Após 16 meses, bolsa supera marca dos 57 mil pontos

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – As bolsas se recuperaram de forma consistente da queda apresentada nas negociações da última quinta-feira, a ponto de as operações brasileiras superarem o patamar de 57 mil pontos pela primeira vez desde março de 2013.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou as operações de sexta-feira em alta de 2,47%, aos 57.012 pontos e com um volume negociado de R$ 10,169 bilhões. Agora, o índice passa a acumular ganho mensal de 7,23%, e de 10,69% no ano.

As bolsas se recuperaram hoje de sua queda de ontem, em meio a crises no Oriente Médio e na Ucrânia. “O mercado parece ter assimilado bem a as noticias negativas de ontem e passou a focar nos resultados das empresas e nos fundamentos econômicos”, diz o BB Investimentos, em relatório assinado pelo analista Fabio Cardoso.

Um exemplo da menor aversão apurada no mercado pode ser vista no Índice de Volatilidade da Bolsa de Chicago (VIX), que caiu 16% nesta sexta, para 12,26, a maior queda desde outubro, depois de ganhar 32% ontem.

“Por aqui, ainda acrescenta-se a esse cenário a volatilidade trazida pela divulgação de pesquisas eleitorais, como a divulgado ontem pelo Data Folha, mostrando uma disputa de segundo terno com empate técnico entre os dois principais candidatos”, pontua Cardoso.

Quanto aos indicadores divulgados, a segunda prévia da inflação de julho medida pelo IGP-M (Fundação Getúlio Vargas) mostrou deflação de 0,51%, ante -0,64% antes e consenso de -0,40%. Nos Estados Unidos, o índice de Confiança medido pela Universidade de Michigan veio em 81,3 em julho, ficando abaixo do indicador de junho, de 82,5. O índice de indicadores antecedentes (medida de atividade futura do conference board) aumentou 0,3% em junho.

Quanto ao dólar, a cotação comercial fechou em queda de 1,35%, a R$ 2,228 na venda. Pode-se dizer que o desempenho da moeda foi diretamente afetado pela divulgação da pesquisa Datafolha. Para analistas, a sinalização de mudanças na trajetória política foi considerada favorável, o que levou os investidores a comprarem ativos nacionais.

As intervenções do Banco Central no mercado de câmbio também afetaram as negociações com a moeda norte-americana. A autoridade monetária efetuou um novo leilão de rolagem dos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em 1º de agosto. Ao todo, foram vendidos 7 mil swaps com vencimento em 1º de julho de 2015, em operação que movimentou o equivalente a US$ 346,1 milhões. Também foram oferecidos swaps para 4 de maio de 2015, mas nenhum foi negociado.

Também foram vendidos 4 mil contratos de swap cambial com vencimento em 2 de fevereiro de 2015, em um total movimentado de US$ 198,9 milhões. O BC também ofertou contratos para 1º de junho de 2015, mas não vendeu nenhum.

Para segunda-feira, os destaques são a publicação do relatório Focus e dos dados semanais de balança comercial no Brasil, além do índice de atividade econômica nacional nos Estados Unidos. A próxima semana também marca o início da temporada de balanços referentes ao segundo trimestre do ano.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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