Bolsa sobe 0,29%, mas clima de ceticismo permanece

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A bolsa de valores encerrou as operações em alta após três pregões consecutivos, com os investidores acompanhando os dados de confiança nos Estados Unidos acima das expectativas e o clima de turbulência nos países emergentes.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou a terça-feira em alta de 0,29%, aos 47.840 pontos e um volume negociado de R$ 5,311 bilhões. Agora, a bolsa acumula +0,11% na semana, -7,12% no mês, -7,12% no ano e -20,30% em 12 meses. as maiores altas foram as ações da Energias BR (ENBR3), Rossi Residencial (RSID3) e Lojas Americanas (LAME4). Já as maiores baixas ficaram por conta dos papéis das empresas BR Malls (BRML3), Sabesp (SBSP3) e Klabin (KLBN4).

De acordo com o BB Investimentos, a bolsa seguiu os principais mercados norte-americanos, “com os investidores dando uma pausa nas vendas recentes após a divulgação do dado da confiança do consumidor dos EUA melhor do que o esperado pelos economistas e em meio à divulgação dos resultados corporativos no país. As preocupações com as economias emergentes ainda persistem, com a Argentina e a Turquia no foco dos agentes”.

“O dia foi de agenda tranquila de novo, com os mercados operando em recuperação. É um dia de ajustes”, diz o analista Pedro Galdi, da corretora SLW. “Lá fora, o Banco da Índia aumentou os juros para 8,5%, o que pode se configurar em uma tendência para os emergentes. O câmbio está pressionado no mundo inteiro, e não é só o Brasil que sente, países como Turquia também são afetados”, disse.

O Banco Central da Turquia convocou uma reunião extraordinária nesta noite (28), e a expectativa é que medidas com relação aos juros sejam anunciadas. Os agentes também aguardam o pronunciamento dos representantes do Banco Central da África do Sul, que será realizado nesta quarta-feira. No geral, o que se vê é um clima de mau humor entre os representantes dos países em desenvolvimento com o Federal Reserve (o Banco Central norte-americano) em enxugar sua liquidez via redução do programa de compra de bônus. Para conter a fuga de capital, muitos países terão de fazer ajustes em suas políticas cambiais e de juros.

No câmbio, a cotação encerrou as negociações em alta de 0,21%, a R$ 2,4270. Segundo informações do serviço Broadcast, da Agência Estado, a decisão tomada pelo Banco Central da Índia ajudou a reduzir o clima de tensão envolvendo as negociações com moeda, mas também se viu um ajuste de posições por conta do avanço apurado nos últimos dias.

Na agenda macroeconômica, os agentes esperam pela publicação dos dados de crédito no Brasil em dezembro. No exterior, destaque para a decisão dos juros pelo Federal Reserve, os dados do varejo (ritmo do comércio e vendas) no Japão e os números da sondagem dos gerentes de compra (referente a fabricação) na China.

Outro ponto de destaque na agenda é o início da temporada de divulgação de resultados financeiros no mercado brasileiro referentes ao quarto trimestre e ao ano de 2013 – uma das primeiras publicações será da processadora de cartões Cielo, mas os balanços da Fíbria, Banco Santander e Banco Bradesco devem ser divulgados ainda nesta semana.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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