Duas perdas na música: Zé da Conceição e Magro do MPB4

Chegou a notícia de falecimento do Zé da Conceição aqui em Ribeirão Preto. Ainda sem detalhes.

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Por efejota

Do O Globo

Morre aos 68 anos o músico Magro Waghabi, do MPB4

Fundador do grupo de MPB lutava contra um câncer desde 2002

RIO – Morreu, na manhã desta quarta-feira, o músico Antônio José Waghabi Filho, o Magro, do grupo MPB4. Magro, de 68 anos, que descobriu um câncer de próstata em 2002, fazia tratamento para metástase desde 2010. No dia 8 de junho deste ano, Magro fez sua última apresentação ao lado do grupo, que ajudou a fundar em 1963, tendo sido internado no Hospital Santa Catarina, em São Paulo, dois dias depois.

A notícia foi dada por meio do site oficial do grupo vocal. “Depois de longa luta pela vida, Antonio José Waghabi Filho, o Magro do MPB4, nos deixou. Com ele vai junto uma parte considerável do vocal brasileiro. Com ele foi a minha música. Fraternalmente, Aquiles”.

Multiinstrumentista, Magro nasceu em 14 de novembro de 1943, em Itaocara, Nordeste do estado do Rio de Janeiro. Magro, que tocava teclado, vibrafone, clarinete, saxofone, percussão, além de cantar, compor e fazer arranjos para o grupo, foi aluno de grandes nomes da música brasileira como Eumir Deodato, Guerra Peixe e Isaac Karabtchevsky.

Sua parceria com Miltinho, Ruy e Aquiles remonta a 1963, quando fundaram o grupo Quarteto do CPC, batizado graças às reuniões dos quatro no Centro Popular de Cultura de Niterói, no Rio. Um ano mais tarde, o grupo acabou ganhando o nome de MPB4, pelo qual ficou conhecido. Nos primórdios da carreira, Magro atuava como vocalista, instrumentista e arranjador. Seu trabalho como arranjador dos instrumentais do grupo começou apenas no segundo disco, “MPB-4”, de 1966.

Além de sua longa parceria com o MPB4, Magro foi responsável por arranjos e orquestrações para discos de outros artistas, como Chico Buarque (“Chico Buarque de Holanda, volume 2” e “Construção”), Toquinho & Vinicius, Tunay e Simone, entre outros. É dele também o arranjo vocal de “Lamentos”, de Pixinguinha e Vinicius de Moraes, eternizada pelas vozes de seu quarteto, e de “Roda viva”, clássico de Chico Buarque.

Dono de uma extensa discografia, com mais de 30 álbuns lançados ao lado do MPB4, Magro fez sua última participação em disco em “Contigo aprendi”, lançado em 2012.

 Reprodução


Luis Nassif

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