Petrobras sobe, mas setor externo afeta ganhos da bolsa

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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No câmbio, cotação do dólar termina em alta de 0,87%, a R$ 3,366

Jornal GGN – A bolsa brasileira fechou o pregão de quinta-feira em leve alta, afetada pela piora do setor externo, apesar dos ganhos da Petrobras sustentarem parte do índice mesmo com a queda do preço do petróleo.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou as operações em alta de 0,22%, aos 52.014 pontos e com um volume negociado de R$ 6,217 bilhões.

Na agenda econômica, internamente, o IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna), divulgada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) subiu 1,63% no período, influenciado pela alta significativa nos preços ao atacado e na construção civil, parcialmente compensados por uma tímida aceleração nos preços ao consumidor. “Apesar de acelerar ante a medição de maio (+1,13%), o número veio em linha com a mediana das projeções de mercado, em +1,67%, e ligeiramente abaixo do IGP-M, que registrou uma inflação de 21 de maio a 20 de junho em 1,69%. No entanto, todas as atenções quanto a inflação estão voltadas para a divulgação do IPCA, amanhã, o indicador oficial de inflação ao consumidor brasileiro apurado pelo IBGE”, explicam os analistas do BB Investimentos, em relatório.

Em termos acionários, a alta foi puxada pelo desempenho positivo das ações da Petrobras, do Itaú Unibanco e do Bradesco. As ações ordinárias da Petrobras (PETR3) subiram 2,4%, a R$ 11,97, enquanto os papéis preferenciais da Petrobras (PETR4) avançaram 0,63%, a R$ 9,56. Mesmo com a queda do preço do petróleo no exterior, os papéis da estatal foram influenciados pelo anúncio do lançamento de novos títulos de dívida com vencimento para 2021 e 2026. Com a operação, a estatal espera captar mais de US$ 2 bilhões.

“Nos mercados estrangeiros, fechando o gap de defasagem com a melhora do humor no mercado norte-americano na sessão anterior, quando estas estavam fechadas, as bolsas Europeias e asiáticas operaram, em sua maioria, no positivo. Já nos EUA, as bolsas até ensaiaram algum ânimo pela manhã, mas arrefeceram e encerraram a sessão próximas à estabilidade”, diz a corretora. Externamente, a ata da reunião do Banco Central Europeu foi considerada não apenas sem novidades, como até defasada, pois a decisão da autoridade quanto à manutenção da taxa de juros, ocorrida no dia 02 de junho, ainda não considerava o resultado do Brexit. “O BCE reiterou no documento que “as pressões inflacionárias continuam fracas na zona do euro e que a inflação subjacente ainda precisa dar sinais claros de tendência de alta”. Dados preliminares de junho mostram que a inflação anual do bloco está em apenas 0,1%,

muito abaixo da meta oficial do BCE, que é de uma taxa ligeiramente inferior a 2%. Ainda na ata, o BCE voltou a repetir que, se necessário, está pronto para voltar a agir com novas medidas de estímulos, utilizando todos os instrumentos de política monetária de que dispõe”.

No câmbio, a cotação do dólar comercial subiu pelo quinto pregão consecutivo e fechou em alta de 0,87%, cotado a R$ 3,366 na venda. Com isso, o dólar acumula valorização de 4,75% nas últimas cinco sessões, mas tem queda acumulada de 14,74% durante o ano.

A moeda chegou a operar em queda em parte da manhã, mas mudou de sentido conforme os preços do mercado internacional começaram a cair. Além disso, o Banco Central atuou no mercado de câmbio pela quinta sessão seguida. A autoridade monetária vendeu 10 mil contratos de swap reverso, que equivalem à compra futura de dólares.

Para sexta-feira, os analistas aguardam a publicação da balança comercial e do saldo em conta corrente na Alemanha; produção industrial na França; balança comercial na Grã-Bretanha; IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) e o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) no Brasil; e os dados de mercado de trabalho (taxa de desemprego e abertura de novas vagas) nos Estados Unidos.

 

 

(com Reuters)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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