Braskem tem prejuízo de R$ 24 milhões no quarto trimestre

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A empresa de petroquímicos Braskem encerrou o quarto trimestre com um prejuízo líquido de R$ 24 milhões por conta da piora no resultado financeiro. Em 2014, a Braskem registrou lucro líquido de R$ 726 milhões, positivamente influenciado pelo melhor resultado operacional e pela alienação de ativos não estratégicos.

Os números do quarto trimestre foram diretamente afetados pelo resultado financeiro líquido, que registrou um resultado negativo de R$ 721 milhões, comparado a uma despesa de R$ 632 milhões no trimestre anterior. Contudo, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 1,359 bilhão, alta anual de 17%, puxada pelo aumento da receita e por ganhos obtidos com a quitação integral do parcelamento do Refis no trimestre.

No quarto trimestre, a Braskem registrou receita líquida consolidada de US$ 4,6 bilhões, uma queda de 11% em relação ao terceiro trimestre, explicada pelo menor volume de vendas e pela queda de preços no mercado internacional. Em reais, a receita foi de R$ 11,6 bilhões, 1% inferior ao trimestre anterior, atenuado pela desvalorização média do real de 12% entre os períodos. Excluindo-se da análise a revenda de nafta/condensado, a receita do trimestre apresentou queda de 12% em dólares e 1% em reais. Em 2014, a receita líquida consolidada atingiu R$ 46 bilhões, uma alta de 12% na comparação com o ano anterior.

Segundo avaliação da corretora Coinvalores, a Braskem apresentou resultados mais tímidos e alinhados com a sazonalidade do período – e os dados seriam piores se não fosse o movimento cambial (desvalorização média de 12% entre o quarto trimestre de 2014 e o trimestre imediatamente anterior), que acaba por favorecer as exportações.

“Quando comparamos receita líquida e EBITDA do trimestre em análise com o mesmo período do ano anterior, os números são favorecidos pelo câmbio enquanto que na comparação com o trimestre anterior, o nível de atividade doméstica, a sazonalidade e a queda de preços no mercado internacional (acompanhando a queda de preços da nafta) justificam os menores números. O resultado final do trimestre foi ainda mais pressionado por conta do impacto da variação cambial no resultado financeiro”.

Segundo a corretora, a expectativa é de continuidade da recuperação externa (representa cerca de 40% da receita), ao mesmo tempo em que não estão previstas paradas programadas para 2015, fato que sustenta a perspectiva de uma taxa de operação dos crackers em 90%. 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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