Grande mídia assume papel da ‘oposição fragilizada’ na eleição

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Muitos se esqueceram, outros nem souberam, mas a realidade é que a ‘grande imprensa’ formulou com clareza um projeto de intervenção na vida política nacional. Não é teoria conspiratória. Quem disse que os ‘meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste País, já que a oposição está profundamente fragilizada’, foi a Associação Nacional de Jornais, por meio de sua presidenta, uma das principais executivas do Grupo Folha.”

A sentença, lembrada por Marcos Coimbra em artigo publicado na CartaCapital, nunca fez tanto sentido. Aliás,na visão do articulista, o faz desde 2012, quando começou a movimentação para impedir que a presidente Dilma Rousseff (PT) seja reeleita. 

Nesse cenário, a grande mídia tem trabalhado mais e melhor do que muitos partidos de oposição. Basta ver os resultados do Machetômetro citados por Coimbra, apontando 93% de noticiário negativo para Dilma no Jornal Nacional, da Rede Globo, onde a presidente estará na noite desta segunda (18).  

As eleições e a mídia

Por Marcos Coimbra

Na CartaCapital

Na próxima terça 19, com o início da propaganda eleitoral na televisão e no rádio, entraremos na etapa final da mais longa eleição de nossa história. Começou em 2011 e nossa vida política gira em torno dela desde então.

A batalha da sucessão de Dilma Rousseff foi iniciada quando cessou o curto período de lua de mel com as oposições, no primeiro ano de governo. Talvez em razão do vexame protagonizado por José Serra na campanha, o antipetismo andava em baixa.

Durou pouco. Na entrada de 2012, o clima político deteriorou-se. As oposições perceberam que, se não fizessem nada, marchariam para nova derrota na eleição deste ano. Ao analisar as pesquisas de avaliação do governo e notar que Dilma batia recordes de popularidade a cada mês, notaram ser elevadas as possibilidades de o PT chegar aos 16 anos no poder. E particularmente odiosa. Serem derrotadas outra vez por Dilma doía mais do que perder para Lula.

Ela era “apenas” uma gestora petista, sem a aura mitológica do ex-presidente. Sua primeira eleição podia ser creditada, quase integralmente, à força do mito. Mas a segunda, se viesse, seria a vitória de uma candidatura “normal”. Quantas outras poderiam se seguir?

A perspectiva era inaceitável para os adversários do PT. Na sociedade, no sistema político e no empresariado, seus expoentes arregaçaram as mangas para evitá-la. A ponta de lança da reação foi a mídia hegemônica, em especial a Rede Globo.

Recordar é viver. Muitos se esqueceram, outros nem souberam, mas a realidade é que a “grande imprensa” formulou com clareza um projeto de intervenção na vida política nacional.

Não é teoria conspiratória. Quem disse que os “meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste País, já que a oposição está profundamente fragilizada”, foi a Associação Nacional de Jornais, por meio de sua presidenta, uma das principais executivas do Grupo Folha. Enunciada em 2010, a frase nunca foi tão verdadeira quanto de 2012 para cá.

Como resultado da atuação da vanguarda midiática oposicionista, estamos há três anos imersos na eleição de 2014. A derrota de Dilma é buscada de todas as formas. O “mensalão”? Joaquim Barbosa? A “festa cívica” do “povo nas ruas”? O “vexame” da Copa do Mundo? A “compra da refinaria”? O “fim do Plano Real”? A “volta da inflação”? O “apagão” na energia? A “crise na economia”? A “desindustrialização”? O “desemprego”?

Nada disso nunca teve verdadeira importância. Tudo foi e continua a ser parte do esforço para diminuir a chance de reeleição da presidenta.

Ou alguém acha que os analistas e comentaristas dessa mídia acreditam, de fato, na cantilena que apregoam quando se vestem de verde-amarelo e se dizem preocupados com a moral pública, os empregos dos trabalhadores ou a renda dos pobres? Ou que queiram fazer “bom jornalismo”?

Temos agora uma ferramenta para elucidar o papel da mídia na eleição. Por iniciativa do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, está no ar o manchetômetro (http://www.manchetometro.com.br), um site que acompanha a cobertura diária da eleição na “grande imprensa”: os jornais Folha de S.Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo, além do Jornal Nacional da Globo (como se percebe, os organizadores do projeto julgaram desnecessário analisar o “jornalismo” do Grupo Abril).

Lá, vê-se que os três principais candidatos a presidente foram objeto, nesses veículos, de 275 reportagens de capa desde o início de 2014. Aécio Neves, de 38, com 19 favoráveis e 19 desfavoráveis. Tamanha neutralidade equidistante cessa com Dilma: ela foi tratada em 210 textos de capa. Do total, 15 são favoráveis e 195 desfavoráveis. Em outras palavras: 93% de abordagens negativas.

É assim que a população brasileira tem sido servida de informações desde quando começou o ano eleitoral. É isso que faz a mídia para exercer o papel autoassumido de ser a “oposição de fato”.

O pior é que a influência dessas empresas ultrapassa o noticiário. Elas contratam as pesquisas eleitorais que desejam e as divulgam quando e como querem. E organizam os debates entre candidatos.

Está mais que na hora de discutir a interferência dessa mídia no processo eleitoral e, por extensão, na democracia brasileira.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

42 Comentários

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  1. Assim meu TCC fica muito fácil

    Apesar da idade “quase provecta”, tenho um TCC para entregar no final de 2016, e o tema é exatamente este. Daqui a pouco, terei de começar a salvar as matérias num HD externo, tamanha a quantidade. E a maioria esmagadora, coletada aqui neste espaço. 

  2. Democratização dos meios

    Perfeita analise de Marcos Coimbra. Os fatos (e dados) estão ai, quem não vê ? Pensando nas mudanças desses nossos tempos, nos meios de informação e interação que mudaram completamente a forma de acesso à informação, a nossa imprensa perdeu o bonde e esta correndo desesperadamente atras. Ela também esta agindo no limite da irresponsabilidade. Foi assim com Getulio, foi assim com Jango, foi assim com Brizola, com Lula, com o julgamento do alucinado mensalão, e tem sido assim com Dilma Rousseff. 

    Quem produzia a noticia no Brasil era apenas a grande imprensa. Então, quem detinha valor, poder, era ela. A democratização do conteudo foi a democratização do poder. E é com isso que a imprensa não esta conseguindo lidar. Resulta ai esse suicidio de se tornar oposição a tempo integral.  

     

     

  3.  O sorriso de Marina e os

     

    O sorriso de Marina e os fiscais da dor alheia: na internet, o ódio venceu o luto

     

     Por  | Matheus Pichonelli – 4 horas atrásCompartilhar3401Imprimir 

    Marina Silva no velório de Eduardo Campos (Foto: Alex Silva/ Estadão Conteúdo)Marina Silva no velório de Eduardo Campos (Foto: Alex Silva/ Estadão Conteúdo)Circula na internet uma foto da ex-senadora Marina Silva olhando com um meio-sorriso em direção a um dos filhos de Eduardo Campos enquanto o corpo do ex-governador era velado no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco, no domingo, 19 de agosto. O registro, captado em uma fração de segundo em uma cerimônia que durou o dia inteiro, dizia exatamente o que parecia dizer. Nada. Mas, como se não houvesse tristeza suficiente no drama de amigos e familiares, quem acompanhou o evento pelas redes sociais tratou de usar a imagem para expandir a crônica de uma velha tragédia, tão destrutiva quanto lamentável. Vestidos de fiscais de sentimento humano, esses internautas passaram a medir com uma métrica confusa o caráter das figuras públicas presentes à cerimônia.

    Ao longo do dia, as redes sociais se transformaram em um festival de atrocidades praticadas a céu aberto, movida em parte pelo pior tipo de jornalismo – o jornalismo marrom. Alguns chegaram ao ápice de sugerir uma distância, moral e humana, entre a ex-senadora e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao cravar no título: ele chorou, ela sorriu. O que isso quer dizer é um desafio para estudiosos da semiótica. Não é o meu caso, mas faço coro a alguns amigos que, de prontidão, trataram de remar contra a maré em um dia naturalmente triste, tornado ainda mais triste em meio à propagada desonestidade intelectual – aquela capaz de colocar um drama humano a serviço das próprias convicções.

    Um professor de ciência política com quem mantenho contato foi o primeiro a manifestar que alguma coisa estava pobre no reino de Zuckerberg: “O debate será o fato de a Marina ter dado uma risada e o Lula chorado? É isso?”

    Outro amigo, o jornalista Mauricio Savarese, reagiu em alto e bom som: “Sobre a foto da Marina sorrindo de soslaio em um momento aleatório de um velório no qual passou umas 10 horas: se você acha que ela está feliz pela morte do seu colega de chapa, você é um idiota”.

    E foi o Fernando Vives, meu vizinho de coluna aqui no Yahoo, quem sentenciou: “O funeral do Eduardo Campos mostrou uma nova classe na nossa sociedade: o sommelier de dor alheia. ‘Mas a Marina Silva sorriu’, ‘mas os filhos dele fizeram tal coisa’. Cada vez mais acredito que o Brasil, por ser um país adolescente, tem, na média, cidadãos que se comportam como tal. Lançar regra na dor alheia configura falta de caráter. E as redes sociais estão aí pra lembrar que aquela tia tosca que passa a ceia de Natal falando bobagens está por toda parte, o tempo inteiro, vomitando na nossa cara o legado da nossa miséria, pra usar a expressão do Machado de Assis. Já não sei como lidar com isso.”

    Não sabemos, Fernando. E nada, no horizonte próximo, aponta qualquer esperança de mudança no discurso fratricida que tomou conta do cenário político e atingiu em cheio corações e mentes de parte de seus eleitores, cada dia mais afundados no próprio ódio e incapazes de sinalizar bom senso quando a vida pede apenas respeito e solidariedade.

    Siga-me no Twitter (M_Pichonelli)

    https://br.noticias.yahoo.com/blogs/matheus-pichonelli/o-sorriso-de-marina-e-os-fiscais-da-dor-alheia–na-internet–o-%C3%B3dio-venceu-o-luto-145734213.html

  4. PIG (proba imprensa gloriosa)

    li por ai:
    (*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

  5. Veremos no JN de hoje a noite

    Veremos no JN de hoje a noite se nossas previsões se concretizaram. Todos aqui no Blog acreditam que as entrevistas com Aécio e em seguida com ECampos foram apenas um aperitivo. O prato principal a ser servido era a Dilma. Vamos ver a tendência das peguntas e a maneira com que ela se sai deste labirinto de (des)informações. Passadena, acidente com avião, reajustes tarifários e até as passagens de genoíno e Dirceu para o semi-aberto serão temadesta ‘entrevista’.

  6. Há muito discutimos o papel

    Há muito discutimos o papel da mídia na política brasileira e,mais recentemente,como oposição ao governo. O texto de Marcos Coimbra é irrepreensível a qualquer um que minimamente acompanhe o trabalho da mídia com visão crítica.

    Contudo,acredito que isto é só a ponta do iceberg ,muito mais a de se mostrar.O Instituto Millenium e algumas consultorias  financeiras também atuam de forma  direta e indireta neste processo de tentativa constante de desestabilização.

    Assim,apesar de termos os representantes do capital aparentemente organizados contra a democracia e contra o país,falta alguma peça,que não podemos simplesmente resumir ao desejo da casagrande em voltar ao poder,a organizar estas ações.

    Antes do golpe de 1964 estes atores também fizeram-se presentes.Soube-se depois que o golpe vinha sendo armado desde a fundação da Escola Superior de Guerra e que tinha como grande mentora a política externa americana.

    Hoje,depois de sucessivas tentativas de desestabilização dos governos populares na América Latina,algumas,pequenas é verdade,bem sucedidas;fica a impressão de que a geopolítica é quem acaba tentando definir o encaminhamento a ser dado ao país e que nossa mídia porca e seus institutos são somente instrumentos pra esta desestabilização. 

    Se o Brasil vier a ser enfraquecido,todas as tentativas até aqui frustradas de desestabilizar os demais governos populares do continete terão maior chance de sucesso,isto sem falar da automática destruição dos BRICS.

    Devemos,asssim,lutar diuturnamente a favor dos interesses de nosso povo e de nosso país e impedir que estes instrumentos de luta contra a democracia,utilizando-se de concessões públicas venham tentar impedir o consolidação do processo democrático.

    1. Otimo comentario !

      Totalmente de acordo, Vladimir,  processo estrategico de desestabilizacao e desnorteamento de todo um pais, pela manipulacao da oligarquia anti-nacional e anti-povo. Dividir para reinar.

    2. Influência externa

      Concordo plenamente, Vladimir!

      A sincronicidade desta campanha, diuturna, demonstra que há muito mais que desejo tupiniquim de derrubar os “vemelhos” do poder.

      Creio que a reação desporprocional no porta voz israelense é reveladora de intenções e propósitos inconfessados, orquestrados pelo poder hegemônico e, como já e está sendo revelado, atuou de forma relevante neste, recém saído, período anterior de obscuridade.

  7. A grande mídia já não é tão

    A grande mídia já não é tão grande assim, e está velha e ultrapassada como a oposição, bem que eles gostariam influir

    muito mais(como em 86).

    Com seu fracasso ideológico, seu fim virá naturalmente.

  8. Acredito que é  ( e esta)

    Acredito que é  ( e esta) mais dificil de “bater” na Dilma atualmente,

    ela aprendeu ,criou um estilo.Se os entrevistadores vacilarem hoje

    ela os engole de boa,  isso certamente o espertinho Ali Kamel

    sabe muito bem e deve ter alertado.

  9. a interferencia dessa grande

    a interferencia dessa grande mídia oposicionista vai contra os interesses do país.

    é preciso ir mais fundo nesta questão…

    1. “a interferencia dessa grande

      “a interferencia dessa grande mídia oposicionista vai contra os interesses do país.”

      traduzindo: vai contra o projeto de poder do PT e de emprego (parasitismo) da militância.

        1. “O que é esquerda, afinal?

          “O que é esquerda, afinal? Basicamente, é a ação política com o objetivo de implementar um estado totalitário que obtenha o máximo de controle sobre a vida de seus cidadãos, de forma que tudo beneficie os burocratas que tomam conta deste estado. Esquerdismo é a crença nessa ação política, e, por consequência, no estado inchado e interventor.”

          Por isso que querem a censura da imprensa, a liberdade de imprensa gera dificuldades para eles atingirem seus objetivos.

        2. Tudo bem. O papel da imprensa

          Tudo bem. O papel da imprensa é esse mesmo. Só que tem um porém: não se discute o direito e o dever dela exercer o seu mister. E todas essas capas acima demonstram essa efetiva obrigação ética de se denunciar mal-feitos, em especial na seara pública. 

          A crítica é quando ela se utiliza dessa prerrogativa para PERSEGUIR um esquema de Poder que circunstancialmente vai de encontro aos delas. Aí não é mais imprensa livre, e principalmente ética, é imprensa bandida, marginal. 

          Nem todas as capas e respectivas matérias contra o PT e a esquerda foram erradas, inventadas, manipuladas ou incorreram em injúrias, calúnias e difamações. Mas muitas foram! Isso é fato inconteste. 

          Não reconhecer isso é incidir em desonestidade intelectual.

           

        3. Só UMA PEQUENA DIFERENÇA QUE

          Só UMA PEQUENA DIFERENÇA QUE FAZ toda diferença…
          Qual destas reportagens PRODUZIRAM ação do MP, polícia Federal, CPI e acabou na justiça?
          Para eles isso não vale e não pega!
          E assim sumiram bilhões…

        4. Interessante, fhc não aparece

          Interessante, fhc não aparece em nenhuma capa com título: “Ele sabia?”

           

          O conteúdo dessas reportagens é sempre o mesmo: o príncipe foi traído por seus colaboradores. De fato, mídia imparcial

        5. Uai, só confirma o que eu

          Uai, só confirma o que eu disse. Nenhuma foto do fhc sendo chutado, com cara de bandido, pedindo impeachment, etc. Cadê a capa da compra de votos pra reeleição com o FHC (ele sabia?). Fhc foi santificado pela mídia. Mesmo hoje qualquer um vê a diferença de tratamento que o pig dá a ele, Lula e Dilma. 

  10. E então…………

    Bom, não se pode dizer que a anáslise feita pelo Marcos Coimbra, seja uma “teoria da conspiração”, pelo contrário.

    É conspiração mesmo!!!!!!

    Contudo, sempre lebro do que foi dito pela Dilma, e isto me incomoda sobremaneira – ” prefiro o barulho da mídia ao silêncio da ditadura”!

    Assim, se a mídia, tal como a conhecemos, age destga forma, e não é de hoje, e o governo Lula e Dilm a, sempre a premiaram com as vultuosas verbas publicitárias da União, o que dizer!

    Quero e espero que tenhamos cacife suficiente para, mais uma vez vencê-los nestas eleições, pois conforme comentaram aquí, ” …. todo o projeto dos governos progressitas eleitos na America Latina estará comprometido, e não só, o mais importante,- Os Brincs podem dar adeus a suas pretenções!!!

    Infelizmente!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  11. É incontroverso que a parte

    É incontroverso que a parte mais substancial da imprensa brasileira cavou trincheiras contra o esquema de Poder que assumiu o Planalto em 2003. Nenhuma novidade: ela sempre fez oposição ao longo da história a quem foi de encontro aos seus anseios empresariais-políticos-ideológicos. 

    O espectro vai desde um enfrentamento moderado, ás vezes parecendo até racional e razoável, até um extremo radical, incivilizado e mórbido, a exemplo da VEJA(Grupo Abril). 

    O que há de novo na presente safra é a concorrência da mídia que efetivamente chegou para ser “a” referência, no caso a internet, sobre a qual é impossível o estabelecimento de hegemonias como ocorre nas mídias tradicionais. 

  12. No manchetômetro da Uerj: JN

    No manchetômetro da Uerj: JN da Globo surra Dilma por 82 a 3

    Parcialidade, partidarismo e desequilíbrio editorial; tudo somado, o Jornal Nacional, principal veículo informativo da Rede Globo, exibiu de 1º de janeiro a 9 de agosto deste ano nada menos que 1 hora e 22 minutos de reportagens contrárias ao governo da presidenta Dilma

    1. “1 hora e 22 minutos de

      “1 hora e 22 minutos de reportagens contrárias ao governo”

      Em contrapartida os anuncios do governo somaram  N mil vezes mais de propaganda positiva.

  13. Quem diria…

    A mídia diz, que grande parte da grande mídia apoiou e prevaricou com ditadura; a mídia diz, que tem mídia que além de se envolver em escândalo de Fraude Eleitoral, envolveu-se também em escândalo de Fraude de Documento em suposta compra de imóvel e (quem diria?) a mídia diz, que essa mesma mídia tornou-se Ficha Suja Internacional, quando foram divulgadas as provas para todo o mundo do criminoso planejamento executado que culminou com a sonegação em mais de Um Bilhão em valores atualizados. Diz a mídia, que essa mídia é a Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo, Tv Globo,…

  14. Dois interrogatórios e duas medidas

    O interrogatório da Dilma foi violento (hoje 18 de agosto 2014). Dois soldados de exército poderoso do PIG interrogando um prisioneiro. Com prepotência, deselegância (tratando-se de uma dama e ainda Presidenta do Brasil) e muito desrespeito. A Rede Globo se acha por cima de tudo e de todos. Mas, Dilma se saiu bem.

    Em compensação, quando o Bonner interrogou ao Serra, quatro anos atrás, no momento em que o Serra sentiu-se desconfortado o Bonner falou: Me perdoe Governador, me perdoe! E o Serra, em forma majestosa responde “eu compreendo, eu compreendo”. 

    1. Perdoe-me, mas pare com o
      Perdoe-me, mas pare com o drama, Alexis.
      1. Os jornalistas foram virulentos com os outros candidatos também.
      2. Elegante seria tratar a presidente como se uma dama fora? Então, que fique em um castelo, aguardando o príncipe encantado… Ela está na arena política, DEVE explicações e responder a perguntas que lhe são feitas por jornalistas — que, a propósito, também são cidadãos e pagam seus impostos.
      3. A presidente, aliás, fugiu de responder a maioria delas.

  15. Democracia supõe oposição

    Numa democracia supõe a existência de oposição , que é um direito da sociedade como um todo.Se a mídia fizer uma oposição apontando entre outros , os desvios, a ineficiência administrativa  dos governantes, ponto para a imprensa. Que o faça usando suas prerrogativas da liberdade de expressão. O datafolha apontou as principais reclamações da população e a mídia (principalmente o JN)  as divulgou através de reportagens nas quais são mostradas a realidade de nossas carências sociais. Ponto para a imprensa. As trocas de farpas dos oponentes, governo versus imprensa, faz parte do jogo e não prima pela crerdibilidade em ambos os lados.

    1. Reclamações da população?

      Que “população” reclamou de Pasadena?  Que “população” reclamou da Wikipedia? Ora, meu caro, que eu me lembre a população foi as ruas reclamar do aumento de ônibus do Alckmin mas isso a “imprensa” não reverberou, pelo contrário, manipulou e criou o mito do “querem calra o minstério público” – produzindo em distribuindo cartazes, ela mesma.  A população,que eu conheço, reclama da falta de água em S.Paulo, mas isso a imprensa coloca na cota de São Pedro.  Falsa denunica criada no aquário da redação agora é reclamação da população?. Talvez o melhor seja você explicitiar melhor ou mesmo conceituar “população” para dar alguma credibilidade ao seu comentário

  16. Bonner entrevistou Dilma hoje

    Bonner entrevistou Dilma hoje como se estivesse na casa dele falando para as empregadas de cozinha de antigamente, sem nenhum respeito, e cheio de autoridade. O pior da entrevista diz relação ao tem,po cronometrado, no qual uma única pergunta tem que ter duração muitas vezes superior à resposta. Nesse sentido, Bonner e sua companheira usaram as interrupções como estratégia para que os telespectadores pensassem que Dilma fugiu aos questionamentos. No entanto, mesmo os que detestam a Presidente, devem ter observado o óbvio. 

    Àquela pergunta longa, em que Bonner se refere ao PT como o mais corrupto da História, citando os mensaleiros já julgados e presos, Dilma pecou em não reponder que não entendia assim a questão. Poderia ter usado o tempo pra explorar o que estamos carecas de saber: que o problema é que os outros mensalões não são comentados pela Globo e demais veículos, por isso nenhum corrupto foi ou irá para a cadeia.

    Perdei meu sono com aquela inquirição. Fiquei tão chocada que só vi parte dela. 

  17. Mais tempo para Bonner e Poeta

    Acho que o TSE deveria dar mais tempo aos entrevistadores, principalmente Bonner e Poeta. 

    Eles tem tão pouco tempo para expor o programa da Globo.

    E  o TSE também deveria permitir que os entrevistadores cuspam e batam no entrevisrado.

    Esse negócio de botar o dedo na cara do entrevistado é coisa  ultrapassada.

  18. Tarso pressiona Band para não

    Tarso pressiona Band para não divulgar pesquisa com vitória acachapante de Ana Amélia. Rede repeliu retaliações e denunciou tudo com provas.

    O governador Tarso Genro mandou todo o seu pessoal de imprensa e propaganda pressionar a Band TV, as rádios da Band e o jornal Metro, ameaçando a rede paulista com retaliações caso fosse divulgada a pesquisa realizada pelo Instituto Methodus e disponibilizada hoje de manhã, 10p0min em ponto, pela revista VOTO no seu próprio site.  . A pressão, iniciada na parte da manhã pelo Palácio Piratini, intensificou-se durante o dia. À tarde, o assessor de imprensa de Tarso, Guilherme Gomes, não se conteve e passou extensa mensagem com ameaças, por WhatsApp. . A pesquisa, as ameaças e o fac símile do WhatsApp foram apresentados no Band Cidade, Band TV, as 19h, e tudo será publicado na edição nacional de amanhã do jornal Metro. . No trecho mais intimidatório da mensagem do governo estadual, fica implícita a ameaça de corte de verbas e de informações. Em tom pessoal, dizendo falar em nome do governador Tarso Genro, escreveu Guilherme Gomes: – Me espanta que a Band não avalie com mais critério a publicação da pesquisa da revista Voto e nem examine suas consequências. O governador Tarso Genro avisa que nova relação entre nós e a Band será reavaliada a partir da possível divulgação da pesquisa pela TV. . A mensagem é muito mais extensa e escabrosa. . Tarso Genro e o PT espantaram-se com os números da pesquisa do Instituto Methodus, que mostram a senadora Ana Amélia com 42% e o governador com apenas 30%. . Existem informações de que os números podem ser ainda piores para o PT. . Há apenas um mês, a Rede Record contratou o próprio Instituto Methodus, pagou R$ 52 mil por uma pesquisa e acabou engavetando tudo. Na época, correu a informação de que o Piratini tinha interferido para que a censura ocorresse. 

    Veja a reportagem da Band abaixo: [video:https://www.youtube.com/watch?v=h_pV0xWD0RQ%5D http://polibiobraga.blogspot.com.br/2014/08/tarso-pressiona-band-para-nao-publicar.html

  19. regulamentação

    ESSA PERSEGUIÇÃO TODA É PORQUE O PT QUER A REGULAMENTAÇÃO DA MIDIA E É POR ESTE MOTIVO QUE ZÉ DIRCEU FOI PRESO.

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