Quatro áreas de Brumadinho são vasculhadas em busca de sobreviventes

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – Bombeiros trabalham em quatro pontos da região de Brumadinho, local do crime ambiental por rompimento de barragem de rejeitos da mineradora Vale, em busca de sobreviventes da tragédia. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, os locais incluem um ônibus e uma locomotiva já localizados, um prédio próximo ao restaurante da Vale e a comunidade Parque das Cachoeiras.

Na coletiva de imprensa ocorrida na manhã de hoje, sábado, foi informado que 14 aeronaves fazem o trabalho de busca e resgate de vítimas, incluindo helicópteros da Polícia Militar e da Polícia Civil de Minas Gerais e da Força Aérea Brasileira, e mais uma aeronave cedida pelo estado do Rio de Janeiro. Até agora, sete corpos foram resgatados, mas já foram localizados mais dois que devem ser recuperados assim que possível. 

O comandante dos Bombeiros de MG, informou que estão trabalhando com a possibilidade de 354 pessoas desaparecidas, número citado pela própria mineradora, entre operários e terceirizados. Este número não contempla moradores e turistas na região.

Na segunda-feira entram os cães farejadores para auxiliar os trabalhos na região em que os rejeitos foram derramados. Tecnologia colocada à disposição pelo governo de Israel deve se juntar ao esforço de localização, por imagem, de corpos que se encontram submersos na lama.

Segundo a Defesa Civil de Minas Gerais, a área considerada crítica na região já está estabilizada, mas a barragem VI, com água, que fica ao lado da que se rompeu, está sendo monitorada de forma constante. Esta barragem corre risco de rompimento e, caso a água se junte à lama derramada, o perigo e estragos são multiplicados.

Os 13 milhões de metros cúbicos de rejeitos atingiram a área administrativa da Vale, as populações ribeirinhas e moradores da região. A Defesa Civil diz que pelo menos 19 famílias foram desalojadas após o rompimento da barragendo, subindo para 60 pessoas aquelas que foram para hotéis custeados pela Vale.

 

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

1 Comentário

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  1. Não vão reparar os danos
    Não vão reparar os danos humanos, ambientais causados em Brumadinho e, antes, os de Bento Rodrigues. É hora de reestatizar, sem direito a indenização. Os danos cíveis e trabalhistas apurados têm que ir pra conta dos atuais donos da empresa que, aliás, não têm demonstrado competência para gerir a mesma. Reestatizar antes que a empresa, em mãos de particulares, cause mais mortes de brasileiros e danos ambientais no país.

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