Brasil tem aumento do desmatamento em pequenas áreas

Jornal GGN – Após diminuir o desmatamento na Amazônia em 80% entre 2004 e 2012, o Brasil agora precisa conter a devastação de áreas verdes em pequenas áreas. Segundo estudo realizado pela PUC-Rio, o desmatamento em pequena escala era responsável por 50% do destruição do bioma no país.

Os dois estados com desmate mais intenso são Pará e Mato Grosso, mas com características distintas nos dois casos. Para Juliano Assunção, isso tem implicações importantes nas políticas públicas voltadas para a preservação. “As políticas atuais foram um sucesso, mas são muito centralizadas. Para combater esses remanescentes de desmatamento em pequena escala será preciso ter políticas mais regionalizadas”, afirma.

Do Estadão

50% do desmate no País está em pequenas áreas

Estudo da PUC-­Rio mostra que, após reduzir desmatamento em grande escala, Brasil registra avanço da devastação feita de forma pulverizada

Depois de reduzir o desmatamento na Amazônia em cerca de 80% entre 2004 e 2012, o País tem um novo desafio: conter a devastação que ocorre em pequena escala. Um estudo inédito mostra que, em 2004, o desmate realizado em clareiras de até 25 hectares correspondia a aproximadamente 25% da área total devastada no bioma. Em 2012, o desmatamento em pequena escala já era responsável por mais da metade da destruição no Brasil. 

O estudo, realizado por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-­Rio), em parceria com o think tank internacional Climate Policy Initiative, foi o primeiro a cruzar dados oficiais de monitoramento de desmatamento por satélite com informações do Cadastro Ambiental Rural (CAR) – o registro eletrônico do governo federal, obrigatório para todos os imóveis rurais.

De acordo com Juliano Assunção, professor da PUC­-Rio, um dos autores do estudo e diretor do núcleo de avaliação de políticas climáticas da universidade, os resultados mostram que houve uma mudança na natureza do fenômeno do desmatamento da Amazônia. “O monitoramento do desmatamento feito pelo sistema Deter, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), ajudou a reduzir drasticamente a devastação a partir de 2004. Mas, quando olhamos em detalhe, vemos que o que caiu foi o desmatamento de larga escala, em áreas acima de 25 hectares. O desmatamento em áreas menores permanece em alta, com flutuações.”

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Redação

1 Comentário

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  1. Pela sua propira natureza o

    Pela sua propira natureza o sistema DETER não consegue detectar desmatamentos muito pequenos, haja vista que os sensores por ele utilizados são de baixa resolução. 

    A LC 140 distribui competência aos estados. Porêm os estados, principalmente os “desmatadores”, não têm interesse em fortalecer seus órgãos ambientais. Enquanto isso o IBAMA continua atuando, de forma supletiva, no combate ao desmatamento, com seus cerca de 1000 fiscais para uma área de pouco mais de 5 milhões de km²

     

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