As vendas de material de construção melhoraram nos meses de fevereiro e março, e a expectativa do setor é de que a demanda dos segmentos de varejo e infraestrutura impulsionem as vendas nos próximos meses, desde que as políticas para melhora de emprego e renda sejam mantidas, conforme estimativas traçadas pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).
A indústria de materiais de construção ampliou suas vendas em 13,8% em relação a fevereiro, enquanto o avanço apurado ante 2012 foi de 0,2%. O resultado acumulado do primeiro trimestre subiu 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado, ao passo que a avaliação nos últimos 12 meses apresentou crescimento de 0,8% na comparação com os 12 meses anteriores.
O nível de emprego na indústria de materiais de construção subiu 1% em relação a fevereiro, mas perdeu 1,1% quando comparado com o indicador do ano passado. O setor fechou o mês de março com um crescimento de 0,2% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Segundo a Abramat, “o crescimento de 1,7% no primeiro trimestre está longe da previsão de 4,5% para 2013; se não houver uma reação positiva nos próximos dois meses iremos reavaliar essa projeção para o ano”. Segundo ele, o atingimento das expectativas neste ano dependerá da manutenção da política de estimulo ao consumo pelas famílias, e da manutenção dos níveis de emprego e renda, “mas também de medidas de estímulo como a desoneração do ICMS pelos estados, e aumento dos investimentos em infraestrutura que resultarão das concessões de rodovias, portos e aeroportos esperados para este ano”.
“O resultado deste mês de março pode representar o inicio de um ciclo mais forte de vendas, em função de um incremento nos segmentos do varejo e da infraestrutura”, explica Walter Cover, presidente da Abramat, ressaltando que, uma vez mantidas as políticas de aumento da renda e do emprego, com o crédito em condições mais vantajosas, haverá um maior volume de vendas de materiais para as famílias. Enquanto isso, as novas concessões em logística irão puxar as vendas para as obras de rodovias, portos e aeroportos.
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