De verdades e mentiras – a “nossa crise” nas páginas da Folha, por Sérgio Saraiva

Como, partindo de uma manipulação de informação, a Folha de São Paulo traça o diagnóstico correto do porquê chegamos ao golpe e aonde vamos com ele.

as botinas do coronel

De verdades e mentiras – a “nossa crise” nas páginas da Folha

por Sérgio Saraiva

O editorial de 04 de setembro de 2016 da Folha, ”A crise é nossa”, é uma miscelânea de dados servida ao gosto do mau humor do articulista para com o governo Dilma. Isso para dizer o menos, já que, no mais, trata-se da costumeira manipulação de informação.

Assim, ficamos sabendo que no período entre 2011 e 2015 o Brasil cresceu 5%, mais que a Itália e o Japão. E se o articulista quisesse, poderia lembrar que em 2011 a economia do Brasil havia superado a da Inglaterra. Caso retroagisse o período estudado ao início da crise em 2008, poderia afirmar que o Brasil cresceu, em vários momentos, mais que os EEUU.

Mas, não. O que interessa ao editorial é concluir que isso não interessa. Porque se tratariam de países muito mais ricos do que o Brasil. Logo não comparáveis.

O que interessa ao editorial é que a Austrália, também chamada de rica, cresceu 14% no mesmo período, a Turquia 24% e a paupérrima Indonésia 31%. Sim, isso interessa. E por que agora interessaria? Porque provaria que o governo Dilma foi uma tragédia para a economia do país.

E por aí vai:

“A renda per capita da Colômbia cresceu 19% de 2011 a 2015. Nesse período, no Brasil presidido por Dilma Rousseff (PT), o crescimento foi de 0,1%. No Peru e no Paraguai, 18%. No Uruguai, 17%. Nossas agruras são, na maior parte, derivadas de uma política interna tão irresponsável quanto mal formulada, agravada por favores estatais e fraudes. Não há crise mundial para desculpá-las”.

Tolices. Escolhem se os dados favoráveis aos argumentos, desprezam-se os desfavoráveis.

Até porque o crescimento econômico é um índice enganoso se não sabemos quem se apropriou dos resultados desse crescimento, se a sociedade como um todo ou apenas a elite rentista.

Em 2014, por exemplo, o Brasil apresentava um quadro de pleno emprego, com um índice de desemprego de apenas 4,3% em dezembro. Além de um crescimento de 28% do rendimento do trabalho no período desde 2005.

O que, não por coincidência, parece escapar ao editorial é o ponto de viragem ocorrido entre 2014 e 2015 quando o Brasil mergulha em uma retração econômica de menos 3,8% em um só ano.

Fruto mal da má administração do governo Dilma?

Resultado econômico da guerrilha política que se instalou no país com 4ª vitória consecutiva do PT nas eleições presidenciais. Da insubordinação burguesa aos resultados das urnas, da ruptura do pacto democrático de 1988 capitaneada pelo poder econômico apoiado pelo Poder Judiciário insurreto e pela mídia golpista.

Quisesse comparações, o editorial deveria fazê-las com o Egito e a Síria que também viveram suas “primaveras” ou com Honduras e Paraguai que sofreram o mesmo tipo golpe. Não lhe interessou, por razões óbvias.

Poderia buscar paralelos com a Venezuela, tantas vezes fizeram isso. Bastaria ir algumas páginas adiante na mesma edição, onde um Clovis Rossi sem noção pede que o governo golpista do Brasil ajude a derrubar o governo democraticamente eleito de Nicolás Maduro.

“… já que a Venezuela se meteu em assuntos internos brasileiros ao considerar ilegítima decisão soberana do Congresso Nacional, é hora de o Brasil reagir e pôr pressão para tentar salvar a Venezuela de um fracasso que, com Maduro, só se acentuará”.

Mas o editorial não se atreve a tanto. Fizesse e revelaria as razões de um governo frágil como o de Maduro estar em pé e o de Dilma ter sido derrubado. E nada tem a ver com a maior ou menor capacidade de gestão econômica. Está lá, com todas as letras e com todo o descuido que a arrogância dos vencedores permitiu a Rossi:

“No Brasil, o governo do PT, tantas vezes equiparado ao bolivarianismo, não mexeu um dedo para dificultar a mobilização pró-impeachment. Na Venezuela, ao contrário, o governo foi ao extremo… Exatamente pela truculência do governo venezuelano, é pouco razoável esperar que as marchas contribuam na Venezuela para o desenlace aqui ocorrido, ou seja, o afastamento do presidente de turno”.

Claro, truculento sempre são os outros. A repressão do governo golpista que tomou o poder no Brasil ao “Fora Temer” é puro exercício democrático. Temer não é um idiota, sabe tão bem quanto Rossi e quanto o editorialista qual foi o grande erro do governo Dilma:

“Se o “conjunto da obra” acabou sendo o real motivo para decapitar Dilma, Maduro merece muito mais a defenestração. Mas, ao contrário da então mandatária brasileira, que seguiu as regras do jogo, Maduro transformou seu país em uma “democracia autoritária”, …”

O texto de Rossi vale pelo sarcasmo e pela aula de realpolitik. Por seguir as “regras do jogo”, Dilma foi decapitada pelo “conjunto da obra”. Esse foi seu “crime de responsabilidade”.

É disso que o editorial não trata.

Como não trata do que é, a partir do “Golpe de agosto de 16”, a nossa verdadeira crise – a ilegitimidade do governo usurpador de Michel Temer. A Folha, no entanto, sabe que esse é o assunto que interessa. E nesse sentido, a análise de Matias Spektor na própria Folha não deixa dúvidas.

“O Palácio do Planalto calculou que a estreia internacional de Michel Temer seria um divisor de águas entre o interinado e o exercício pleno da Presidência. Os fatos atrapalharam a estratégia. Enquanto Henrique Meirelles dizia a empresários em Xangai que o país é “seguro e estável” e não há “conflitos políticos”, o noticiário chinês mostrava confrontos nas ruas paulistanas.

Os dois desafios imediatos são as viagens de Temer à Argentina e aos Estados Unidos. Mauricio Macri é simpático… mas a tese do golpe ganhou adeptos em setores do partido Democrata, hoje preferido para as eleições de novembro. Não será um editorial elogioso a Temer do “Wall Street Journal” que vai abrir bons canais de comunicação e espaço para atuação de alto nível junto a um possível governo de Hillary Clinton.

O palácio será forçado a reajustar sua mensagem”.

Matias Spektor sabe tão bem quanto o editorialista da Folha que “o embate por legitimar, lá fora, a novela que se passa aqui dentro, não terminou. Apenas começou”.

Sim, Matias usa o termo correto, o impeachment é uma “novela”, uma obra de ficção. E Matias não esconde quais são os trunfos de Temer para se “legitimar lá fora”:

“… Maria Sílvia (BNDES) e Pedro Parente (Petrobras)… eles talharam uma mensagem de modernidade ao reestruturar duas das principais instituições de todo o mundo em desenvolvimento”.

Sim, conhecemos essa “mensagem de modernidade” desde o famigerado governo FHC: o dinheiro do BNDES financiando a privatização do pré-sal.

Poderosos trunfos, enquanto houver riquezas a serem sugadas no curto prazo, darão legitimidade e estabilidade ainda que temporária ao governo usurpador de Michel Temer, como deram aos governos FHC. Mas não o suficiente para evitar uma nova crise, como não a evitaram com FHC igualmente.

No entanto, a crise que se prenuncia com Temer é muito maior do que a de FHC. FHC foi um governo entreguista, mas legitimamente eleito e reeleito pelo povo. E legitimamente sucedido por Lula. Tal não é mais permitido pela oligarquia que, pela figura interposta de Temer, assumiu o poder no Brasil. O que coloca o Brasil no beco sem saída das eleições de 2018 que não podem ocorrer seguindo as regras atuais.

A oligarquia de hoje é a mesma da República Velha. E essa governou por 30 anos até ser derrubada em uma revolução. É para onde nos encaminhamos.

Essa é a nossa eterna crise da qual o editorial da Folha não trata:  “elites locais predatórias, econômica, política e intelectualmente alienadas, associadas de forma subordinada às elites dos países ricos, notadamente os EEUU, e incapazes de unidas a seu povo se constituir como nação”.

A Folha sabe bem disso, essa é a formulação do professor Bresser-Pereira para a nossa maldição –  a “teoria da dependência”.

Ocorre que, sendo a Folha uma representante dessa mesma elite, preferiu desconhecer o diagnóstico de seu antigo colunista e dizer mais uma vez em um editorial que a “culpa é de Dilma”, enquanto, para quem soubesse lê-la, se desdizia em suas próprias folhas.

 

PS: a Oficina de Concertos Gerais e Poesia apresenta sua nova linha de sandálias franciscanas da humildade. Fabricação chinesa sob medida para presidentes golpista e diretores de redação.

Redação

22 Comentários

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  1. Não se trata de uma reportagem da Folha,isso é um vômito midiota

    Quanta imbecilidade! Esse artigo da Folha é mais um discurso de boteco de um midiota cego pelo ódio. Trata-se de um grande canalha a serviço de seu patrão, mais do mesmo. Essa nossa imprensa realmente não é séria, além de terem uma péssima formação, compactuam com o que há de pior na nossa política. Apenas uma informação para esse repórter alienado e que faltou as aulas de história: a corrupção na Petrobras existe desde que ela foi criada, o esquema que presenciamos atualmente  foi criado por FHC e seus comparsas, todos eles foram nomiandos naquele governo e os partidos envolvidos são o mesmo que apoiaram aquela corja de corruptos.

    1. Aqui pra nös,  paulista

      Aqui pra nös,  paulista sempre foi golpista. Eles se acham. Quando eu penso o Brasil nāo penso em paulista.  Desculpem paulistas legais mas vocês nāo têm culpa, em toda família tem membros não legais. 

  2. Sergio,você é um dos que

    Sergio,você é um dos que aqui vivem há bastante tempo,e dos que mais gosto.Desculpe o mal jeito,mas aquela “ingratidão” de ontem lhe desfocou um pouco,tanto assim,que escreveu um texto de mais de 130 linhas.Por ser um decano,deve saber que Rede Social não comporta isso.Muita pouca gente se aventura a ler textos tão extensos.Nem de longe quero imaginar,você fazendo concorrencia a André Araujo. 

    1. incomodada ficava sua avó

      Eu sou das antigas, Junior, pergunte a Anarquista Lúcida, que também me dá puxões de orelha.

      Tão velho que ainda me valho da tríade “introdução + desenvolvimento do argumento + conclusão”.

      Jurássico, pré-twitter, só neste textículo empreguei 219 caracteres.

      1. Apesar de ter enfiado minha

        Apesar de ter enfiado minha avo no meio da historia,lhe tenho apreco.Nao levo em consideracao esses erros de grafia.A nossa amiga em comum,Anarquista Lucida,alguma noticia dela?Sinta-se abracado,lembrando a velha maxima por mim aqui exposta,quando nao se tem argumento para uma discussao civilizada,sobre qualquer tema,a primeira arma que se usa e partir para desqualificar o outro.Jamais imaginaria ser seu caso.

      2. Diante do apreco que lhe

        Diante do apreco que lhe tenho,permito a lhe fazer outra pergunta.Quando lhe conheci em tempos de priscas eras,os seus comentarios nao ultrapassavam mais que 50,60 caracteres.Esse aumento significativo em numero de caracteres que esta a usar,seria pela leitura da Folha,do Estadao,do Globo,do Correio Braziliense,do Estado de Minas?Me recuso a acreditar que o Sergio que eu conheci,tenha enfiado a Veja nesse pacote.

      3. Veja voce Saraiva,boa

        Veja voce Saraiva,boa pinta,com ares de George Cloney de barba,decano do blog,nao demora muito,sera aposentado pelo blog,por tempo de servico se o Padrinho nao se meter a besta,respeitador,correto,limpo como todos da blogosfera suja,foi buscar a minha pobre avo,que nem viva esta,para responder uma besteira.Nunca e bom misturar familia com essas coisas,inclusive por que o blog nao permite.Voce comeca com a avo,e me deixa a um degrau perto da mae.Repito,nao vamos misturar as coisas.Deixemos avo,mae,pai,fora desses assuntos.Duvido que voce nao concorde comigo.

      4. Veja voce Saraiva,boa

        Veja voce Saraiva,boa pinta,com ares de George Cloney de barba,decano do blog,nao demora muito,sera aposentado pelo blog,por tempo de servico se o Padrinho nao se meter a besta,respeitador,correto,limpo como todos da blogosfera suja,foi buscar a minha pobre avo,que nem viva esta,para responder uma besteira.Nunca e bom misturar familia com essas coisas,inclusive por que o blog nao permite.Voce comeca com a avo,e me deixa a um degrau perto da mae.Repito,nao vamos misturar as coisas.Deixemos avo,mae,pai,fora desses assuntos.Duvido que voce nao concorde comigo.

      5. hehehehe
        Eu me perco nos detalhes e as vezes não consigo esse objetivo triplo.
        . Mas esse tipo de comparação eu sempre fiz, quem tem um se consegue mais um tem 100% de aumento, por outro lado quem tem 100 e consegue mais 1 só tem 1% de aumento.

  3. Controle da narrativa

    Verdades e mentiras dizem respeito ao controle da narrativa política. Em toda guerra, o vencedor impõe a sua verdade aos vencidos, ainda que para isso seja necessário mentir, distorcer ou “criar” novas verdades, como no caso da polêmica foto da bandeira norte-americana hasteada pelos marines na Batalha de Iwo Jima.

    O editorial de Otávio segue essa linha. Distorce a verdade para sequestrar a emoção dos seus leitores e legitimar a versão manipulada dos fatos.

    O Golpe de Estado de 16 tem um componente fortemente farsesco. A decisão dúbia do Senado colocou em pânico os agentes do Golpe (tucanos e mídia). E a decisão de tornar legais as pedaladas 2 dias depois mais ainda. O motivo é simples: a narrativa escapou das mãos deles.

    O primeiro resultado foi visto ontem, com a reedição do Movimento das Diretas Já, que pode tomar proporções gigantescas. Essa é a luta, e os golpistas estão em desvantagem. Temer disse que eram 40 arruaceiros e Serra disse que era só mimimi. Não colou. Meirelles reconheceu em público a relevância das manifestações de ontem e levou um esporro em particular do comando golpista.

    Vai ser difícil colocar a pasta de dente de volta no tubo.

  4. Mundo artificial

    Interessante notar, Sérgo Saraiva, que nas redações, segunto relato de alguns colegas, é comum dizer que a esquerda e os petistas vivem num mundo paralelo. Somos uma espécie de “alienados da realidade”, vimos o mundo politico distorcidamente. Recentemente colunistas da Veja disseram que o “PT quer privatizar o direito às lagrimas”, em relação ao chorode José Eduardo Cardozo.

    Quando se lê coisas assim e, principalmente um editorial totalmente distorcido como o da Folha, fica a pergunta: quem vive numa realidade artificial, criada para alienar aqueles que não entendem de politica e economia nem tem tempo para melhor informar-se?

  5. A Falha é uma titica que não

    A Falha é uma titica que não influencia porra nenhuma atualmente, ninguém lê mais. Em BH esse panfleto tucano nem aparece mais nas bancas e lojas de jornais e revistas, o que era comum antes. O que significa um editorial da Falha? Nada, absolutamente nada.  Se ainda estivéssemos em 2002.

     

     

     

  6. Sendo voce um decano do

    Sendo voce um decano do blog,poderia me esclarecer o motivo do Padrinho ter optado por comprar o sapato na China,desagradando toda industria brasileira de calcados,afora a mancada que deu.Seria o Padrinho um sovina como Fernando Henrique Cardoso?O Padrinho sem ter condicoes de ir e vir,como determina a Constituicao,em todo territorio nacional, teria optado por comprar na China?Ou teria o Padrinho chule?

      1. Respondo a Sergio

        Respondo a Sergio Saraiva,06/09/2106 – 22:28.Donde lava-me a crer,que  o mal  assessoramento de Temer so foi percebido por voce e minha avo,esta avisou por obra e graca do espiritismo.Eu e o resto do Brasil a imaginar que o assessoramento do qual voce com certa ingenuidade se refere era composto  por uma quadrilha de assaltantes dos cofres publicos.

  7. Peço desculpas a Da.Lourdes

    Peço desculpas a Da.Lourdes Nassif,que honra o sobrenome que tem,sobre alguns comentarios meus terem ido em duplicidade.O ipad deve estar com algum problema.Quanto a Saraiva,teve ter se arrependido do equivoco que cometeu,desrespeitando minha avó,inclusive já falecida.É no que dá,quando se parte para a agressão gratuita e a desqualificação sem necessidade.Deve está corado de vergonha,pois sei se tratar de um cidadão de bem.Minha mão está estendida.

    1. Você é muito jovem,

      se não teria identificado na frase uma referência a 1990.

      Se, ao invés de “incomodada ficava sua vó”, eu tivesse usado a frase “o primeiro sutiã a gente não esquece”, então, a referencia seria aos anos 80 do século passado.

      De qualquer sorte, são essas referências que tornam longos os meus textos. Eu sou do século passado.

      Meus respeitos a sua vó.

      1.  Voces paulistas tem uma

         Voces paulistas tem uma caracteristica que os torna  conhecidos ao arriar das malas.Sao os trocadilhos infames sem  nenhuma graca,aliada a uma certa bocalidade de botequim.Se os seus textos sao longos ou curtos,nao vem muito ao caso.Nesse ultimo por exemplo,longo sem maiores necessidades por se trata de recortes de jornais da velha midia.O que mais atencao me chamou de seu texto foi a foto do Padrinho,vestido como um causidico interiorano,comprando um sapato,que voce nao respondeu o porque ter optado pela China.Por exclusao,acredito que tenha sido o chule,nao reconhecido por voce com receio da reacao do Chefe do SNI,General Sergio E,ou do careca da Justica que nao estao ai para brincadeiras .A ter atribuido “ingratidao”a Ministra Carmen Lucia,nao ficou claro para mim,que tipo de ingrata ela seria.Quanto as minhas avos,deixemos os mortos em paz.Essa indelicadeza para com os mortos vai lhe acompanhar pelo resto dos dias.Constato finalmente,que a idade comeca a pesar nao somente nos seus ombros,mas principalmente sobre os  seus dendos.De 50 a 60 carateres,pasou a mais de 200.Ate agora sem nenhum ganho que justifique uma inflacao de caracteres tao alta.Bahiano burro nasce morto,paulista nasce vivo mesmo.Meus respeitos ao seu Pai e a sua senhora Mae,rogando a Deus que estejam vivos.Respeito os mortos de todas as matizes.

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