Garimpeiros são suspeitos de incendiarem barco do Instituto Chico Mendes

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Da Revista Forum
 
Barco do Instituto Chico Mendes é incendiado em novo ataque em Humaitá
 

Garimpeiros são suspeitos do crime, que teria sido cometido em represália a uma operação dos órgãos ambientais contra o garimpo ilegal

Depois de colocarem fogo nos escritórios do Ibama, Incra e Instituto Chico Mendes (ICMBio), dessa vez um barco do ICMBio foi incendiado, durante um novo ataque em Humaitá, no Sul do Amazonas. Garimpeiros são suspeitos do crime, que teria sido cometido em represália a uma operação dos órgãos ambientais contra o garimpo ilegal. Depois do ataque, funcionários do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que atuavam na cidade, deixaram o município escoltados por policiais.

As ações criminosas ocorreram após a operação “Ouro Fino” – realizada pelo Ibama e ICMBio – apreender balsas que atuavam na extração ilegal de ouro no Rio Madeira, em uma área de proteção ambiental. A informação sobre o novo ataque foi confirmada pelo Ibama. De acordo com o Instituto, o barco estava ancorado na margem do Rio Madeira, quando um grupo de pessoas ateou fogo na embarcação e fugiu em seguida.

Os autores do incêndio ainda não foram identificados. O Ibama informou ainda que ninguém ficou ferido e que os danos são apenas materiais. Por conta das chamas, houve perda total da embarcação.

A segurança em Humaitá foi reforçada por soldados do Exército e Policiais Federais. O reforço de agentes da Força Nacional de Segurança chegou ainda na sexta-feira (27), durante o ataque a prédios públicos, que durou cerca de cinco horas. Segundo o 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM), que atua no município, a situação foi controlada na cidade por volta das 23 horas de sexta. Foram usadas bombas de efeito moral, gás e spray de pimenta. Durante a ação, materiais foram arremessados contra a tropa, de acordo com a polícia.

*Com informações do G1 e do racismoambiental.net

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

2 Comentários

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  1. pequenos “traficantes”

    Traficantes de Ouro.

    Tudo termina em São Paulo, provavelmente, em pequenos lingotes.

    Como ladrões de carros para desmanche, que sobrevivem por conta de comerciantes de peças roubadas.

    Ocorre apenas que, por acaso, tanto os receptadores de ouro como os vendedores de peças usadas, devem estar em dia nas suas mesadas de comissão. Aqueles “pé de chinelo” do Rio Madeira talvez não. Serão caçados e substituidos por outros mais discretos.

  2. garimpeiro….

    Falta tudo em Humaitá. Falta tudo na Amazônia. E nós brasileiros, pasto para interesses estrangeiros e alheios às necessidades da população brasileira no norte do país, mandamos para esta região burocracia, vigilância, policia, repressão, atraso, imposição, diatadura….Quando chegará Saúde, Transporte, Segurança, Educação, Desenvolvimento, Infraestrutura…? O Brasilm se explica. E se lamenta.  

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