André Esteves passa controle societário do BTG Pactual

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O banqueiro André Esteves deixou o controle societário do banco BTG Pactual e da BTG Pactual Participations. De acordo com fato relevante divulgado ao mercado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), foi feita uma troca de ações entre André Esteves e os chamados Top Seven Partners, grupo composto por Marcelo Kalim, Roberto Balls Sallouti, Persio Arida, Antonio Carlos Canto Porto Filho, James Marcos de Oliveira, Renato Monteiro dos Santos e Guilherme da Costa Paes, sócios e administradores do Grupo BTG Pactual.

Com essa permuta de ações, houve a alteração no controle societária das companhias, que passa a ser exercido pelo grupo. A alteração de controle societário está sujeita a aprovação do Banco Central.

No último final de semana, Esteves renunciou aos cargos de diretor-presidente e de presidente do Conselho de Administração do BTG Pactual e de companhia ligada ao banco. De acordo com comunicado ao mercado, Persio Arida, que estava no cargo de presidente interino, assumiu a presidência do Conselho de Administração das instituições. Foram eleitos Kalim e Sallouti para o cargo e exercício conjunto, por ambos, das funções de diretor-presidente do Banco BTG Pactual e da BTG Pactual Participations.

Investigados pela Operação Lava Jato, Esteves e o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) foram presos na última quarta-feira (25), acusados de atuarem para obstruir a investigação e tentar fazer o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró desistir do acordo de delação premiada.

Com o anúncio, as units do BTG Pactual tiveram negociação suspensa na Bovespa até 14h desta quarta-feira. Segundo informações da bolsa, esperam-se maiores esclarecimentos sobre a mudança do controle acionário.

 

 

(com Agência Brasil) 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

12 Comentários

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    1. Mas que eu gostaria de ter assistido

      ás tratativas e como chegaram a um acordo! Se é que teve de fato, por que podem ter tido contratos de gaveta para na superfície resolver o caso com o BACEN – poder fiscalizatório e as agências de notação, e deixar o acerto real para depois da volta das masmorras…

      1. És do ramo

           É só uma “permuta”, as units de controle de Esteves, passaram a “dormir” na carteira do Top Seven, assim o BTG Pactual pode, sem necessitar da anuência de Esteves, ou mesmo de um futuro processo dele contra o “Banco”, começar a se livrar de ativos, com já fez hj. na venda de parte da Rede D’Or de hospitais para um fundo de Cingapura, e oferecendo ao mercado outras carteiras de empréstimos e financiamentos de longo prazo, concentrando-se nas operações mais rentaveis de curto prazo ( a origem de todos estes da Top Seven ).

  1. BTG PACTUAL

    Interessante a proteção da grande mídia para o BTG PACTUAL não ir para o vinagre, NÃO VI E NÃO VEJO A MESMA PROTEÇÃO A PETROBRÁS!!!!

  2. O estrago nas ações de banco

    O estrago nas ações de banco será que vai convencer os bancos a não anunciar mais na Globo? GLOBO, jornais e estações aplaudem freneticamente o desmonte da economia brasileira por ações justiceiras.

    1. Acho que não. Vão continuar

      Acho que não. Vão continuar anunciando. E o governo petista também. E aposto que até as empreiteiras se não forem à falência também, assim como as estatais.

  3. Marcelo Kalim, Roberto Balls

    Marcelo Kalim, Roberto Balls Sallouti, Persio Arida, Antonio Carlos Canto Porto Filho, James Marcos de Oliveira, Renato Monteiro dos Santos e Guilherme da Costa Paes

    E para o Lula, para o filho de Lula, para o primo de Dilma que acertou na mega sena, para a nora do tesoureiro, como é que fica

    Que amigo ingrato, não se faz mais amizades como antigamente.

  4. Turma da pesada – Top Seven Partners

    ……..O banco Pactual foi construído por Luiz Cesar Fernandes. No seu apogeu, esta instituição financeira fez inúmeras fusões e aquisições, como quando a Lacta foi vendida para a maior empresa de comestíveis dos EUA. Comprou a companhia de energia do Espírito Santo, fez avançadas negociações com a Florida Power, entre outras. Luiz Cesar foi a cabeça do Pactual na década de 80. 

    Homens que Luiz Cesar criou o apunhalaram pelas costas, fazendo com que negócios feitos por ele fossem vistos como individuais, e não do banco. Isso fez com que Luis Cesar fosse afastado do banco, sendo encarado quase como devedor. 

    Muitos desses que o apunhalaram sofrem. Um está fugido, por sonegação fiscal no Brasil, e vive em Londres. Outros não devem olhar para Luis Cesar com os olhos abertos.

    No ano de 2008, André Esteves deixou o então banco Pactual para fundar a BTG, uma empresa de investimentos. 

    A grande sacada de André Esteves aconteceu em 2009, quando ele junto com um grupo de sócios efetuou a compra de um banco que ele próprio havia vendido três anos antes ao grupo suíço UBS. Na época, em 2006, Esteves vendeu o banco por US$ 3,1 bilhões e recomprou por quase US$ 2,5 bilhões. Poucos dias após o fechamento do negócio o banco reabriu com o nome de BTG Pactual.  

    Apenas em 2011, o BTG Pactual obteve um rendimento líquido de R$ 1,9 bilhão, um valor 18,8% superior ao lucro de 2010.

    Cutolo

    Nos quadros do BTG Pactual, um dos personagens proeminentes é Sergio Cutolo, que foi presidente da Caixa Econômica Federal no governo Fernando Henrique Cardoso. Cutolo ganhou evidência quando Antônio Brito, então Ministro da Previdência (1992), lhe concedeu a Secretaria Executiva do ministério. Quando Antonio Brito se elegeu governador Rio Grande do Sul, assumiu o Ministério da Previdência Social (1993). Depois, assumiu a presidência da Caixa Econômica no primeiro Governo FHC, respondendo ao Ministério do Planejamento.

    Em janeiro de 1999 deixou a Presidência da Caixa da Econômica Federal e assumiu a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano, respondendo à Presidência da República. A pasta cuidaria de habitação, saneamento e transporte de massa.

    Na crise do mercado financeiro de 2002, Cutolo foi peça fundamental para que o Pactual não sofresse impactos e não desaparecesse do cenário econômico

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