The Guardian: Bolsonaro, notório admirador de autoritários, provoca fúria

A medida tomada pelo presidente brasileiro "provocou fúria em um país que só emergiu de duas décadas de ditadura em 1985", escreveu correspondente ao jornal britânico

Foto: Reprodução

Jornal GGN – “O aparente apoio de Jair Bolsonaro aos protestos destinados a abalar as instituições democráticas do Brasil provocou indignação em todo o espectro político, com um parlamentar alertando sobre o retorno aos dias sombrios da ditadura, se não houverem reações contrárias”.

Essa foi a chamada de artigo publicado no The Guardian, intitulado “Indignação com Jair Bolsonaro parece endossar protestos anti-democracia no Brasil”. O correspondente na América Latina, Tom Phillips, explicou o cenário que se vivia no Brasil nesta quarta-feira (26), quando Jair Bolsonaro compartilhou o apoio aos atos contra o Congresso e o Suremo Tribunal Federal (STF).

“Bolsonaro, um notório admirador de governantes autoritários como o ex-ditador chileno Augusto Pinochet, mostrava apoiar os protestos nesta semana, compartilhando um desses vídeos com amigos e associados em sua conta pessoal do WhatsApp”, explicou o jornal britânico.

Phillips lembra que a atitude tomada pelo mandatário brasileiro contra as instituições democráticas no Brasil, incluindo o suposto fim o intimidação ao Congresso, “provocou fúria em um país que só emergiu de duas décadas de ditadura em 1985”.

Ressaltou, ainda, para os leitores internacionais as manifestações dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Dilma Rousseff e outros políticos, de diferentes espectros e posições, contra a postura do atual mandatário.

O correspondente do The Guardian também mencionou o assassinato do miliciano Adriano da Nóbrega como uma das polêmicas pelas quais a família Bolsonaro figura ultimamente.

“Na quarta-feira, Bolsonaro – que atualmente está lutando com novas revelações sobre os laços de sua família com um assassino morto recentemente [Adriano da Nóbrega] – descartou as críticas como uma tentativa de ‘perturbar a república'”.

 

Redação

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