Após balanços, mercado terá quinta-feira de muitos indicadores

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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A bolsa de valores teve uma quarta-feira de volatilidade, com o pregão acompanhando os últimos balanços financeiros referentes ao primeiro trimestre e a divulgação de indicadores no mercado internacional. A tendência é que as negociações de quinta-feira apresentem comportamento semelhante.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores de São Paulo) encerrou o dia em alta de 0,49%, aos 54.936 pontos e um volume negociado de R$ 8,074 bilhões. Pode-se dizer que o comportamento favorável das bolsas norte-americanas ajudou o mercado brasileiro a avançar, assim como a divulgação de outros indicadores.

“As vendas do varejo ficaram dentro do esperado, assim como os resultados bons de algumas empresas”, diz o analista Gabriel Ribeiro, da Um Investimentos. Entre os resultados financeiros com peso no desempenho da bolsa estiveram a Rossi Residencial e JBS.

Os papéis da OGX também se destacaram no período. Segundo Ribeiro, o comportamento neste caso foi afetado pelo desempenho da companhia na rodada de licitação da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), na qual conseguiu arrematar 10 blocos de exploração por R$ 300 milhões. “A questão de diversificação de portfólio é importante, mas ainda não existem dados concretos sobre essas novas áreas”, pontua Ribeiro.

Apesar dos dados enfraquecidos na economia norte-americana, a sinalização do Federal Reserve (o Banco Central dos Estados Unidos) no sentido de manter os estímulos econômicos diante da divulgação de indicadores abaixo do esperado – como ocorreu com a produção industrial e as vendas de itens manufaturados – trouxe algum alívio aos agentes.

Já a agenda de quinta-feira estará carregada de eventos. No Brasil, destaque para o anúncio do IGP-10 (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna 10) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e para o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central). No exterior, o foco estará concentrado nos preços ao consumidor na zona do euro e dos Estados Unidos, além dos pedidos de seguro-desemprego no mercado norte-americano e a sondagem industrial. “Como vários dos dados serão divulgados antes da abertura do pregão, eles deverão ser os drivers do dia”, diz o analista da Um Investimentos.

Contudo, o investidor deve ter em mente que a oscilação do dia-a-dia não deve ser um fator de influência para o investimento no longo prazo, como afirma o analista independente Richard Rytenband. “Os ruídos de curtíssimo prazo afetam o dia-a-dia, mas os preços convergem para os fundamentos no médio prazo”, ele explica. “Determinadas ações podem ser afetadas em alguns pregões, mas depois de abrir oportunidade deve-se ver qual o ponto em que ela deveria estar em alguns trimestres, e a partir daí calcar nos fundamentos que vão convergir para isso”. 

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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