Chico alimentando a vida de poesia

https://www.youtube.com/watch?v=aHbEhFGfkHI

Redação

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  1. Quão poético Chico pode ser ? Não sei mais

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=YAN33JPbGSM%5D

     

    MEIA-NOITE

    Se a noite não tem fundo
    O mar perde o valor
    Opaco é o fim do mundo
    Pra qualquer navegador
    Que perde o oriente
    E entra em espirais
    E topa pela frente
    Um contingente
    Que ele já deixou pra trás

    Os soluços dobram tão iguais
    Seus rivais, seus irmãos
    Seu navio carregado de ideais
    Que foram escorrendo feito grãos
    As estrelas que não voltam nunca mais
    E um oceano pra lavar as mãos

    1. Doses de lirismo

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=mCRXqukn688%5D

       

      FUTUROS AMANTES

      Não se afobe, não
      Que nada é pra já 
      O amor não tem pressa
      Ele pode esperar em silêncio
      Num fundo de armário
      Na posta-restante 
      Milênios, milênios
      No ar 

      E quem sabe, então
      O Rio será
      Alguma cidade submersa
      Os escafandristas virão
      Explorar sua casa
      Seu quarto, suas coisas
      Sua alma, desvãos 

      Sábios em vão
      Tentarão decifrar 
      O eco de antigas palavras
      Fragmentos de cartas, poemas
      Mentiras, retratos
      Vestígios de estranha civilização 

      Não se afobe, não 
      Que nada é pra já 
      Amores serão sempre amáveis
      Futuros amantes, quiçá 
      Se amarão sem saber 
      Com o amor que eu um dia
      Deixei pra você

       

    2. MIL PERDÕES

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=TjTFU1jzuYw%5D

       

      MIL PERDÕES

       

      Te perdoo
      Por fazeres mil perguntas
      Que em vidas que andam juntas
      Ninguém faz
      Te perdoo
      Por pedires perdão
      Por me amares demais

      Te perdoo
      Te perdoo por ligares
      Pra todos os lugares
      De onde eu vim
      Te perdoo
      Por ergueres a mão
      Por bateres em mim

      Te perdoo
      Quando anseio pelo instante de sair
      E rodar exuberante
      E me perder de ti
      Te perdoo
      Por quereres me ver
      Aprendendo a mentir (te mentir, te mentir)

      Te perdoo
      Por contares minhas horas
      Nas minhas demoras por aí
      Te perdoo
      Te perdoo porque choras
      Quando eu choro de rir
      Te perdoo
      Por te trair

       

      1. Perdão
        O perdão é o perfume que a violeta …

        Chico e a sabedoria da vida: perdão por amar demais, por fugir à mão erguida, por desatinar na rejeição… Perdão…

        Só mesmo Chico para construir um apelo tão lindo Odonir!

        Que menestrel maravilhoso!

    1. Sintonia
      Lenita!

      Chico e Poesia – tema em que Odonir sempre arrasa – pede “Beatriz”! Sempre. Com Chico, com Milton, não importa. Beatriz é tudo que repousa em sonhos…

      Que bom que você pediu. Não consigo postar e quando Chico aparece eu fico doida para ouvir umas coisinhas.

      Graças a você, eis aí a Beatriz.

      Desta vez foi você quem me acertou !!!!

      Abraço da Anna…

      1. Para Anna

         

        [video:https://www.youtube.com/watch?v=1Hj2jDfJ-9k%5D

         

         

        Eu Te Amo

        Chico Buarque

         

        Ah, se já perdemos a noção da hora

        Se juntos já jogamos tudo fora

        Me conta agora como hei de partir

         

        Se ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios

        Rompi com o mundo, queimei meus navios

        Me diz pra onde é que inda posso ir

         

        Se nós, nas travessuras das noites eternas

        Já confundimos tanto as nossas pernas

        Diz com que pernas eu devo seguir

         

        Se entornaste a nossa sorte pelo chão

        Se na bagunça do teu coração

        Meu sangue errou de veia e se perdeu

         

        Como, se na desordem do armário embutido

        Meu paletó enlaça o teu vestido

        E o meu sapato inda pisa no teu

         

        Como, se nos amamos feito dois pagãos

        Teus seios inda estão nas minhas mãos

        Me explica com que cara eu vou sair

         

        Não, acho que estás te fazendo de tonta

        Te dei meus olhos pra tomares conta

        Agora conta como hei de partir

         

         

         

         

         

         

        1. Sem Fantasia
          Sem Fantasia

          Vem, meu menino vadio
          Vem, sem mentir pra você
          Vem, mas vem sem fantasia
          Que da noite pro dia
          Você não vai crescer
          Vem, por favor não evites
          Meu amor, meus convites
          Minha dor, meus apelos
          Vou te envolver nos cabelos
          Vem perde-te em meus braços
          Pelo amor de Deus
          Vem que eu te quero fraco
          Vem que eu te quero tolo
          Vem que eu te quero todo meu

          Ah, eu quero te dizer
          Que o instante de te ver
          Custou tanto penar
          Não vou me arrepender
          Só vim te convencer
          Que eu vim pra não morrer
          De tanto te esperar
          Eu quero te contar
          Das chuvas que apanhei
          Das noites que varei
          No escuro a te buscar
          Eu quero te mostrar
          As marcas que ganhei
          Nas lutas contra o rei
          Nas discussões com Deus
          E agora que cheguei
          Eu quero a recompensa
          Eu quero a prenda imensa
          Dos carinhos teus

          [video:https://youtu.be/MRyOeRCkZYc%5D

        2. Sem Fantasia

          [video:https://www.youtube.com/watch?v=MRyOeRCkZYc%5D

          Vem, meu menino vadio
          Vem, sem mentir pra você
          Vem, mas vem sem fantasia
          Que da noite pro dia você não vai crescer

          Vem, por favor não evites
          Meu amor, meus convites
          Minha dor, meus apelos
          Vou te envolver os cabelos
          Vem perder-te em meus braços
          Pelo amor de Deus

          Vem que eu te quero fraco
          Vem que eu te quero tolo
          Vem que eu te quero todo meu

          Ah, eu quero te dizer
          Que o instante de te ver
          Custou tanto penar
          Não vou me arrepender
          Só vim te convencer
          Que eu vim pra não morrer
          De tanto te esperar

          Eu quero te contar
          Das chuvas que apanhei
          Das noites que varei
          No escuro a te buscar

          Eu quero te mostrar
          As marcas que ganhei
          Nas lutas contra o rei
          Nas discussões com Deus

          E agora que cheguei
          Eu quero a recompensa
          Eu quero a prenda imensa
          Dos carinhos teus…

           

        1. Amiga Lenita!

          De novo, sintonia. Temos nos acertado além das obviedades.  Mas “Beatriz” é bem mais do que isso, pelo menos para mim. Sempre que você a trouxer, estará também me trazendo um mimo.

          Que este Dia dos Pais transcorra suave e feliz junto aos teus.

          Abraço da Anna.

           

  2. PAI , ESPELHO , IDENTIDADE

    “CONSERTANDO O MUNDO POR AÍ; FAZENDO CANTEIROS E RECICLANDO VIDAS”

    “Nunca conheci ninguém tão carregado de amor por aquelas montanhas mineiras, por Tiradentes, personagem histórico, por Tiradentes cidade e por Barbacena.”

    onde am I.jpg

    “Recordo-me de que, estudioso e sempre aprendiz das técnicas agrícolas (- aprendidas na famosíssima Escola Técnica Agrícola de Barbacena, nas décadas de vinte e trinta) saía pelas manhãs com martelo, prego, madeira, enxadinha e outros apetrechos para ‘consertar o mundo por aí’ e refazia canteirinhos pelas ruas da cidade, colocando suportes para erguer arbustos decaídos ou quase mortos e os regava também, pedindo água a comerciantes de ao redor.”

    “Recordo-me do carinho com os netos todos, confeccionando carrinhos de carreteis e outras gracinhas de suas próprias  habilidades que eram diferenciadas e muitíssimas. Brincava com eles e os fazia dormir em seu colo, quando difícil, entoando sua famosa cantilena. Nenhum resistia.”

    “… ficar só ‘apreciando as crianças brincarem’ a demonstrarem o quão inteligentes eram, ‘puxou o avô, arrematava ele’.”

    “Aquela vaidade por sua criticidade e transparência ácidas, aquela incontinência verbal e quase irrefutável de opiniões, aquela beligerância contra a rasteira que Collor dera em sua esperança, em sua crença em um país democrático e melhor desfaleciam agora e o deixavam daquele jeito assim de voz e letra trêmulas, caminhando para o fim, no dia dezessete de junho de noventa e três.”

    “Se meu pai está onde está, sei que continua fazendo canteiros e reciclando as vidas.”

    *

    CRÉDITOS:

    Retalhos do texto publicado, hoje, neste blog, pela crônista e poetisa mineira Odonir Oliveira.

    https://jornalggn.com.br/comment/711352#comment-711352

      1. Odonir

         Vc conseguiu matar um monte de coelhos (tadicos) c/uma cajadada só. Ouvi os autores cantando juntos e logo após o Milton. Então chegou um ventinho vindo lá das bandas de Barbacena e não é que era vc cantando. Inda agradou a nossa cumpanheira Anna tb. kkkkk

        Essa música me enleva e eleva de tal maneira que chego a me imaginar   no céu.

        Muito obrigada, querida Odonir.

    1. Gritando pelas montanhas

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=OkOHH8e2Cag%5D

       

      A MAIS BONITA

       

      Chico Buarque

       

      Não, solidão, hoje não quero me retocar

      Nesse salão de tristeza onde as outras penteiam mágoas

      Deixo que as águas invadam meu rosto

      Gosto de me ver chorar

      Finjo que estão me vendo

      Eu preciso me mostrar

       

      Bonita

      Pra que os olhos do meu bem

      Não olhem mais ninguém

      Quando eu me revelar

      Da forma mais bonita

      Pra saber como levar todos

      Os desejos que ele tem

      Ao me ver passar

      Bonita

      Hoje eu arrasei

      Na casa de espelhos

      Espalho os meus rostos

      E finjo que finjo que finjo

      Que não sei

      1. “Que recolhe todo sentimento. E bota no corpo uma outra vez”

         

        [video:https://www.youtube.com/watch?v=WyZuJ337Y3w%5D

        Todo o Sentimento

        Chico Buarque

         

        Preciso não dormir

        Até se consumar

        O tempo da gente

        Preciso conduzir

        Um tempo de te amar

        Te amando devagar e urgentemente

         

        Pretendo descobrir

        No último momento

        Um tempo que refaz o que desfez

        Que recolhe todo sentimento

        E bota no corpo uma outra vez

         

        Prometo te querer

        Até o amor cair

        Doente, doente

        Prefiro, então, partir

        A tempo de poder

        A gente se desvencilhar da gente

         

        Depois de te perder

        Te encontro, com certeza

        Talvez num tempo da delicadeza

        Onde não diremos nada

        Nada aconteceu

        Apenas seguirei

        Como encantado ao lado teu

    1. Olha só, não conhecia essa música, Luciano. Que linda !

      Hoje o lirismo tomou conta do blog, do jeitinho que eu gosto.

      Parece um sarau lítero-musical, onde as palavras escorrem pelas lindas e as notas musicais pelas pautas.

      Pra você, uma Morena dos olhos d’água dessas lindas, ” iracêmicas” que há pelas ruas de Fortaleza.

       

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=0FnfIIXfQcM%5D

    1. Anna, pensei q era uma cançao q adoro do Chico e nao sei o nome

      Vc sabe qual é, uma que diz que a felicidade morava tao vizinha que eu até pensei que fosse minha? Amo essa música, mas nao sei o nome.

      1. Até Pensei ?

        Acho que é essa.  Linda!

        Abraço da Anna!

        [video:https://www.youtube.com/watch?v=W8WuzRSAfEE%5D

        Junto à minha rua havia um bosque
        Que um muro alto proibia
        Lá todo balão caia, toda maçã nascia
        E o dono do bosque nem via
        Do lado de lá tanta aventura
        E eu a espreitar na noite escura
        A dedilhar essa modinha
        A felicidade morava tão vizinha
        Que, de tolo, até pensei que fosse minha
        Junto a mim morava a minha amada
        Com olhos claros como o dia
        Lá o meu olhar vivia
        De sonho e fantasia
        E a dona dos olhos nem via
        Do lado de lá tanta ventura
        E eu a esperar pela ternura
        Que a enganar nunca me vinha
        Eu andava pobre, tão pobre de carinho
        Que, de tolo, até pensei que fosses minha
        Toda a dor da vida me ensinou essa modinha

         

          1. Para Analu, o lirismo de um cotidiano enviesado

            [video:https://www.youtube.com/watch?v=2gHjoExiJDE%5D

             

            ELA É DANÇARINA

             

            O nosso amor é tão bom

            O horário é que nunca combina

            Eu sou funcionário

            Ela é dançarina

            Quando pego o ponto

            Ela termina

             

            Ou: quando abro o guichê

            É quando ela abaixa a cortina

            Eu sou funcionário

            Ela é dançarina

            Abro o meu armário

            Salta serpentina

             

            Nas questões de casal

            Não se fala mal da rotina

            Eu sou funcionário

            Ela é dançarina

            Quando caio morto

            Ela empina

            Ou quando eu tchum no colchão

            É quando ela tchan no cenário

            Ela é dançarina

            Eu sou funcionário

            O seu planetário

            Minha lamparina

             

            No ano dois mil e um

            Se juntar algum

            Eu peço licença

            E a dançarina, enfim

            Já me jurou

            Que faz o show

            Pra mim

             

            Ela é dançarina

            Eu sou funcionário

            Quando eu não salário

            Ela, sim, propina

             

            No ano dois mil e um

            Se juntar algum

            Eu peço a Deus do céu uma licença

            E a dançarina, enfim

            Já me jurou

            Que faz o show

            Pra mim

             

            Eu sou funcionário

            Ela é dançarina

            Quando esquento a sopa

            Ela cantina

            Ou quando eu Lexotan

            É quando ela Reativina

            Eu sou funcionário

            Ela é dançarina

            Viro o calendário

            Voa purpurina

             

            No ano dois mil e um

            Se juntar algum

            Eu peço uma licença

            E a dançarina, enfim

            Já me jurou

            Que faz o show

            Pra mim

             

            Ela é dançarina

            Eu sou funcionário

            Quando eu não salário

            Ela, sim, propina

             

            No ano dois mil e um

            Se juntar algum

            Eu peço uma licença

            E a dançarina, enfim

            Já me jurou

            Que faz o show

            Pra mim

          2. Essa é ótima tb, obrigada. Aliás quase tudo dele é ótimo.

            Tb tenho um presente para vc, espero que nao conheça, pois senao nao será presente… Vc já postou mil sonetos de Camoes, nao tem problemas com a língua num estado mais antigo. Entao vamos recuar um pouco mais. É um poema que adoro, do Cancioneiro de Rezende, cuja língua está num estágio mais antigo do que a de Camoes, mas nao tanto como a poesia trovadoresca.

            O próprio título já é um poema: Cantiga Partindo-se. O poeta joga com a ambiguidade do significado do verbo partir (sair de onde se estar, ir embora X despedaçar) e da funçao do se (indeterminador do sujeito ou reflexivo que sofre a açao verbal); mas na verdade nao há ambiguidade aí, e sim o que Freud chama de cumulaçao: os 2 sentidos estao simultaneamente presentes, pois se um cantador parte para longe de sua amada ele se parte… 

            Eis o poema (atualizei um pouco a ortografia, no que nao interfere com a pronúncia das palavras):

             

            Cantiga Partindo-se

            Senhora

            Partem tam tristes meus olhos per vós, meu bem,

            Que nunca tam tristes vistes

            Outros nenhuns, por ninguém.

             

            Tam tristes

            Tam saudosos,

            Tam doentes da partida,

            Tam can sa dos,

            Tam chorosos,

            Da morte mais desejosos

            CEM MIL VEZES que da vida.

             

            Partem tam tristes os tristes

            Tam fora de esperar bem

            Que NUUUNCA tam tristes vistes

            Outros NENHUNS

            Por NINGUÉM.

             

            (Negritos, maiúsculas e espaçamento extra por minha conta, claro)

             

             

          3. É mesmo lindo

            Quando estudei gramática histórica, analisamos também os fenômenos desse poema. Creio que o lia como “Cantiga minha Partindo-se”

            E fico sensibilizada por você trazer, por outro post, esse brinde.

            Obrigada mesmo, viu.

          4. Eu o conheci através da Antologia Nacional

            de Fausto Barreto e Carlos de Laet. Recomendada pelo meu professor Grande Sedutor, rs. Um livro escolar daqueles de antigamente, sem uma ilustraçao que fosse, mas com um conteúdo maravilhoso. Lá o título era Cantiga Partindo-se, nao sei como é no próprio Cancioneiro de Rezende. E acho que nao deve haver o minha, pois mesmo na época seria um erro (o pronome teria que ser me, e nao se), e a Antologia era um livro conservador, rs.

  3. Nessa “Roda Viva” diária, que bom é ainda podermos nos alimentar

    do lirismo das metáforas, metonímias, antíteses, eufemismos … de manhã à noite.

     

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=6rzPsbFOgys%5D

    RODA – VIVA

    Tem dias que a gente se sente
    Como quem partiu ou morreu
    A gente estancou de repente
    Ou foi o mundo então que cresceu
    A gente quer ter voz ativa
    No nosso destino mandar
    Mas eis que chega a roda-viva
    E carrega o destino pra lá
    Roda mundo, roda-gigante
    Rodamoinho, roda pião
    O tempo rodou num instante
    Nas voltas do meu coração

    A gente vai contra a corrente
    Até não poder resistir
    Na volta do barco é que sente
    O quanto deixou de cumprir
    Faz tempo que a gente cultiva
    A mais linda roseira que há
    Mas eis que chega a roda-viva
    E carrega a roseira pra lá
    Roda mundo  …

    A roda da saia, a mulata
    Não quer mais rodar, não senhor
    Não posso fazer serenata
    A roda de samba acabou
    A gente toma a iniciativa
    Viola na rua, a cantar
    Mas eis que chega a roda-viva
    E carrega a viola pra lá
    Roda mundo …

    O samba, a viola, a roseira
    Um dia a fogueira queimou
    Foi tudo ilusão passageira
    Que a brisa primeira levou
    No peito a saudade cativa
    Faz força pro tempo parar
    Mas eis que chega a roda-viva
    E carrega a saudade pra lá
    Roda mundo …

     

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