Globo manipulou para impedir que a política de Marielle vire símbolo, diz Glenn Greenwald

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Glenn Greenwald publicou no The Intercept, nesta segunda (19), um artigo apontando que a Rede Globo manipulou a história de vida de Marielle Franco para evitar que a política e os ideiais defendidos pela vereadora pudessem conquistar os corações indignados com a execução.
 
Greenwald acredita que a matéria do Fantástico sobre o assassinato da vereadora foi impecável, do ponto de vista jornalístico, em vários momentos. Mas “drenou a política de Marielle de sua vibração, seu radicalismo e sua força, e a converteu em um gibi simplista de clichés vazios que, na prática, não seriam questionados por ninguém.”
 
“(…) o que o Fantástico realmente buscava se tornou cristalino no fim de sua cobertura. Tomaram o poder ainda crescente da história de Marielle, e tentaram limita-lo a uma simples e apolítica história de interesse ordinário, algo que nos faz chorar, sentir-nos tristes, empáticos, e talvez até irritados, mas não de uma maneira que faria o espectador adotar as causas de Marielle, ou devotar sua vida à agenda política que ela simbolizava.”
 
Para o jornalista, Globo tentou “assumir o controle de uma história”, pois “a reação ao assassinato de Marielle vinha crescendo e se fortalecendo, indo em direções que deixam as elites brasileiras profundamente desconfortáveis.”
 
 
Leia a reportagem completa aqui.
 
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

14 Comentários

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  1. bom post.

    Muito bom o post do Glenn, como sempre.

    Só discordo de uma coisa. A Globo não faz jornalismo, o que é faz é manipulação da noticia.

     

  2. Quem não fez nada e ainda deu

    Quem não fez nada e ainda deu entrevistas para a Globo foi a esquerda. Eu fico me perguntando se a esquerda se faz ou é completamente tola.

    Essa bola foi cantada por alguns blogs de esquerda. A Globo iria assumir a narrativa, minimizar os danos e depois focar novamente na Lava Jato. E a esquerda cai como pato. Não aproveitaram o momento para dinamitar o sistema. Pelo contrário, deixaram a Globo abafar a explosão.

    Com essa esquerda apática, não precisamos de inimigos.

  3.  
    Concordo plenamente com o

     

    Concordo plenamente com o excelente artigo do Glenn Greenwald.

    Realmente, a rede globo é um grupo mafioso com larga expertise em trapaças e golpes. E não estáo desacompanhados. Estes grupos, praticam um jornalismo sujo. Onde os fatos, são descaradamente adulterados. Sobretudo, no arranjo de  arapucas, montadas à guisa de jornalismo investigativo e noticioso. Parece até piada. No caso da execução da lider socialista Marielle Franco e do seu motorista, ambos, covardemente assassinados de maneira a não deixar dúvidas quanto às motivações políticas do crime. Estes cabras da imprensona, se apropriaram da execução da Marielle com uma gana inaudita, quase a se confundir com uma alcateia de hienas. Um horror!

    Os canalhas, incluindo ai o oligopólio da mídia, entram de sola e trabalharam em esquisita sintonia e alinhamento. Todos empenhados, em encontrar arrodeios, voltas e malabarismos para construir um roteiro mais adequado aos seus interesses escusos. Aliás, essa tem sido a regra, na atuação da “imprensa livre,” de escrúpulos, praticada por estas bandas do lado de cá, para entretenimento de brazucas. Enquanto isso, os do andar de cima se locupletam, enchendo os seus baús.

    Orlando

  4. a Globo é o veneno de sempre…

    e para este caso The Intercept trouxe o antidoto mais eficaz contra este tipo de veneno dos infernos………………………..

    porque manipular a mente das pessoas até podemos entender e aceitar, faz parte da política entreguista, mas fazer isso explorando suas emoções é algo mais que diabólico, é um crime contra a humanidade

  5. O,jornalista americano

    “Greenwald acredita que a matéria do Fantástico sobre o assassinato da vereadora foi impecável, do ponto de vista jornalístico…”

    Greenwald quer que a mídia tradicional politize a favor de movimentos sociais de esquerda? Inocente, pueril, utópico, fantasioso, acreditar em tal “aleivosia”. Na terra dele é diferente entre os grandes da mídia? 

  6. Problema não é aparecer na Globo …

    Problema é aparecer só nela! Problema é esquerda não articular belas entrevistas tb nos blogs progressistas… E por fim: problema foi o PT ter ficado 13 anos no poder e ignorar o “cenourão” que a direita e a mídia PIG reservavam para o Partido, o governo e a militância. Problema foi a mentalidade de Dilma, Bernardo, ZéDuardo e outros “ins” do PT dizendo que “o único controle que existia para a mídia era o controle remoto”. Taí .. estamos na mão deles. Não adianta fingir. Tanto que eles aproveitaram a boa fé da Presidenta e a extirparam do poder. Agora vão extirpar Lula das eleições. E, depois, acabar com o pesadelo deles, o PT. Mas tudo na hora certa…Os caras têm grana e muita paciência. E agora o que a gente faz com o controle remoto, Dilma???? Não precisa falar, oK?

     

     

  7. Vítima escolhida a dedo?

    O PSol é a esquerda que a direita gosta. A Globo apoiou o PSol na recente eleição municipal, contra o Crivella. Se não aparece nenhum candidato de direita a melhor estratégia é de dividir a esquerda, ou seja, tirar parte da força do PT turbinando o PSol, assim como fizeram com Lula em 90, para evitar que Brizola fosse ao 2o turno contra Collor.

    Escolheram a Marielle. Por que? Por que não escolheram um alvo do PT? por exemplo. 

    A estratégia foi tão esperta que alguns resultados foram obtidos, como por exemplo, o PSol barrou a palavra do Lindbergh Farias e de Wadih Damous, ambos do PT, na manifestação de apoio a Marielle. Devemos acompanhar com cuidado este episódio, pois foi a vitima escolhida a dedo, num momento muito específico.

    1. Sim. Mas ha um ponto comum, o
      Sim. Mas ha um ponto comum, o silenciamento de lideranças, ora atraves de prisoes, ora por assassinatos….sinto que a unidade virá numa especie de Mariellula, duas vitimas deste silenciamento de lideranças

  8. A Globo puxou pelo lado do

    A Globo puxou pelo lado do luto, e o medo que o luto vire luta heim….

    Para ficar somente no luto, nada como fazer o povo chorar, ficar triste….nada mais além disso

    Uma afronta a memória de Marielle

    A Globo faz a cobertura como se a falecida fosse Airton Sena, embora este personagem não tenha levado um balaço de policiais ou a servio destes,  por motivo politico ou para silenciar uma liderança

    Ela foi uma anti-Sena, anti-celebridade, um suporte do desvalidos

    Esse diferencial a Globo esconde e faz isso para silenciar uma importantte liderança, da mesma forma que há anos vem fazendo das tripas coração para silenciar Lula: é assim que age o sistemão em regimes de exceção: silenciando lideranças, ora com prisões, ora com assassinatos.

    Mesmo após a morte ou a prisão, a busca por essa codenação pelo esquecimento continua: tá na história: fizeram isso com JK, e também com a Panair do Brasil, uma Embraer que era sucesso antes do golpe de 64 e que, destruida pelo golpe de 64, nunca foi motivo de reportagem nos meios de comunicação: ficou proibido falar de JK e Panair do Brasil: a mesma amnésia que foi decretada em relação à militânia de Lula….e de Marielle…

    Para a Globo, vivos tem la sua diversidade que a Globo esconde, talvez para que, mortos, sejam todos iguais para o povo….e trata como se todos fossem Airtons Senas: luto: nada mais além disso…

    Além disso, ficou evidente que a execução de Marielle foi o teste trive da Globo na prisão do Lula: a emissora testou seu poder de manipulação das massas em situações limites

    A Globo não dá ponto sem nó

  9. Globo e Marielle

    Vi reportagens em todas as emissoras de tv e não percebi diferença entre uma cobertura e outra. Querer condenar a Globo e isentar as demais, é perseguição. Querem fazer de Marielle uma, quando não passava de mais uma militante de esquerda, só.

    Tudo não passa de um circo montado para atrair a opinião pública para o lado de uma esquerda esquizofrênica e decadente.

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