Banco Central se reúne para decidir
se altera ou não a taxa básica de
juros
O comitê de política monetária do Banco Central vai anunciar nesta quarta-feira (17) se altera ou mantém a taxa básica de juros da economia brasileira. A chamada Taxa Selic remunera títulos da divida pública.
O comitê de política monetária do Banco Central vai anunciar nesta quarta-feira (17) se altera ou mantém a taxa básica de juros da economia brasileira.
O Banco Central já está reunido para decidir se usa um dos instrumentos para combater a inflação: o aumento da taxa básica de juros. Há seis meses, a taxa não muda. Continua a menor da história.
A chamada Taxa Selic remunera títulos da divida pública. Quando ela sobe, quem investe nesses títulos ganha mais. Para não perder clientes, os bancos aumentam os juros das suas aplicações. E cobram mais de quem pega dinheiro emprestado.
É por isso que os financiamentos ficam mais caros quando o Banco Central sobe a taxa básica de juros. Se ficam mais caros, a gente acaba financiando menos, comprando menos. E, aí, é mais difícil que uma loja, um supermercado, queira aumentar preço.
A inflação em 12 meses chegou a 6,59%. O governo tem o compromisso de não deixar que passe de 6,50%. E vem tentando fazer isso sem mexer nos juros. Diminuiu os impostos da conta de luz, da cesta básica. Atrasou o reajuste da gasolina.
Mas o economista José Roberto Mendonça de Barros diz que a inflação se espalhou. “Outros custos estão aumentando. O transporte, a embalagem, a mão de obra e essa redução de impostos é bem vinda, mas não é capaz de segurar a inflação. Portanto, não vejo alternativa senão o aumento da taxa de juros”, afirmou.
Acontece que a taxa de juros mais alta também puxa o freio da economia. E a nossa já anda devagar.
A indústria cresceu em janeiro, mas encolheu em fevereiro. Com o comércio, aconteceu a mesma coisa. Ainda assim, para o professor Luiz Gonzaga Belluzzo a inflação é o problema mais urgente.
“Isso é o Banco Central que tem que ter critério para saber o quanto ele vai mexer na taxa de juros, para poder impedir esse progresso e a continuidade da inflação”, explica.
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* Zeca Peixoto é jornalista, mestre em História Social e pesquisador da História da mídia, autor: A quinta coluna do Diário de Notícias da Bahia. Faça o download aqui do trabalho publicado pelo Labcom, Universidade da Beira Interior, de Portugal. (blog do Zeca Textos ao Vento)