especificamente ao seu primeiro princípio que afirma “tudo se relaciona”, e aí ressaltamos a importância do
Turismo para o engrandecimento de qualquer região, sendo este intrínseco as questões culturais, pois se o 10% do PIB mundial é gerado pelo Turismo, nossa região representará uma vocação muito mais natural do que já é, se mostrar ao turista a riqueza, diversidade e as vertentes que convergem para o imenso rio cultural da região Amazônica, da mesma forma que ocorre com os rios afluentes ao rio Amazonas. As diferenças culturais compartilhadas um mesmo espaço edificam uma cultura avançada e desenvolvida, pois essa unidade e luta dos contrários expressa o que há de melhor em cada uma de suas qualidades.
 
 
 
 
Partindo desses fundamentos, há necessidade que exista políticas públicas para priorizar as nuances culturais de um povo principalmente por sua valorização que nessa Pluralidade Cultural existente no Brasil é fruto de um longo processo de interações políticas, sociais, históricas no plano nacional e regional.

 

Redação

2 Comentários

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  1. Exportando Cultura

    A cultura amazônica é antiga, ao ponto que influenciou radicalmente a política norte-americana, ao descobrirem a festa do Boi. Os EUA notaram que, depois de iludir ao povo amazonense fazendo brigar dois toros: Caprichoso e Garantido, todo o mundo depois da festa terminava amigo e, ainda, o verdadeiro grupo de poder na Amazônia nem sequer entrava na disputa, mantendo assim a luta pelo verdadeiro poder oculta do povo, mediante pão e circo. Nascem assim os partidos: Democrata e Republicano, que fazem aquelas festas cheias de bandeiras, para escolher o toro ganhador, enquanto os verdadeiros grupos de poder sem voto dominam o mundo todo. Democracia? Não, isso é para os bobos dos países subdesenvolvidos, com 40 partidos e coligações.

  2. O desenvolvimentismo conhece

    O desenvolvimentismo conhece a riqueza da região.

    O crescencionismo conhece a destruição para enriquecer alguns poucos.

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