Coluna Econômica
O futuro chegou há tempos na mídia digital, mas ainda há dificuldade para se entender sua abrangência. A tendência irreversível será reduzir toda forma de intermediação dos bens culturais.
O primeiro gigante a abrir o bico foi a indústria fonográfica.
Em pouco tempo o LP foi substituído pelo CD, Poucos anos atrás apareceram os primeiros MP3 Players, de vários fabricantes. Em seguida, a Apple lançou o iTunes, a loja virtual venda de faixas de música. Ao mesmo tempo, surgiam os sistemas de pagamento eletrônicos universais.
Hoje em dia, além da loja iTunes e outros gigantes, como o Google, há um arquipélago de sites vendendo músicas e cobrando pelos Paypal e sistemas semelhantes de pagamento eletrônico.
Basta o músico gravar suas composições em estúdio, ou na própria casa, contratar algum designer para a capa, preparar a ficha das músicas e colocar em vários locais para venda imediata.
Os sites e o sistema de cobrança ficam com 10 a 20% da venda final. Pelo sistema convencional, artistas recebem apenas de 5 a 10% do preço final a título de direito autoral.
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Durante algum tempo as grandes gravadoras conseguiram preservar mercado por disporem dos sistemas de divulgação, circuitos de shows em grandes capitais internacionais. Hoje em dia, as redes sociais e sites especializados suprem essa necessidade. E a facilidade de comunicação pela Internet têm permitido aos empresários de artistas montar turnês internacionais sem a necessidade da intermediação dos grandes estúdios.
Em 2011, segundo pesquisa Nielsen, os formatos digitais responderam por 51,3% das vendas de música nos Estados Unidos.
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O mesmo fenômeno está ocorrendo com as editoras de livros. Já é possível ao autor preparar seu livro e disponibilizar diretamente para vendana Amazon, maior livraria virtual do planeta.
Com a disseminação de tabletes pela rede escolar, não haverá mais a menor razão para se dispender os recursos hoje empregados na compra de livro didático.
No futuro, bastará o MEC montar grupos pedagógicos, definir o conteúdo que se pretende e contratar diretamente dos autores as obras didáticas.
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No caso dos filmes, as novas TVs já vêm preparadas para receber sinal de Internet. Hoje em dia, já é possível alugar filmes nas redes de TV a cabo, das empresas de telefonia (que disponibilizam conversores com banda larga) e de serviços disponíveis na própria Internet, como o Netfix, os sistemas do Google e da Apple.
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Nas publicações jornalística online, o modelo não é muito diferente.
Tomem-se as principais publicações brasileiras na Internet: Folha, Estadão, Veja, Bandeirantes, Record e o sistema Globo e também os portais UOL, iG, Terra.
Surge a notícia original. Imediatamente todos os demais veículos reproduzem-nas.
Há veículos com maior tradição em produzir notícias próprias. É o caso das rádios, das emissoras de TV e de alguns portais jornalísticos. Mas há outros, como as revistas semanais, que tiveram que pular de uma periodicidade semanal para uma online.
Hoje em dia o público está segmentado. O papel de vários blogs e portais que surgiram tem sido o de selecionar as notícias para seus respectivos públicos.
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