Jarbas Passarinho morre aos 96 anos

 
Jornal GGN – Morreu na manhã deste domingo (05) o ex-governador do Pará, ex-ministro e ex-senador Jarbas Passarinho. O político morreu em sua residência, em Brasília, por problemas relacionados à idade avançada.
 
Natural do município de Xapuri, interior do Acre, Jarbas Passarinho foi militar do Exército. Começou sua trajetória política no Pará, estado que governou entre 1964 e 1966. Foi senador por três mandatos e atuou como ministro do Trabalho, da Educação e Previdência Social nos governos militares e, no governo de Fernando Collor, como ministro da Justiça. 
 
Em nota, o governo do Pará declarou estado de luto oficial por três dias. O velório está acontecendo na capital federal e o enterro está previsto para as 16h, no Cemitério Campo da Esperança. 
 
Redação

42 Comentários

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  1. ERRO

    Essa foto é do Waldir Pires e não do Jarbas Passarinho.

    Nada mais distante do democrata Wakdir Pires que o fasccista Jarbas Passarinho

  2. sei que  no  leito da morte

    sei que  no  leito da morte  todos  merecem  respeito,  mais  ele é umdos  casos  que nao nos deixa  saudades, ha  politicos que  lutaram tasnto pelo  Brasil  que nos  traz  saudades é o caso de Ulisses  Guimaraes, 

    1. Sim, sim!

      Meu sentimentos à família dos muitos desaparecidos, mortos e torturados pela ditadura que esse crápula ajudou a instalar e manter, enterrando seus escrúpulos de consciência – se é que um dia ele os teve…

  3. Vai se juntar aos seus escrúpulos, há quase 50 anos enterrados

    Vai se juntar aos seus escrúpulos, há quase 50 anos enterrados, junto com as favas

  4. A melhor definição do que foi

    A melhor definição do que foi o político Jarbas Passarinho foi feita por ele mesmo quando, em 68, disse esse frase durante e reunião em que se decidiu a adoção ao AI-5, em que se acabou definitivamente com a liberdade de expressão no Brasil:

    “Às favas, senhor presidente, nesse momento, todos os escrúpulos de consciência” . E alguém que fala uma frase terrível dessa, a melhor definição do que foi o regime militar, foi ministro da educação. 

    Pelo menos, enfim, morre um fdp e não gente do quilate de Ali, Prince, Bowie, George Martin, Fernando Faro, Cauby.

     

  5. Infelizmente deixa o gene fascista em seus filhos, netos e

    bisnetos!!!Espero que tenha algum que me saiu uma ovelha vermelha , para melhorar um pouco o histórico da família.

    Quanto mais velha fico mais os ditados ditos por minha mãe vão se aplicando : “Vaso Ruim não quebra”, 96 anos???

    Imagina comm a melhoria  de IDH quanto tempo o FHC vai viver 🙁

  6. Passarinho.

    Já foi tarde. Aliás, muito tarde, pelo muito que êle fez contra as liberdades. É só pesquisar quem foi êle, e verificar o que estou dizendo. Vai ser companheiro de Ulstra, Costa e Silva e muitos outros no inferno.

     

  7. DNA de golpista

       Começou na “politica” em 1954, quando ainda Major cursando a ECEME/RJ, participou ativamente de atos golpistas junto com oficiais da aeronautica na “Republica do Galeão”, como um dos mais ferrenhos lacerdistas do exército.

  8. IMPRESSIONANTE COMO

    IMPRESSIONANTE COMO TRANQUEIRAS SOBREVIVEM E ULTRAPASSAM SÉCULOS. AINDA BEM QUE SE FOI, UM GOLPISTA A  MENOS NO MUNDO.

  9. Que YHVH me perdõe !
    Quando é

    Que YHVH me perdõe !

    Quando é que o cramunhão vai convocar essa turma do PSDB em final de carreira para prestar serviço no Hades.

    Espero que seja antes de venderem o Brasil.

     

    1. Demora

        O Capeta não gosta de concorrência em seus dominios, só leva quando não tem mais jeito de segurar seus representantes na Terra.

  10. Morre um dos responsáveis

    Morre um dos responsáveis pela destruição da educação pública brasileira. Não deixará saudades.

  11. A foto é do Jarbas Passarinho.

    A foto é do Jarbas Passarinho. Desde  1965  quando trabalhei como menor aprendiz de indústria em Osasco-SP eu venho vendo a foto dessa infeliz figura e sentindo na pele seus malfeitos elitistas e antidemocráticos, como Ministro do Trabalho, da Educação e da Previdência Social, causou muita dor e sofrimento ao povo brasileiro. Já vai tarde. 

        1. Olho por olho, não!

          Olho por olho seria se, renunciando aos escrúpulos de consciência, eu torturasse Jarbas Passarinho, matasse algum filho dele torturado, desaparecesse com algum irmão dele ou estuprasse alguma filha dele durante uma prisão injusta. Isso sim seria olho por olho.

          E se vai fazer bem ao fígado, se vai trazer algo de bom: quando você perguntar isso aos torturadores, em relação a terem matado, torturado, estuprado e sumido com os outros, eu respondo da minha parte.

          1. Caro Alan
            Tocou no ponto. O que não desejo é justamente que não nos aproximemos do que pior existe na raça humana. A nós pode dar engulhos, esse povo sente prazer. E o ódio faz com que esse prazer aflore. Este é meu medo.

          2. Ser “do bem” não vai nos salvar do mal

            O que nos salva do mal é saber se defender dele e saber derrotá-lo. Para tanto, se preciso for, à força. Não adquiri ainda a grandeza espiritual suficiente para me deixar imolar em nome de ser do bem.

    1. ódio não

      Não é ódio. É nojo, repugnância e desdém. Ódio é o inverso da paixão. Só odeia quem sentiu paixão e foi rejeitado. Quem odeia desejou o objeto/pessoa pelo qual foi apaixonado e não o teve ou o perdeu. Se tem uma coisa que a gente não deseja é ter sido esta excrecência. A boa notícia de sua morte, infelizmente, sempre será mitigada por 96 anos perdidos.  

  12. Seguros

    Quando Passarinho era ministro do trabalho, houve a estatização do seguro de acidentes trabalhistas. O setor sentiu-se prejudicado e conseguiu do governo a criação do seguro obrigatório de veículos, como compensação. Durante muitos anos as seguradoras não pagaram indenização nenhuma e, até hoje, levam um dinheiro que considero quase furtado: milhões de donos de carros têm seguros integrais, mas são obrigados a pagar também o chamado obrigatório, no licenciamento. Por acaso eles receberão indenizações em dobro?

  13. Um passarinho

    Um passarinho terrorista

    http://tribunadainternet.com.br/um-passarinho-terrorista/

    Sebastião Nery

    Em 1967, os metalúrgicos de Minas pararam. Era a primeira greve geral depois do golpe militar de 1964. Costa e Silva acabava de receber o plantão de Castelo Branco, falando em humanização do poder. Jarbas Passarinho, ministro do Trabalho, desceu em Belo Horizonte e foi ao sindicato dos Metalúrgicos, na Rua da Bahia. O salão lotado de operários:

    – Nós podíamos ter trazido os canhões e trouxemos o diálogo. Nós podíamos ter trazido a força e trouxemos o entendimento. Nós podíamos ter trazido o poder e trouxemos a paz.

    Falou uma hora, os operários ouvindo. De repente, mudou de tom:

    – Vocês já sabem o que nós pensamos. Vocês já sabem o que nós achamos que deve ser feito. Nós queremos agora que vocês falem, digam o que pensam. Você aí, sentado à frente, nós queremos saber o que você pensa.

    Amassando nervoso o boné nas mãos calosas, o velho operário levantou-se, olhou bem para o ministro, perguntou com a voz rouca e forte:

    – “Nós”, quem, ministro?

    E sentou-se. A reunião acabou. Passarinho foi embora.

    ***
    TERRORISMO

    Em 2008, em um artigo furibundo, na “Folha”, sobre tortura e terrorismo, Jarbas Passarinho lembrou bem que “a Constituição trata ambos como crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça”:

    “O ministro Paulo Vannuchi (Direitos Humanos) foi militante da Ação Libertadora Nacional, liderada por Marighella, cujo manual de guerrilha defendia o terrorismo. O antecessor dele (Nilmario Miranda) foi outro militante de guerrilha… O objetivo deles tem sido muito claro: queixar-se de torturas na luta armada e esconder o terrorismo que praticaram. Falta-lhes, pois, substância moral para a queixa”.

    Ao ex-ministro Jarbas Passarinho também lhe falta “substância moral para a queixa”, porque ele foi um terrorista. A Constituição o denuncia.

    ***
    GILMAR MENDES

    Passarinho também  citou o inciso 43 do art. 5º da Constituição:
    “São crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura (sic), o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo (sic) e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem”.

    E o que é “terrorismo”? A Constituição responde muito bem. Mas Passarinho esqueceu de citar, engaiolou a definição, o inciso 44 do art. 5º: “É crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados (sic), civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático”.

    Logo, todos eles, “civis ou militares”, que em 1964 agiram “contra a ordem constitucional e o Estado Democrático”, segundo a Constituição, foram terroristas. O País tinha uma Constituição, uma “ordem constitucional, um Estado Democrático”, com Executivo, Legislativo e Judiciário. Um grupo de “civis e militares”, sobretudo de militares, rasgou a Constituição, destruiu a ordem constitucional e acabou com o Estado Democrático.

    ***
    GOLPE DE 64

    Segundo a Constituição, foram “terroristas”. Derrubaram o presidente e assaltaram o Executivo. Cassaram metade do Congresso e mutilaram o Legislativo. Expulsaram ministros do Supremo e castraram o Judiciário.
    Mourão Filho foi terrorista. Castelo foi terrorista. Costa e Silva foi terrorista. Médici terrorista. Geisel terrorista. Figueiredo terrorista. Golbery terrorista. Todos os que comandaram o golpe de 64, militares ou civis, Lacerda, Magalhães ou Ademar, “contra a ordem constitucional e o Estado Democrático”, foram terroristas. Quem diz é a Constituição e o Supremo.

    Jarbas Passarinho também foi terrorista. Tenente-coronel e chefe do Estado-Maior do Comando Militar da Amazônia, juntou-se a um grupo de militares, sem nenhuma decisão judicial, derrubou o governador eleito do Estado, assaltou o governo, pôs na prefeitura da capital um afilhado de casamento e passou a agir como se o Pará fosse a casa da mãe Joana.

    ***
    BAHIA

    Então, o homem que mandou “os escrúpulos às favas” diz que “facções desencadearam a luta armada de 1967 a 1974, todas terroristas”. E o que aconteceu de 64 até 67 e 74 não existiu? Como um Hitlerzinho ou um Stalinzinho de gaiola, Passarinho corta a História com uma bicada.

    Como é que ele assaltou o governo do Estado? Dançando uma valsa, rodando um carimbó? Nada disso. Foi numa “ação de grupos armados, militares e civis, contra a ordem constitucional e o Estado de Direito”.

    Não foi só o Pará. Na Bahia, a mesma coisa. Queriam era assaltar e usar o poder. O bravo prefeito Virgildásio Sena, de Salvador (por sinal, da UDN), foi derrubado, preso e expulso para o Rio, sem qualquer acusação nem pedido de desculpa. Em Feira de Santana, o inesquecível Francisco Pinto foi derrubado da prefeitura, seqüestrado, a Câmara toda presa, levado preso, sem nenhuma acusação ou condenação. E Pedral Sampaio, de Conquista, o deputado Mario Lima, líder dos petroleiros, eu. Centenas.

    Todos nós enfiados no medieval Forte do Barbalho. Meses e meses depois, soltos. Nenhuma acusação. Os terroristas fardados queriam o poder.
    Passarinho põe a carapuça: “Apareceram juristas doutrinando sobre a imprescritibilidade da tortura, mas omitem o terrorismo”. Nunca omiti. Constitucionalmente, ele e os chefes de 64 foram terroristas.

     

  14. Anjos me disseram que tem um
    Anjos me disseram que tem um Cassius Marcelus Clay esperando o passarinho passar na brabuleta. Preparado de encomenda, um jab de esquerda. Mandará o dito pioso para o limbo eterno.
    Melhor falarmos de gente. Muhamad Ali, por exemplo.

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