Jornalistas confundem contas de empresas e particulares, diz defesa de Luis Cláudio

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – Os advogados do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira, acusaram jornalistas do Estadão de “confundir propositadamente” as receitas das empresas do filho do ex-presidente, Luis Cláudio Lula da Silva, com suposto lucro pessoal. 
 
E vai além: “Um exame idôneo das receitas mostraria que foram [as receitas] integralmente – e não apenas um ‘pouquinho’ – canalizadas para a realização do campeonato brasileiro de futebol americano”, criticaram a defesa, em referência ao título da coluna publicada no jornal.
 
“Os jornalistas Andreza Matais e Marcelo de Moraes, que assinam a coluna, utilizam-se do maldoso artifício de personificar em Luis Cláudio as atividades que dizem respeito a duas empresas distintas, a LFT Marketing Esportivo Ltda. e a Touchdown Promoção de Eventos Esportivos Ltda. Confundem, propositadamente, as receitas auferidas por tais empresas com a sua pessoa física. O reprovável mecanismo busca tornar verossímil a fantasiosa tese desenvolvida na nota”, afirmaram.
 
Na publicação, os jornalistas divulgaram que “apenas um porcentual mínimo dos quase R$ 10 milhões” que Luís Cláudio recebeu “foi utilizado para o patrocínio de futebol americano”.
 
Nessa linha, Zanin Martins e Roberto Teixeira entram no cálculo. Lembram que os recursos da Touchdown, provenientes de patrocínio e venda de ingressos, foram investidos nas despesas com logística, premiações, ajuda de custos aos times participantes, pagamento de seguros, aluguel de ambulâncias e equipamentos de primeiro socorros, pagamento de árbitros, entre outras.
 
Também mostraram que a LFT, em determinado momento do último ano, chegou a fazer aporte de capital na segunda empresa, a Touchdown, com o objetivo de permitir a finalização do campeonato em curso porque houve um corte de patrocínios, resultado “da campanha leviana e difamatória contra Luis Cláudio e suas empresas”. A campanha difamatória, explicaram os advogados, levou à suspensão do campeonato de futebol americano no ano seguinte, de 2016.
 
A defesa posicionou-se, também, sobre a quebra de sigilos fiscal e bancário autorizada pelo ministro Dias Toffoli, na última quarta-feira (25) e mencionada na reportagem do Estadão. Afirmaram que até o momento, os advogados de Luis Cláudio, da LFT e da Touchdown não tiveram acesso ao processo.
 
E que, “a despeito disso, os dados recolhidos nesse processo, que tramita em segredo de justiça, foram criminosamente vazados à imprensa, razão pela qual estão sendo tomadas todas as providências jurídicas cabíveis para que os responsáveis sejam punidos”, publicaram.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

9 Comentários

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  1. A esta altura manter em

    A esta altura manter em sigilo os assuntos do filho do Lula só interessa a quem denigre o ex Presidente e sua família. O Luis Claudio e suas empresas deveria encaminhar cópias de todos os contratos, comprovantes de recebimentos e de pagamentos e exigir que fossem publicados, ingressando ainda com ações de danos contra esses que provocaram as perda para as empresas. O silêncio e a omissão de providências só serve para alimentar suspeitas de que há algo de errado na condução dos negócios do rapaz.

    1. publicar em que jornal, qual faria isso?

      não adianta reclamar, não temos mais justiça. qualquer pedido nesse sentido, só se for auto justiça.

      os homens de preto? não confio nem um papel higiênico usado.

    2. Voce acredita no que disse???

      Prezado Quintella

       Não sei se é de seu conhecimento, mas todos os dados das  palestras dadas pelo Lula, assim como os detalhes estão publicados e são de domínio publico. Porem isto não foi divulgado e muito pelo contrário, continuam a distorcer todos os dados. Porque voce acreditaria que não fariam o mesmo com Luiz Claudio. È  óbvio, que existem diferenças entre a firma e seu proprietario. Será que isto tem que ser justificado, ou será que é o jornalista que tem que se justificar.  E voce  esta pedindo para a vítima se justificar. Tem alguma coisa de errado nisto. Vaza-se calunia-se , destroi -se uma imagem., destroi-se a vida profissional, destroem  uma carreira, assassina-se uma reputação, e ainda se quer que voce  prove que voce não é nada disto.  Tem alguma coisa errada neste pensamento.

  2. Nassif avisa a redação aí:

    parem de usar a denominação de jornalista com o pessoal do pig.

    entendo a solidariedade, mas eles não podem ser chamados de jornalistas. isso rebaixa muito a equipe do GGN.

  3. Jornalistas ou Caluniadores ?

    Guardem bem o nome desses pseudo-jornalistas: Andreza Matais e Marcelo de Moraes.

    Como diz o Mino Carta, os “jornalistas” são piores do que os patrões.

  4. Jornazistas piguentos. Esses

    Jornazistas piguentos. Esses caras fedem. O bafo deles tem o cheiro do saco dos patrões. Seres do esgoto, bichos escrotos. Se agem assim na vida profissional, é o que fazem na vida pessoal.Quando estiverem nas últimas serão jogados em asilos, ninguém vai querer saber deles.

  5. Não é confusão, é manipulação pura

    É evidente que os jornalistas não se confundem quando produzem a matéria; eles, simplesmente, torcem os fatos para que adquiram a feição desejada para a calúnia. Há muito tempo os jornalistas da mídia hegemônica já mandaram às favas a honestidade intelectual. Agora, é impressionante a baixeza cada vez maior do Judiciário que vaza, desavergonhadamente, dados de um processo sigiloso para a mídia, antes mesmo que o advogado de defesa tome ciência deles. Realmente, o Judiciário brasileiro cada vez mais faz jus à alcunha de “Justiça da Casa Grande”.  

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